quinta-feira, maio 28, 2009

Lula e Os Trambiqueiros®


Acredito que alguns de vocês achem que acaba de surgir uma nova dupla sertaneja. Antes fosse. Mas a realidade é outra. E mais uma vez, nosso [sic] presidente falou o que não devia, onde não devia e para quem não devia.

Começo a achar que essas constantes viagens do presidente têm afetado alguma parte de seu cérebro responsável pela fala e pelo pensamento. Que outra explicação então alguém poderia dar? Privação dos sentidos? Ou será que Lula está sob efeito de algum medicamento?

De qualquer maneira, poderiam ver se o “Viagra estatal”, chamado de Helleva, ajudava o presidente a elevar seus pensamentos, o que acarretaria falas menos desastrosas como um presidente deve ter.

Como pode um presidente ainda mais numa visita a outro país, chamar empresários brasileiros que apostaram no mercado futuro de câmbio de trambiqueiros? É isso que é trambique?

Recorri então ao dicionário que deve passar longe das mãos de Lula, e li que trambique, seria ação ilícita, fraude, logro.

Penso, logro existe.

Com esse pensamento, e lembrando que Lula disse abertamente em seu discurso na Turquia que: “Existem pessoas que ganharam (e ganham) muito dinheiro sem produzir absolutamente nada, só especulando, especulando e especulando”, perguntaria com todo o respeito: “Senhor presidente, se alguns empresários se tornam trambiqueiros por na sua visão só especular sem produzir nada, que nome, que adjetivo se daria aos políticos que também não produzem nada, e ganham dinheiro sem especular? Falo do por fora. E do por dentro também. Claro, mesmo no por dentro alguns “empresários” da política ou políticos “empresários” dão seu jeitinho de ganhar mais um pouco. De se beneficiar de uma regra que nunca está tão clara quanto deveria. Vide o caso das passagens.

E assim de verba indenizatória em verba indenizatória, uns vão construindo seus castelos, suas mansões hollywoodianas, e engordando suas contas bancárias. Cada vez mais. E parecem todos insaciáveis. Sempre tentando buscar mais uma fonte de renda extra, nem que seja, um bolsa família ou um funcionário fantasma a mais em seu gabinete só para justificar um salário a mais.

E fazem tudo sem especular se é certo ou errado.

Será que o problema do trambiqueiro é então no estar especulando?

Será que então se eu aplico num fundo DI sou trambiqueiro?

Sem especular, mas já especulando...

Não me venha dizer que estou viajando. Quem viaja é você. E muito por sinal. Além da conta.

O que, aliás, não é seu forte.

E falando em conta, que conta é essa que mais vale não se hospedar na embaixada brasileira, e sim ficar no tradicional Hotel Dorchester, onde a diária de uma suíte custa R$ 20 mil? Lula foi só um encontro com o G-20. Você não estava de férias. Ou estava? Não dava para dar uma economizadinha? Você poderia nessas horas dar o exemplo. Afinal você é o cara. (o escrevinhador nessa hora tosse: “cof, cof”)

Até mesmo seu amigo, o tal que acha você “o cara”, resolveu se hospedar em sua própria embaixada. É, o Obama. Te contaram não? Pois, é.

Amigos, amigos, crises à parte.

Fazendo então outro aparte...

Preciso falar que tudo isso me lembrou até uma música de Bezerra da Silva, onde ele errou sou de agente. Por agente, entenda-se quem praticou a ação. É na música “Pastor Trambiqueiro”. Não que não se tenha pastor trambiqueiro. Pior é quando é pastor, político e trambiqueiro. Tudo no mesmo pacote. Vale dizer que existem pastores e pastores. E não estou dizendo que todo pastor é trambiqueiro. Mas já na política...

Mas no fundo do meu ser, sei que existem bons políticos. Só preciso de um tempinho para lembrar uns nomes. Nem todas as laranjas estão podres.

Mas que há algo de podre no reino da Dinamarca e que a Dinamarca é em Brasília, ou é a própria Brasília, não tenho dúvidas.

E já dizia (ainda) Bezerra da Silva na música: “Cuidado com ele, de terno e gravata bancando o decente; é o diabo vivo em figura de gente...”.

Estando o diabo em que forma for vamos tentar fazer nossa parte, ou parte de nossa parte.

Afinal elas não têm culpa de nada.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

quarta-feira, maio 20, 2009

Vamos ao Burguer King?®


Acabo de voltar do Burguer King (BK) onde fui para tentar entrar no clima e entender o porquê de tanto espanto com a propaganda veiculada por eles na terra dos Beatles.

A única explicação que encontrei quando dava as últimas dentadas no meu Whopper Duplo com Queijo para tanta reclamação, espanto e revolta, seja que os verdadeiros responsáveis por tais atos não sejam os cariocas.

Até parece. Só por causa do escândalo que está sendo descoberto ao se mexer nas contas da Cidade da Música?

O engraçado-triste disso é que o cara que fez isso é carioca. Nem de Londres ele veio. A Cesar o que é de Cesar. Sejamos justos.

E justiça seja feita. Devemos encaminhar uma carta, um abaixo-assinado ao BK e pedir que mudem o slogan da propaganda. O Estado que teria o direito a figurar no comercial é Brasília. Sem nenhuma sombra de dúvida.

Motivos que justifiquem isso fazem parte de um dossiê que estou montando sozinho, pois o patrocínio que tinha da Sadia entrou água, ou melhor, entrou a linguiça da Perdigão, mas como na vida tudo são contatos, me deram uma dica que eu fosse tentar falar com a Yeda Crusius, a governadora toda poderosa lá do Rio Grande do Sul e pedir uma pequena ajuda, já que me contaram que ela está cheia de caixas. Tem caixa um; caixa dois; caixa dois do caixa dois. E para quem comprou uma casa num bairro nobre, isso não será problema. Nem pedi passagem.

Por causa disso terei tempo até chegar ao Rio Grande do Sul para quem sabe até escrever um livro com esse dossiê? Isso está na moda mesmo. Até o cara lá, o Jefferson, o do mensalão, escreveu um livro. Eu também tenho nervos de aço. Só não tenho para ver Bob Jefferson de conversinha com Zé Dirceu. É, aquele!!

Alguém sabe quanto tempo de bicicleta do Rio até o Rio Grande do Sul?

Então enquanto pedalo pensando na mancada do BK (Burguer King) com o povo de Brasília, -leia-se políticos, quem mais poderia ser? Os brasilienses é que não - e penso também que deva ter algum complô no ar. E é bom nem respirar muito fundo, pois a gripe suína ainda está por ai, e a dengue nem se fala.

O complô a que me refiro é referente aos recentes escândalos no parlamento britânico, onde deputados estão pedindo reembolso por despesas com a compra de estrume para seus jardins, para a manutenção de piscinas e para o pagamento de governantas. Outros, do partido trabalhista, estão pedindo reembolso com os gastos com comida de cachorro, troca de lâmpadas. E talvez por isso, acenderam-se as lamaparinas do juízo de Gordon que é Brown e não Branco como achou Lula quando disse aquilo dos brancos de olhos azuis exatamente para ele.

Gordon foi enfático e disse: “O Parlamento não pode funcionar como um clube de cavalheiros que estabelece as regras e as aplica”. E na carona Michael Martin renunciou ao cargo de presidente da Câmara dos Comuns (a câmara baixa do Parlamento com 646 membros) e à vaga de deputado.
Sentiram o tamanho do complô? Primeiro sai uma propaganda falando mal do Rio que foi veiculada na Inglaterra e que deveria falar mal de Brasília. Depois esses escândalos com os deputados de lá envolvidos em escândalos com verbas indenizatórias de lá, renúncias, afastamentos, suspensão de ex-ministro. O primeiro-ministro fala ao povo. Pede desculpas. Deputado devolve dinheiro usado indevidamente. Coisas acontecem.

E por outro lado, do outro lado do atlântico do lado de cá, deputados envolvidos com problemas com suas verbas indenizatórias, brotando castelos, mansões nascendo, o presidente calado, mudo e viajando, um deputado ou outro pensando em renunciar para se safar e não perder seu status, outro se lixando para Deus e o mundo, o Lula calado (ah, isso eu já falei), outros que já se envolveram em escândalos voltando de cara limpa, lavada e envernizada. E nada acontece.

A pergunta que surge é: Será que está havendo algum tipo de comércio entre o Parlamento de lá com o nosso Congresso daqui? Eu apostaria que estão exportando políticos nossos e os infiltrando por lá. Ou até clonando alguns espécimes. Só isso justificaria a falta de escândalos por lá desde 1695.

Isso é uma verdadeira conspiração. Realmente querem acabar com nossa imagem. Mas com certeza não culpem os americanos obesos loucos por um hambúrguer por isso, nem os brancos de olhos azuis, nem os homens do marketing do BK.

A alma do negócio é a propaganda. Mas Brasília parece estar desalmada.

Só isso justifica o aumento significativo dos gastos do governo com publicidade e que já consumiram na Era Lula, R$ 6,3 bilhões (2003 a 2008).

E enquanto nós não produzimos ou encontramos uma Susan Boyle para dar uma sacudida na nossa imagem, vamos nos limitar a sonhar, a sonhar igual sonhou Susan quando cantou “ I Dreamed a Dream”. Pois ela mostrou que Yes, she can!!

E enquanto we can´t...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

domingo, maio 17, 2009

O Melhor Amigo do Deputado Bêbado®


É sabido que o melhor amigo do homem é o cachorro. Não preciso nem explicar. Mas no caso de não se poder ter um cachorro o melhor é saber escolher bem seus amigos.

Não é preciso ter um milhão de amigos como na música de Roberto “Bob” Carlos. Basta ter o amigo certo.

E pelo visto no quesito amigos o deputado bebum sem lenço nem documentos (pois sua carteira de motorista está em situação irregular) Fernando Ribas Carli Filho está bem servido. Com direito a pompas de autoridades – só pode ser - e taças de vinhos, Fernando Ribas, subiu a bordo do jatinho do estado do Paraná rumo a São Paulo cedido pelo governador Roberto Requião.

Queria ter um amigo assim...

Mas que esse tipo de amizade me preocupa e muito.

E se não for isso, é o que? Amor? Paixão?

E antes que apareça alguém tentando defender o não tão nobre deputado e dizer que não foi bem assim, que foram só umas taçazinhas de vinho, que ele nem estava correndo tanto assim, que ele é de boa família, que poderia estar roubando, assaltando – essa parte é melhor pular – que ele isso e aquilo outro, aconselho a parar. Melhor nem continuar. Melhor mudar o disco.

Daqui a pouco vão começar a dizer que estamos ferindo os direitos humanos do deputado. Ou essa fala é só no caso de bandidos?

Direitos humanos é o cacete!!!

Ele simplesmente matou duas pessoas. Isso é fato. Duas vidas foram ceifadas pela incapacidade do deputado em saber que depois de beber não se deve dirigir. É isso que diz a propaganda, é isso que diz a lei. Seca por sinal.

A lei. Mas o que é a lei? Para eles (e para outros tantos) meras letrinhas que juntas devem formar palavras sem sentido, sem validade, sem usabilidade. Para que respeitar? Melhor seguir o mestre Sérgio Sem Ética Moraes e se lixar para a lei também.

Tô pagando!!!

Só se for mico. Mico é pouco. Mico somos nós. Eles são os espertos. Eles têm a tal da imunidade parlamentar. E como diria Caetano: “Isso é lindo. Tudo é lindo. A bunda do Tony Garrido é linda”.

Só não é lindo a sempre recorrida saída estratégica. Covarde, diga-se de passagem. Passagem, não. Isso acabou. Só o que não acaba é essa coisa de no auge do escândalo, ou do leite derramado, nesse caso foi sangue, “a outra coisa” pedir a renúncia do cargo e evitar a tão temível cassação. Feito isso, essa “outra coisa” fica tranquila. Pois amanhã poderá voltar de cara lavada – a alma nem tanto, se bem que alma ele não deve nem ter – e voltar a exercer suas funções.

E é do próprio deputado um projeto de lei que daria descontos de até 20% no IPVA aos motoristas que não tivessem multas como forma de incentivar os bons motoristas. O que não é o caso dele que possui uma ficha corrida com 30 multas sendo 23 por excesso de velocidade.

Fico pensando na mãe desses dois rapazes e ao mesmo tempo pensando como terminaria essa história se o assassino – quem dirige um carro a 190 quilômetros por hora e embriagado é o que então? - tivesse dirigindo um Chevette ou uma Brasília ou quem sabe até um Fiat 147 e tivesse bebido uma pinga de R$ 2,50 a garrafa e que fosse trabalhador regido pela CLT, morador do subúrbio, ou talvez até mesmo desempregado? - para dar mais realidade a nosso exercício, olha a marola aí gente! - Alguém se arriscaria a responder?

Mas o desfecho tende ser outro. Pois no lado de cá temos um deputado, um carro importado, garrafas de vinho, um deputado, um deputado, um deputado Ah, isso eu já falei, né?

Então o tal deputado de 26 anos continua internado e segundo um boletim médico deverá passar por cirurgia para reconstrução da boca e da face. Será que não daria para aproveitar e tentar reconstruir o juízo, o discernimento, a capacidade de saber o que é certo e o que é errado do pouco iluminado deputado?

O fato é que nenhuma cirurgia poderá fazer isso, assim como não poderá devolver a alegria àquelas duas famílias.

Esperamos realmente que o fato do assassino ser um parlamentar não o ponha acima do bem e do mal, e que o deputado Nelson Justus, presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, faça jus ao seu sobrenome e haja o que houver aja com justiça e acima de tudo com coragem de homem e não faça do deputado bebum apenas um “boi de piranha”. Ele é mais que isso.

Boi é boi, piranha é piranha e assassino é assassino.

E hoje mais do que nunca, uma pessoa pública, seja um político; jogador; apresentador ou ator deveria saber que a sua imagem através de seus atos refletem diretamente na sociedade e até na formação de valores de indivíduos e por isso deveriam ser bem dosados e pensados. Assim como suas falas.

O problema é que quando uma pessoa inconsequente como o deputado dirige alcoolizado acaba geralmente matando pessoas inocentes, mas se pelo menos essas pessoas se matassem sozinhas poderíamos alegar que foi suicídio, mas na maioria dos casos o ato se torna assassinato.

Por isso temos que nos forçar a acreditar que dessa vez alguma será feita para servir de exemplo, nem que seja para não manchar ainda mais a imagem dos políticos de nosso país.

Que seja isso. Mas que se faça.

E que se não for por nada disso que seja pela memória de Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida.

sexta-feira, maio 15, 2009

A Farsa - Christopher Reich


Estava realmente precisando ler um bom livro de ação. Um livro que é pura adrenalina. Numa narrativa bem dinâmica, Christopher Reich, até então desconhecido por mim, me surpreendeu. Um livro que tem digamos assim, um toque Dan Brown. Muito suspense, muita intriga e um mistério bem construído que faz essa leitura ser além de prazerosa, uma leitura da qual você não quer se separar.


Nota: 9


quarta-feira, maio 13, 2009

Bundas à parte..®


Antes que me condenem e que me chamem de pornográfico, mal-educado ou sei lá o que, já coloco Gilberto Freyre – educador, Juiz de Direito e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito de Recife – como precursor no uso da bunda. Da bunda como objeto de estudo e como relato em seu texto: “Bunda – Paixão Nacional”.

Aliás, e a propósito, a bunda já foi também discutida na Alerj, num projeto de lei de 2005, levado pela deputada Alice Tamborindeguy, que iria proibir de bundas aparecerem em nossos cartões postais. (até escrevi sobre o assunto na época: Bundas Nunca Mais).

Mesmo não estando em nenhum cartão postal, Caetano que é Veloso, afirmou em recente entrevista que a bunda mais bonita seria a do Tony Garrido. Onde ele viu a bunda de Tony não é realmente problema nosso.

Por outro lado, se torna problema nosso, ver alguns políticos, flagrados usando Bolsa. Se a Bolsa fosse simplesmente uma bolsa, nem teria tanto problema. Cada um com seu cada qual.

Vai que é a última moda em Paris? Ou na Estônia? Ou mesmo em Moçambique?

Mas a Bolsa (notem que o B é maiúsculo) usada é moda só em Brasília. Onde mais poderia ser?

Pois é, talvez não seja somente Sérgio Moraes, o tal que é do Conselho de Ética, e que está se lixando para tudo e para todos. Junto com ele, se unem 577 políticos que estão usando o Bolsa Família, a princípio criado para beneficiar famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 69,01 a R$ 137,00), mas que por algum milagre, conseguem se incluir nessa lista. Que conta também com a ajuda de 3.791 mortos, 106.329 donos de carros, caminhões, tratores e motos e nem quero imaginar os fantasmas. Fantasma é fantasma. Morto é morto.

O incrível é que não sei como o nosso sistema de saúde não entrou em colapso com tantos casos de pessoas se (auto) lixando para a opinião pública. Haja mertiolate para tratar de tanta gente.

A explicação para isso talvez seja que somente um caso foi confirmado: O caso Sérgio Sem Ética Moraes. Os outros casos e suspeitos ainda não se pronunciaram.

Pronunciado ou não, o caso é mais grave ainda. Como pode alguém sem ética nenhuma e do Conselho que tem a ética em seu nome, continuar batendo o pezinho e dizendo: “Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira” e ficar tudo por isso mesmo? Tá parecendo até o Jackson Lago do Maranhão que fez birrinha também, mas acabou saindo saído.

Ainda mais sabendo agora que Sérgio Sem Ética Moraes, usa parte de sua verba indenizatória para pagar seu advogado nas ações que tramitam no STF contra ele mesmo. Pode isso? Será que ele acha que por ter indenização no nome da verba ele já está se indenizando por conta mesmo que de forma indireta?

Mas ele não é culpado? De que? Você ainda tem coragem de perguntar?

Culpado de não exercer sua melhor função no cargo que entregaram em suas mãos e que alguém um dia achou que ele fosse fazer bonito e encher seus pais e eleitores de puro orgulho.

Essa parte ele não fez. Talvez tenha esquecido para que serve um deputado.

Ou talvez ele e seus amiguinhos de plenário achem que com a nova reforma ortográfica (que até hoje eu não entendi e ninguém conseguiu explicar direito o porquê, muito menos me convencer de que valeu) o significado das palavras mudou.

Não, senhores deputados, deputar continua sendo um verbo transitivo e significando encarregar de uma missão, delegar. A conta é simples. Nós deputamos vocês e, por conseguinte vocês deveriam estar deputando. Não existe melhor gerúndio para definir isso.

E na carona, vou estar pedindo a todos os santos que deem um pulinho lá em Brasília. Só preciso falar com a Heloísa Helena para ver se ela ainda tem uma passagenzinha que eu possa usar. Nem é pro estrangeiro. É para um pai de santo meu amigo lá da Bahia.

E lá da Bahia me baixa a inspiração de citar Nietzsche que disse sabiamente: “Impossível existir justiça real numa sociedade onde há diferentes níveis de poder e onde os poderosos sempre vão explorar os fracos”.

No momento os lá de Brasília se acham os todos poderosos, mas no dia em que nós deixarmos de ser o elo fraco e conseguirmos nivelar o nível de poder que nós temos através de nosso voto, justiça começará a ser feita. De uma forma ou de outra.

Mas enquanto isso não acontece...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

sexta-feira, maio 08, 2009

Minha Opinião Pública Não é Lixo!®


Será que o Ministério da Saúde realmente está acompanhando de perto os casos de gripe suína que tem aparecido aqui no país? Temo em achar que não. Talvez o próprio ministério ache que por deputados, senadores e afins se acharem intocáveis, como os dalits na Índia, a gripe não iria abater nenhum deles. Eles poderiam ir e vir de qualquer lugar que estariam sempre imunes a tudo e a gripe. Vai ver a gripe nem é originária do México, ela vem da Índia.
Ou será que ela é originária de Brasília? Pois quem estava viajando sem nenhum controle eram eles. E eles então para não levantar nenhuma suspeita resolveram acabar com essa história de ficar dando passagens para qualquer um.

Acho que matei a charada. E nem sou infectologista.

Só que com certeza um caso confirmado de gripe suína nós temos em Brasília. Pois não acho outra justificativa injustificável para a fala do “Excelentíssimo” relator do Conselho de Ética e deputado Sérgio Moraes, quando este disse bem claramente, que está se lixando para a opinião pública (leia-se: nós) e que apesar da imprensa sempre bater, bater e bater e escrever essas coisas sem nenhum fundamento, absurdas e atrocidades na visão deles, nós, provavelmente não acreditamos em nada, pois eles sempre se reelegem.

Lindo isso não é mesmo?

Vale esclarecer que o “Excelentíssimo” usado por mim não seria uma forma de falar com certo respeito com o “Ilustríssimo” e iluminado deputado. Não. Até porque não é respeito que ele merece. Excelentíssimo nesse caso se aplicaria a excelente habilidade em falar merda e coisas sem propósito nenhum. E o Ilustríssimo porque ele todo é lustrado (do verbo lustrar), não é só a cara. E deve ser realmente uma pessoa iluminada. Todas as lamparinas de seu juízo devem estar acesas. Olha o apagão! Ou será sintoma da gripe?

Se for, melhor isolá-lo. Nada de quarentena. Isso passa rápido.

O remédio para isso vocês sabem qual seria não é? Ah não?

É tão lindo ver a população sempre unida, fazendo campanha, se mobilizando para que o Brasil seja sede dos Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e outros eventos que possam trazer projeção para nosso país. É memorável. Isso mostra que quando se quer se faz. E na copa? Todos esquecem suas diferenças, seja por qual time for que a pessoa torça, seja de qual classe social ela seja, vai estar ao lado da outra. Não existe casta nem cotas nessa hora.

Mas isso tudo de nada adianta se Brasília continue mostrando ao mundo e ao pessoal do COI do que eles são capazes.

Será que os caras de Brasília acham que no mundo globalizado e informatizado que vivemos, com bandas ficando cada vez mais largas e cada vez mais sem fios poucos vão saber das coisas que se passam com eles e por lá? Vale lembrar que a Lei de Imprensa foi revogada.

Apagar a culpa de Sérgio Moraes e acusar a imprensa é fácil. É talvez uma saída. Até no esporte acusam a imprensa, não seria na política e logo aí que ela (imprensa) seria deixada de lado.

Não posso deixar de lado também a afirmação de que segundo Moraes, Edmar Moreira, o Injustiçado, que vem a ser o mesmo do castelo, seja boi de piranha. Não ele não é. Ele pode até estar um pouco acima do peso, mas... Na minha humilde opinião de cidadão ele é outra coisa. Não existe boi de piranha em Brasília. Também não posso deixar de lado (e de lado talvez doa menos) o que disse Moraes sobre a vontade da imprensa em enrabar eles (políticos), publicando todas essas coisas e mostrando somente um lado.

E que não me apareça nenhuma ONG em defesa dos animais, pois existem animais e animais.

Ninguém tem o direito de nesse caso exigir que eu tenha respeito ou um pouco mais de respeito com a figura do deputado. Eu diria: “Eu só lamento”.

Respeito? Que respeito? O que é respeito para eles? Eles respeitam alguém?

Eu nunca me senti respeitado por eles. Mesmo não tendo votado em deputado nenhum na última eleição, eu esperava que pelo menos eles respeitassem quem votou neles. Ou no mínimo respeitassem a Instituição que representam.

Mas como pode haver respeito, se mesmo com oito processos no STF, esta coisa, chamada Sérgio Moraes, foi reeleita, já está no sétimo mandato, sua esposa é prefeita e o filho vereador.

Alguma coisa está errada. Bem errada.

Hoje, nos jornais, já aparece que o Conselho de Ética cogita não se lixar. Vem cá, ainda tem que cogitar alguma coisa? Ainda precisa o Conselho de ÉTICA ser convencido de alguma coisa? Será que o Conselho vai querer criar outro Conselho para julgar se o Conselho de Ética está certo? Isso é a cara deles. Ir criando Conselhos e o que falta não é conselho, é juízo. É discernimento. Coragem!

Coragem para peitar um cara desses, e não só o expulsar do Conselho, mais da Câmara. Do partido ao qual pertence. De Brasília.

É isso que falta aos poucos que querem moralizar o que já é imoral há muito tempo.

E isso deve ser feito rápido. A contaminação é iminente. Poucos estão imunes de verdade. E se a Câmara dos Deputados como diz o site oficial é a casa de todos os brasileiros, vamos começar a escolher melhor quem queremos que entre em nossa casa.

quarta-feira, maio 06, 2009

Becky Bloom, Delírios de Consumo na 5ª Avenida - Sophie Kinsella


Geralmente a continuação de um livro é mais fraca que o seu precursor. Isso às vezes acontece. Seja nos livros policiais, seja nos romances, seja até no cinema. Mas aqui o que acontece é uma repetição das trapalhadas vividas por Becky Bloom na sua tentativa de se curar do seu mal. Um livro novamente bem light, engraçado e que diverte sem medo de errar.


Nota: 8

Lula e a Perereca na Cidade da Música ao som de Plutão!®


Plutão, que em 2006, ganhou o título de ex-planeta por não ser dominante em sua zona orbital e pela forma pouco convencional de sua órbita, cuja inclinação não é paralela à da Terra e a dos outros sete planetas do Sistema solar tem uma peculiaridade bem peculiar.

Gostaram? Peculiaridade peculiar. Essa reforma ortográfica é ótima. Adorei. (arghhhh!)

Então, uma pessoa que aqui na Terra pese 60 kg e tenha 20 anos de idade teria em Plutão, apenas 4 kg - olha que dieta maravilhosa! – e teria apenas 29 dias, um bebê. (sic)

Sic para quem não sabe é um termo da língua latina...

Vocês a essa altura devem estar se perguntando se estão lendo o articulista certo, ou se erraram de coluna. Ou ainda se estou viajando. Mas viajando como? Agora que acabou de vez a farra?

Só se for na maionese. Mas light tá? Não estou em Plutão

Se pelo menos eu fosse amigo do Lula e não falasse mal dele, ele com certeza, se eu pedisse, ele me levaria em uma das suas “poucas” viagens pelo mundo. Afinal, ele só completou 48 dias viajando de janeiro a abril. E só foi a nove países. Se considerarmos que tivemos 81 dias úteis de trabalho é uma ótima média.

Eu falei ÚTEIS, Lula.

E depois falavam do outro. É o outro. O da filha que era secretária-fantasma no senado. – acho que esse tipo de secretária levaria hífen. É, o FHC. Que até o chamavam de Viajando Henrique Cardoso. Ah, coitado!

Mas se vocês acham que Lula se limitará a isso, estão muito enganados. Afinal, o cara, é um sujeito ilimitado. E eu posso até provar, pois tive acesso restrito à agenda do Lula de suas próximas viagens. Foi fácil. Foi só prometer a minha fonte um favor quando eu for eleito. Pedi que ele escolhesse o que quisesse: passagens (eu daria um jeito), um cargo-fantasma, uma bolsa, seja família, Louis Vuitton, um celular pós-pago pelo Senado ou Câmara, um cargo sem comissão (cargo em comissão e sem comissão entendem o trocadilho?) , ou um computador novo.

Se bem que se ele (minha fonte) optar por ir trabalhar na Câmara, nem precisará me pedir, pois já estão trocando todos os computadores dos gabinetes de deputados, lideranças e comissões. Sendo que cada gabinete tem cerca de seis micros... Isso não está me cheirando bem. E que eles irão doar os antigos para entidades filantrópicas, isso começa a cheirar muito mal. Resta saber se a entidade filantrópica não é de nenhum amigo, parente, babá, sogra, pois se for, vou querer também. Afinal sou eleitor. E se precisar abro rapidinho uma entidade. Pode ser filantrópica, sem fila, sem trópica Como eles quiserem.

Tanto eleitor doido por um computador para acompanhar agora que eles abriram as contas nos Três Poderes pela internet que aí sim seria a forma deles mostrarem que estão de peito aberto, que são sérios e que querem mudar. Afinal temos que acreditar nisso. As pessoas mudam, ou para melhor, ou para pior. Outras nem mudam. São o que são.

Por exemplo, Lula não poderia ter falado que não acha crime deputado dar passagem, ou seja, isso mostra que mesmo presidente ele tem o mesmo pensamento de que está tudo azul e tudo são flores. Flores bem caras por sinal. Ou o que dizer do ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, José Carlos, o Zoghbi, que pediu aposentadoria para escapar da demissão? Todos eles, e falo de forma genérica, tem esse pensamento. Vale tudo para escapar da cassação ou de perder as regalias. E eles quase sempre conseguem. E sempre voltam com um sorriso de comercial de televisão de pasta de dente.

Assim como voltou Renan Calheiros, agora como líder do PMDB no Senado, que também distribuiu passagens. E assim como Collor, que dispensa apresentação, que fez o que fez e que volta como presidente da Comissão de Infra-Estrutura do Senado e está senador. E como voltam outros tantos. Não é Severino? Não é Cavalcanti?

Parece aos meus olhos, que quando eles voltam, voltam mais fortes, e principalmente achando que se eles fizeram o que fizeram e voltaram nada deve ter valor a quem os põe lá novamente.
E isso acaba os incentivando a fazerem o que querem a hora que querem e que sempre haverá uma saída. Seja pela porta da frente ou porta dos fundos.

E seria por essa porta que Lula deveria sair depois de falar e de pensar em tom de deboche que criaria o Dia da Hipocrisia. Aliás, e a propósito seria até mais honesto, criar outras coisas. Uma rua em Brasília, um ministério, uma pasta, uma comissão, uma corregedoria, uma assessoria ou um Conselho. Não iam faltar candidatos ao cargo, ou aos cargos.

A cargo disso, é muito lindo ver um discurso de Lula antes e depois do poder. Antes ele não queria nem saber de crise, inflação, ele queria era aumento de salários e que os empresários que pensassem em outras soluções e até bem pouco tempo atrás, quando apareceu a primeira marola, ele correu ao povo e disse que agora não era momento de pedir aumento. Legal o Lula, né? Antes ele falava que todos que estavam no Congresso eram todos picaretas, mas agora, do lado de cá, não é bem assim. Veja bem...

Veja bem você!! Existe uma Comissão de Ética Pública, vinculada ao presidente, que teria a função de “zelar pelo cumprimento do Código de Conduta da Alta Administração Federal, orientar as autoridades para que se conduzam de acordo com suas normas e inspirar assim o respeito no serviço público” – mas e a Baixa Administração? Não teria uma Comissão também? Se existe o baixo clero, tem de existir, a baixa administração, isso é preconceito. E nós baixinhos como ficamos? (essa observação não está no site da presidência) - Isso está no site da presidência. Eu não inventei. Mas poderia.

O que não poderia e eu acho estranho, é que é o próprio presidente quem indica os membros dessa comissão. E soube também através de uma fonte segura, a quem eu irei claro, presenteá-la no momento certo, de que existem vagas abertas para essa comissão, mas que o cara lá, parece não estar com muita pressa em preencher essas vagas.

Posso me candidatar?? Para onde mando meu currículo? Para você mesmo? Mas em Brasília? Mas você não vai estar na África? Não quer me encontrar no México? É mais perto. Ou mando para a Infraero? Eu juro que fui bem no Enem. Nem usei a bolsa do ProUni. E tô precisando trabalhar, ajuda ai vai Lula. Até porque eu podia estar roubando...

O que preciso também é uma explicação, se é que há uma, para essas coisas que acontecem aqui no Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, aquela da música, da marchinha, criada por André Filho. E com certeza acontece em qualquer cidade, com qualquer grande obra ou não. Tanto é verdade que uma perereca atrasou a obra de um viaduto que estava sendo construído no Rio Grande do Sul, ligando a BR-101. Depois que acharam uma perereca, resolveram que deveriam estudar o ser achado para saber se ela estava em extinção. Isso levou somente sete meses. Prefiro nem pensar em quanto não custou esse estudo. Mas aqui no Rio, mesmo sem perereca, as obras de nossa Cidade da Música estão paradas até segunda ordem. Ou terceira. Nosso ex-prefeito, César que é Maia, resolveu inaugurar de qualquer maneira seu objeto de desejo. Ele até tentou um museu, mas preferiu a música, onde poderiam tocar de tudo um pouco. Até samba.

Mas quem está sambando somos nós, ou melhor, quem já sambou há muito tempo. Nosso novo prefeito, Eduardo Paes, o Edu do choque de ordem, resolveu auditar as contas do Maia. E Paesmem, achou-se o absurdo que lá no fundo já esperávamos. Uma série de irregularidades, fraudes, superfaturamento. Quer mais? Já foram gastos R$ 439 milhões, mas precisa-se de mais R$ 150 milhões e mais um ano para se entregar a cidade a sua Cidade da Música. E eu duvido que fique só nisso. Meros R$ 150 milhões. Afinal de contas, estamos bem com a saúde, a educação, todos estudando e com bom rendimento, os hospitais abarrotados de remédios, médicos, os pacientes sendo atendidos sem problema, sem muita fila. Se nem precisar pegar uma senha.

Afinal qual a senha para comprar um (um não, foram 34) microfone que no mercado custa R$ 2.227,00 por R$ 15.556,80? E qual seria a senha para se comprar então um MD (Mini Disks) da Sony que tem valor de mercado R$ 1.100,00 por R$ 10.481,52? Ou um amplificador de R$ 5.500,00 por R$ 33.200,00? (fonte dos preços: O Globo).

Talvez seja o momento certo para amplificarem os gritos de basta. Se bem que esse grito já está até meio batido.

Mas batido ou não, devemos abrir os olhos e não se deixar enfeitiçar por qualquer música. A música é importante, é cultura, é lazer. A Cidade da Música seria um lazer merecido se antes disso tivéssemos feito o dever de casa. Nós não. Eles. Todo ele. Que nem preciso enumerá-los. Basta olhar.

É vital que nós cariocas cobremos mais e não simplesmente deixemo-nos levar por notas musicais disfarçadas em fazer a alegria de uns e outros governantes enquanto que a verdadeira melodia é outra.

A música você já até conhece.

E enquanto escutamos essa música não custa nada lembrar.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

E hoje acrescentaria: Salvem pelo menos o Rio, pois Brasília...