sexta-feira, dezembro 19, 2008

Mal na Foto!!®


Descobri esses dias até onde vai a capacidade do ser humano de ser e ter seu momento Flora. Infelizmente não estamos falando em ficção, em capítulos de um folhetim. Não. O que se viu estampado nas páginas de vários jornais foi o escárnio, foi o vil, foi o indizível.

As fotos de voluntários e membros do Exército desviando doações feitas às vítimas das enchentes em Santa Catarina sujou a cara e o corpo todo de nosso país. Não interessa que foram poucos. Foram. Às vezes são poucos que fazem um grande estrago. Como fizeram. Isso só faz com que fiquemos cada vez mais desacreditados no coração aparentemente bom de pessoas hoje não anônimas que aparentemente se dispuseram numa atitude digna de simplesmente ajudar o seu próximo.

Se estou chocado? Talvez não. Deveria estar. Mas no fundo o que podíamos esperar? No país do mensalão, dos desvios de verbas, de obras inacabadas, de obras nem começadas, de escândalos dantescos, de pessoas aparentemente idôneas cometendo atrocidades contra quem acreditou nelas, de políticos distribuindo verdadeiras "bananas" para seus eleitores, da falta de respeito, da falta de ética, da falta de honestidade. No país do vale tudo.

Esse é o verdadeiro retrato de um país marcado pelo pode fazer que nada acontece. Isso é indigno, é cruel, é a Flora despertando os instintos mais sórdidos que um ser humano pode ter. Roubar de quem nada tem. As águas vieram arrasaram com Santa Catarina e ainda assim apareceram pessoas para dar o pisão final. Claro que existem outras munidas de cordas, solidariedade, amor, compaixão. Para essas tiramos o chapéu. Sempre tem o outro lado da moeda. Mas a cara dessa moeda está manchada, marcada.

Não sei de onde essas pessoas tiram esse algo podre, não sei como podem ser capazes de se fantasiarem de bons moços e moças num momento de puro desespero de pessoas que perderam sua história, sua identidade, seu porto seguro. Esse tipo de pessoa deveria ter sua identidade mostrada do Oiapoque ao Chuí, como marginais, como criminosos e deveriam pagar por seus crimes. Mesmo que isso seja considerado um pequeno delito. Tem que haver punição. Não basta devolver o objeto do roubo. Temos que punir, pois a sociedade está cansada de ver que tudo não dá em nada. Que vivemos passando a mão na cabeça dessas pessoas dizendo: " Aí, aí, aí. Num faz mais isso, tá?" Isso não basta. Não estamos falando de crianças, estamos falando de adultos já com o caráter formado. E que caráter.

Portanto, se quisermos que alguma coisa mude (ainda) é a partir de fatos como esses, isolados se assim pudermos considerar, que temos que agir, fazer alguma coisa para mostrar que estamos ligados, de olho e que atitudes assim devem ficar somente no mundo das novelas e da ficção. Não quero dizer com isso que tudo são flores, sei que não são, mas não precisamos de tantos espinhos em nossas rosas.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Não Há Segunda Chance - Harlan Coben


Esse livro de Harlan é bom. Muito bom. Mas ainda sim achei que ficou faltando alguma coisa. Talvez a última pitada de sal. É um suspense envolvente com um ritmo bom de acontecimentos, mas em algumas passagens (poucas por sinal) a coisa fica estranha sem sentido. Não sei se algum erro de tradução mas que deixa dúvida com relação ao que aconteceu, pois em uma passagem é dito uma coisa e logo em seguida é dito outra coisa que não pode ter acontecido pois tira todo o sentido e deixa o leitor numa dúvida e um pequeno ponto de interrogação. Talvez não comprometa tanto a história, mas se fosse dar uma nota perderia alguns pontos, apesar de continuar fã do autor.

Nota: 8