Estava eu hoje, finalmente !!!, de volta à academia, correndo que nem um louco, para recuperar o tempo perdido, ou melhor, o tempo parado. E nos 5 minutos finais, que mais pareceram durar mais que 15 minutos, apesar das 5 televisões ligadas e da música rolando solta no salão, consegui me abstrair de tudo isso, e digo, de tudo mesmo, e começei a pensar no que falar e no que não falar.
Continuei envolto com meus pensamentos, enquanto praticava uma caminhada com obstáculos na volta para o meu doce lar. Sim, pois andar em Copacabana, principalmente nos trechos entre a rua Santa Clara e a rua Siqueira Campos, é preciso: paciência, equilíbrio e sei lá mais o que. As nossas calçadas estão tomadas por camelôs que vendem de tudo, desde uma bijuteria, passando por cd´s piratas, perfumes "made in" Paraguai, bolsas, roupas, rádios em formato de sapo e outras coisitas mais. Quem tiver cadeiras de rodas, favor usar a rua junto ao meio fio, afinal a calçada não é mais nossa, a-ha u-hu !!!!
Depois de ter quase pisado numa "loja" de roupas, por ter esbarrado, ou melhor, por ter sido "atropelado" por um pedestre que vinha no sentido contrário e nem olhou para ver de quem era a preferência, para passar num espaço onde só passava um, tentei procurar um guarda de trânsito, mas na hora me lembrei de que nada adiantaria, pois além de ser quase 20h40, horário pouco comum de se achar um guarda, a multa com certeza seria cancelada. E problema de quem já pagou a sua.
Foi nesse momento que lembrei, que a sua, a nossa prefeitura, resolveu para resolver um problema, criar outro. Como assim ?? A prefeitura ?? Simplesmente, para combater os motoqueiros que usam a Praça Fadel Fadel no Leblon, como passagem, resolveu-se colocar quebra-molas na calçada da praça, onde pessoas de cadeiras de rodas e carrinhos de bebê passam também. Mas quem são eles ?? Porque se importar com quem anda de cadeiras de rodas ?? É só uma praça, né ?? É a tal história, a pracinha era nossa, a-ha!!! u-hu !!!
Já que pensei na prefeitura, lembrei também da quantia irrisória, que foi gasta no patrocínio do show de Lenny Kravitz, uma vez, que esta está com dinheiro sobrando, os hospitais estão em ótimas condições, etc e tal. Nada mais precisa realmente ser feito, à título de investimento em infra-estrutua e coisa e tal, que permita que se gaste R$ 1 milhão e 200 mil reais, num show que além de tudo, foi maracado para um dia esdrúxulo, em plena 2ª feira. Coisa de fazer, e fez, parar o trânsito.
Desistindo de pensar mais na prefeitura, resolvi mudar um pouco, e pensei na nossa justiça. E que justiça. E foi nesse curto espaço de tempo, entre a troca de tico e teco do lado A, para os do lado B, que lembrei que o homem procurado pela polícia como sendo um dos seqüestradores de Inês, mãe do jogador Rogério, recebeu indulto humanitário porque seria portador do vírus da Aids, mesmo já tendo se envolvido em outros seqüestros. Engraçado isso, né ?? Indulto humanitário, para alguém que já tinha cometido e voltou a cometer, um crime nada humanitário. Essa é a nossa justiça, a-ha, u-hu !!!!
Por outro lado, vale a pena lembrar, que a nossa Receita Federal, no ano de 2004, afastou de seus quadros, 33 funcionários envolvidos em práticas um tanto quanto suspeitas, que em outras palavras soariam como, fraude e corrupção. E nesse ano que realmente começou há quase 1 mês, esse número já está em 71 servidores que estão sendo investigados. A Receita é nossa a-ha u-hu!!!
Em falando em receita, lembrei que esqueci de procurar uma que acabe com a violência, ou com parte dela, e que nos permita curtir a moda do momento. Acontece que uma boate aqui do Rio de Janeiro, proibiu que seus frequentadores mais descolados, digamos assim, que vistam boné, um acessório que segundo não sei que estilista estaria na moda, pelo motivo de que em caso de brigas, que ainda são constantes em nossas boates, isso dificultaria ou melhor dizendo ajudaria a esconder a cara dos bardeneiros. Aquela coisa de que saíamos para se divertir, está ficando cada vez mais somente na lembrança. A diversão era nossa, a-ha, u-hu !!!!
E além disso tudo, existe o tal do plebiscito. Tudo para decidir que fim dar ou que fim não dar a fusão da Guanabara com o Rio. Gentem, como dira Cissa Guimarães, isso tudo aconteceu há 30 anos. Temos, a meu ver, tantas questões mais importantes e que poderiam fazer alguma diferença em nossas vidas. Não quero nem entrar no mérito da questão em si, e dissertar sobre o quanto de despesas isso iria gerar, caso fosse decidido a favor da desfusão. Isso deixo para depois da decisão final. As opiniões entre os envolvidos também são divergentes. Uns acham importantíssimo que essa discussão seja levada à população. Outros que nem deve haver plebiscito. Mas será que eles nos escutam realmente ?? Ou só cometem esse ato, quando a questão pode interessar muito a muitos deles ??? O plebiscito é nosso ??? A-ha, u-hu !!!!!!