Não posso mentir. Adorei. Na verdade fiquei em êxtase. Fiquei me perguntando se seria o começo de um despertar geral. Também não pode uma pessoa ficar enganando o povo todo o tempo todo. Um dia a máscara tinha que cair.
E acho que começou a cair. Ver o presidente ser vaiado em pleno Maracanã realmente ficou sem preço. Por acaso gravei a abertura do PAN e já penso em comercializar o grande ato.
E claro, Lula depois começou a querer achare culpados nas pessoas que são sua oposição. Que foi uma coisa orquestrada. E veio também dar uma de bom moço de que não ia virar as costas para o Rio de Janeiro. Ele não é fofo ??? Arghhhhhh !!!!!
Essas vaias representam muito mais do que se pode imaginar. E ao mesmo tempo fico constrangido de que o mundo saiba que nosso presidente é digno de vaias num estádio lotado com mais de 90 mil pessoas.
E ele parece que se afundava mais ainda quando tentava dar uma explicação para as vaias recebidas. Nada convencia. Pelo menos eu não me convenci de nada, ou melhor, me convenci que as vaias vieram até tarde demais.
O Governador apoiava Lula ao mesmo tempo que o prefeito se defendia. Ou seja, o jogo de empurra-empurra de sempre, onde ninguém é culpado e onde todos são vitimas. E nisso que o povo do nosso país peca. Pois na verdade o grande culpado são aqueles que não enxergaram que Lula não era a opção.
Só que esse ato meio que isolado deveria se tornar mais amplo. Essas vaias deveriam percorrer quilômetros e chegar à Brasília onde lá o buraco é mais embaixo.
Tanto é mais embaixo que as vaias deveriam se transformar em cobranças concretas de resultados daqueles que prometeram algo, de respostas daqueles que estão sendo investigados por algum motivo e de atitudes decentes daqueles que por enquanto são sujeitos acima de qualquer suspeita. Pois hoje depois de tudo que se viu, nada mais me surpreende. Nada mais me assusta.
Alias, assusta sim, e me mete medo de que apesar dessa crise toda que estamos vivendo no mundo político, nas próximas eleições seja tudo apenas uma vaga lembrança na cabeça do eleitor. Isso não deveria acontecer mais. A memória do eleitor não deveria ser tão curta.
Ainda vou pensar em alguma coisa até as próximas eleições para fazer relembrar os mais esquecidos de que merecemos ter um país decente com pessoas decentes no poder. Sei que é impossível acabar com a corrupção, mas temos que ajudar para que a coisa não fique tão fácil quanto parece ser que é.
Está mais que na hora de limpar um pouco as páginas dos próximos livros de história.
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