quarta-feira, setembro 29, 2010

Ladrão de Cadáveres - Patrícia Melo


Se você esta buscando um livro recheado de bons ingredientes que te façam esquecer até de comer, Patrícia Melo conseguiu a receita ideal. Em seu "Ladrão de Cadáveres" temos ganância, morte, chantagem, tráfico de drogas, crime, um cadáver, oportunidade, romance, compaixão, intrigas, ética, corrupção, moral e claro uma pitada de suspense. Tudo que faz com que seja uma leitura agradável e rápida pelo ritmo conseguido que é o toque especial que Patrícia consegue dar em seus livros.

Nota: 8,5

terça-feira, setembro 21, 2010

Eu Amei Victoria Blue - Estevão Romane


Mesmo já sendo um tema já bem explorado, é sem dúvida, antes ou depois da onda "eu quero um vampiro só pra mim", um assunto que atrai a curiosidade das pessoas: Sexo.

E quando a história envolve uma garota de programa com um brasileiro e se passa em Nova York (que é um "plus" a mais) e é real, então a curiosidade aumenta e a fantasia viaja.

Caio Túlio Costa que escreveu na orelha do livro exagerou um pouco quando disse para não se abrir o livro se não tivermos tempo pois não conseguiríamos largá-lo até Victoria Blue se desnudar. Não é bem assim.

A história não chega a empolgar tanto e nem é tão picante como muitos podem esperar de uma história com uma garota de programa. Parece mais uma série de televisão americana podendo ser contada em 5 capítulos.

É o tipo ideal de leitura para quem não quer muito compromisso. É um romance "light", bobo em algumas passagens, e com frases que senti que foram colocadas no lugar errado e no tom errado.

No geral se você quer um livro para se distrair essa pode ser uma opção.

Nota: 6.0




quarta-feira, setembro 15, 2010

Amenidades? Aqui não!®

Poderia se me fosse permitido falar somente amenidades com vocês hoje. Amenidades que talvez não fossem incomodar ninguém. Iriam ser lidas, talvez digeridas e no final das contas sobraria : o nada. Amenidades que eu digo do tipo se eu fosse comentar e analisar a repercussão na mídia e no mercado internacional de quando souberam que a Luciana Gimenez está grávida. Ou que o troglodita do Dado Dolabella foi visto beijando um novo “affair”. E em Búzios! Não é incrível isso? Quer mais? A Juliana Paes exibiu sua barriga de grávida durante as compras no Rio. Que coisa né? E a Lidsay Lohan que continua o tratamento e sob vigilância? Será que foi por isso tudo que o dólar caiu? Ou será que isso tudo pode ser a causa da Dilma ter aparecido com uma bota ortopédica? Do tipo foi tudo muito forte para ela. Ah coitada!

Mas uma coisa é certa! Eu não me permito fazer um papelão desses. Aqui não tem amenidades. O papo é mais sério.

E agora falando sério o que é José Dirceu, deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil, dizendo que Lula não é uma, nem três, mas duas vezes maior que o PT – será um número cabalístico? – e que Dilma que virou em suas palavras um “projeto” será mais importante se eleita até do que o próprio presidente Lula, pois Dilma representa todos do PT e que ela não é uma liderança que tenha uma grande expressão popular e sim ela é a expressão do projeto político? De quem? Do próprio Zé? Do Lula? Do PT?

Isso então me deixa com várias (outras) questões, e a primeira e mais cavernosa é: O que Zé Dirceu faz nos bastidores como se ninguém soubesse quem ele é, o que representa e o que pretende? Isso é apavorante!

Se Dilma representa o PT o que Lula representa então? Será que ele é a personificação de algo mitológico? Será então um ser do outro mundo? Ou será algo ainda maior ainda que transcende qualquer tentativa de se achar uma explicação para o que seja Lula?

Se Dilma não tem expressão popular por que lançá-la candidata? É justo ludibriar os eleitores do Lula dessa forma covarde? Será que eles sabem que Dilma usa saias e que ela não é o Lula sem barba? É verdadeiro Dilma se eleger ou qualquer um do PT usando a expressão popular do chefe barbudo? E se isso for usado o que é Dilma? A sombra de Lula? Ou realmente Dilma é Lula? Será Dilma uma boneca de ventríloquo? Se sim de quem será a voz? E a cabeça pensante? Há cabeça pensante?

Zé Dirceu disse que Dilma não tem raiz histórica no país como Lula foi criando a sua, se isso é verdade não seria a hora exata de cortar o mal pela raiz?

E falando em mal e raiz, Lula como sempre tira o corpo fora e não mostra que quer resolver nada, e claro devolve a questão toda em torno da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para a opinião pública fazendo com que ela pareça ser apenas uma vítima de uma perseguição maquiavélica e imaginária feita pela oposição por ela ser considerada o braço-direito da candidata Dilma. Como Lula é criativo! Se ele usasse pelo menos alguma porcentagem dessa criatividade para melhor a saúde, a educação, já estava de bom tamanho.

Como estaria de bom tamanho se Lula e Dilma parassem com o discurso de que se fará uma investigação minuciosa e que a punição deve ser exemplar doa a quem doer. Só que depois de tsunamis de lama, escândalos para todos os gostos, ainda não vi faltar analgésico no mercado. O que me faz concluir que se houve alguma punição não doeu em ninguém.

E ninguém vai conseguir me convencer que gostou do último debate dos presidenciáveis que mostrou novamente o mesmo filme de ataques, acusações e de poucas falas sobre trabalho e metas. Tivemos uma novidade: um candidato-comediante.

Enquanto eu procuro meu título de eleitor...

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Vale Tudo!®


Tim Maia cantou e encantou com seu vozeirão o seu “Vale Tudo” onde dizia que tudo estava valendo, menos dançar homem com homem nem mulher com mulher. Em 1988 a Rede Globo colocou no ar sua novela “Vale Tudo” onde lá também tudo valia, nesse caso para se dar bem na vida e que culminou com o assassinato mais famoso da televisão: Odete Roitman (Beatriz Segall). Sem deixar de lembrar que “Vale Tudo” é também um torneio de luta que está mais para sinônimo de violência pura, troglodita e sem nexo do que para ser considerado um esporte, mas que para alguns virou o próprio ganha pão. Vai entender!

E como dizem que a vida imita a arte, nossos políticos vieram e mostraram que é isso ai mesmo, “Vale Tudo” no mundo encantado em que vivem. E se você não gostar o problema é seu. Não deles. E não se fala mais nisso. Como assim não se fala mais nisso? Comigo não.

A fome deles e o medo de ficar de fora da bocada, fez com que eles aderissem de corpo, alma e sabe-se lá mais o que ao também movimento do “Vale Tudo”. Ainda mais agora em época de eleição. Isso é latente. E isso só fez corroborar o que já sabíamos: que para eles na política antes de qualquer outra coisa com certeza o “Vale Tudo” tem que estar valendo. E está.

O que é uma pena, pois todos nós perdemos. Nós, não eles. Nós perdemos a verdade, o objetivo, a proposta, as idéias, a cara limpa, a ficha limpa.

Na batalha para se eleger eles resolvem que é melhor atacar, e seja de que forma for não importando o tipo de arma que se vai usar. Mas eles procuram usar as mais sórdidas, as mais baixas. Pode ser um dossiê, pode ser também buscar o que se fez no verão passado, irão buscar falhas, falas, conversas, com quem um jantou, com quem o outro almoçou, o que jantou, o que bebeu, quem pagou, como pagou, por que pagou?

Irão quebrar o sigilo fiscal de familiares. E tudo isso pra quê?

Para depois chegar descaradamente como fez Lula e dizer que isso tudo é invenção do adversário, pois ele está com medo. Medo? Com medo estou eu de que continue tudo como está. Com medo estou eu que as pessoas não vejam a verdade que está estampada na nossa cara através das manchetes de escândalos que foram produzidos ao longo da Era Lula. Basta que os deslumbrados e adoradores de Lula consigam deixar pelo menos por um instante a foto dele de lado ao ler uma crítica sobre seu governo e em alguns casos mais graves que retirem os “antolhos” metaforicamente falando, para que possam ter uma visão mais ampla do que acontece. E que consigam perceber que podemos ter razão em alguma coisa. Não estou dizendo que quem critica o governo tem 101% de razão. Não sou o dono da verdade. Sou simplesmente um pacato cidadão que está apenas cansado de ver tanta falta de respeito, descaso e afronte.

E de ser ainda obrigado a aguentar o deboche do presidente o que fica demais da conta. Um deboche que virou a marca registrada de alguns momentos de Lula Pop Star.

A postura de Lula me incomoda. Não é postura de um presidente. Ele não possui isso. Ele pode ser carismático, idolatrado, adorado, mas isso não é sinônimo de que tenha as características fundamentais de um chefe de uma nação. Por vezes Lula falou o que não devia e não se lembrou que naquele momento ele estava me representando também.

Querendo eu ou não. Mas é a vida, né?

Mas podemos mudar o rumo dessa prosa. O momento é esse. Podemos querer pegar outra estrada. Não sei qual estrada, mas não esse que estamos.

Basta de usar o “Vale Tudo” por um mandato. Por um gabinete ou por poder. A dignidade deve vir antes. É muito feia essa maneira que candidatos têm de tentar levar vantagem sobre o outro. Essa disputa deveria se limitar somente ao que cada um pretende e quer fazer. Eles deveriam se mostrar de corpo e alma. De forma honesta, clara e com transparência. Não deveriam também usar o passado de outro candidato e dizer que irão fazer o mesmo que fulano. Que coisa mais sem personalidade. Sem identidade. Sem alma.

É de um candidato com alma que precisamos. Que esteja somente preocupado em mostrar o que ele tem para oferecer. E mais nada. Só que isso é tudo. Mas eles se atrapalham e misturam o tudo com o nada. E o que acaba restando é o nada.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Por sua conta e risco!®


Tudo na vida é questão de arriscar. Qualquer movimento que você faça vai envolver um certo risco. Até a escolha da roupa que você irá usar hoje envolve risco. Vai que chove e você não vestiu suas galochas? Já pensou nisso? Agora imagina o risco que envolve a escolha do seu voto? Já imaginou?

Seja para o bem. Seja para o mal.

Mas o que é o bem? O que é o mal? Essa discussão quase filosófica daria até um livro. Mas como a eleição é logo ali, não temos tempo para filosofar e nem para publicar tal livro. Temos sim é que conseguir avaliar o tamanho do risco que envolve votar nesse candidato, naquele outro ali ou até mesmo naquele lá. É aquele. Esse mesmo que você pensou e que promove uma luta interna da sua consciência e passível de se precisar algumas sessões com seu analista.

E isso pode custar muito caro. Nem falo da conta do analista e sim da conta Brasil se tudo for um desastre.

Desastre será se aquele seu candidato em quem você confiou, deu seu sangue, suor, lágrimas e seu voto virar para você um belo dia e dizer em um português quase que escorreito que a culpa na verdade é sua. Só sua e de mais ninguém. Ou melhor, de todos os outros que como você fez a sua escolha. Errada por sinal.

E o que é o errado? O que é o certo? Essa discussão quase que filosófica daria até outro livro. Mas não tempo. O tempo urge e reclama. É agora. Vai lá e vota e não se fala mais nisso.

Mas isso não é possível. Sua escolha estará lhe perseguindo pelo menos por quatro anos. Será a sua sombra, seu fantasma. E poder ser também o seu pior pesadelo. Ou pode ser o pesadelo dos outros que são obrigados a conviver com sua escolha.

Como diz a música: “os outros são os outros”, mas não seja egoísta a esse extremo e tente pelo menos por um instante no seu próximo. Por isso pense que sua escolha pode contribuir e por dias melhores para toda uma nação.

E eu como parte dessa nação não quero que o próximo que suba a rampa do Planalto todo reformado pelo menos no que diz respeito à parte estrutural, seja do tipo que não dará muitos detalhes sobre seus gastos com o cartão corporativo presidencial que inclusive já derrubou até uma ministra. Também não quero que seja um exímio nadador em mares de lama e em se dizer não conhecedor do que acontece na sala ao lado ou bem debaixo de seu próprio nariz.

Claro que também não gostaria de vê-lo de beijos e abraços com antigos desafetos e com pessoas a quem ele sempre no passado criticou e massacrou igual fez Lula que aparece numa sequência de fotos com Collor, Renan Calheiros, Sarney, Maluf, Severino Cavalcanti. E que não foram em um encontro casual na Ilha de Caras. Só se fosse em outra ilha. Ilha de Caras de Pau.

Enfim...

Não iria querer que esse candidato que fosse subir a rampa escorregasse justamente na hora de defender porque ele quer o seu voto dizendo que o salário mínimo em tal governo teve alta de 74%, enquanto que o número oficial é de 53%.

E também não iria querer que quem subisse a rampa achasse normal o pedido de aumento de 14% no salário dos ministros do STF em plena época de eleição e em época de vacas magras para a saúde, educação, segurança, onde para esses assuntos não há dinheiro.

Não vou querer que o próximo presidente seja aquele candidato que foge de debates e de perguntas simples como a do porque ele ou ela quer ser presidente do Brasil.

Como também não quero que essa pessoa ache que todos estão conspirando contra seu governo, que a culpa de tudo é da oposição e da imprensa – sem esquecer-se do estagiário – que tem como missão sujar a imaculada imagem de um governo cristalino.

Não podemos permitir que esse novo presidente não faça nada para derrubar o preço do Big Mac brasileiro que é o 4º mais caro do mundo. Absurdo isso. O que todas nossas crianças que estão na escola estudando vão comer de merenda?

Também não podemos querer que essa nova pessoa que irá vestir a faixa presidencial, simplesmente nos imponha um novo imposto considerado por ela milagreiro e que irá salvar a saúde do país dizendo que sem isso ela (saúde) tende a morrer na fila de espera do atendimento, porque para isso não há dinheiro. Para outras sim.

Não quero que essa pessoa chegue de salto alto. Nem saias. Vale lembrar que a rampa do Planalto é íngreme. E nessa hora qualquer escorregão...Pode ser fatal pra nós.
Mas quero sim que essa pessoa seja ela mesma. Que não seja uma coisa fabricada ou criada a partir de um protótipo que já foi usado e avaliado. Quero que tenha alma própria. Que pense com sua cabeça. E principalmente que faça algo melhor e diferente.

É disso que precisamos. De coisas novas. De reformulação.

E reformular não é usar um jingle como parâmetro de escolha. Até porque nesse quesito o candidato Eymael teria grande vantagem. Não estamos no “American Idol”. Nem no ”Britains´s Got Talent”, pois se estivéssemos, com certeza votava na Susan Boyle. E olha que ela usa saias.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.