Hoje vendo a foto de nosso (nosso uma vírgula) ex-presidente Collor hoje senador (meu Deus que país é esse??) na primeira página do jornal sentado atrás de uma plaquinha intitulando-o "presidente da Comissão de Infraestrutura" teria assunto suficiente para a semana. Se for considerar ainda a tal da hora extra que foi paga "pra galera" no período de recesso e outras coisitas como, por exemplo, a tal juíza que mesmo investigada por corrupção foi promovida teria assunto para uma enciclopédia. Mas com semana passada não deu, e não posso deixar passar em branco... E também nem poderia. Além do que dizem que o dia da mulher é todo dia, então... Vamos aos trabalhos.
A semana que precedeu o dia internacional da mulher não poderia ter passado com um fato tão importante e significativo de fora. Pena que esse fato seja algo repulsivo, mas que deverá (pelo menos deveria) servir de força motriz para mudanças. Se bem que mudar a crença de uma pessoa é complicado, difícil e às vezes impossível. As pessoas podem até mudar, mas o dogma não.
O fato em si é chocante. Tanto pela sua forma quanto por seus envolvidos: o estupro da menina lá do Recife de apenas 9 anos e seu outro algoz. Sim outro. A meu ver existem dois, o padrasto e o arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho.
Na verdade esse fato é mais comum do que se pode imaginar. Seja aqui no Rio, seja em Nova Iguaçu ou seja em Recife. Infelizmente. E nem todos os casos são registrados, e, por conseguinte não entram nas estatísticas que adoram exibir (e nada fazem para mudá-las) e a vida de todos segue. Mas a que custo?
Vou utilizar o meu grito, a minha voz que aqui são as palavras para externar toda a minha indignação (é pouco), minha revolta (é pouco), ou sei lá mais o que eu poderia falar sobre a atitude e palavras do arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho. É de causar revolta também. E das grandes.
Mesmo ele sendo uma "autoridade" da Igreja, ele não poderia NUNCA declarar o que disse, nem para seus filinhos. Que dissesse isso somente dentro de um quarto fechado e avisasse as paredes para tamparem os ouvidos. Afinal, elas também ouvem.
O tema é polêmico é. Mas não há polêmica em como a criança de 9 anos irá ficar. Como ela irá lidar com isso durante sua vida que apenas começa? E não me venham dizer que existem psicólogos, psiquiatras para isso. Eles podem ajudá-la sim, mas devolver o que foi tirado dela não. Lá no seu íntimo. Será que a Igreja acha que nada como umas sessãozinhas de terapia que tudo se resolve? E que se excomunguem os médicos, a mãe, o maqueiro, o motorista que a levou ao hospital ou todos que sabiam do aborto? Pois se for pensar assim todos que sabiam da resolução da mãe devem ser punidos. Vamos ser justos!!
Isso da Igreja ter como missão defender a vida desde a sua concepção até o seu término natural é para mim papo para boi dormir. Deve-se defender a vida? Sim. Mas, assim como na justiça dos tribunais existe um juiz que olha para lei e faz a sua interpretação para então julgar e dar sua sentença, a "justiça" do tal arcebispo, da Igreja e do Vaticano deveria trabalhar do mesmo jeito.
Em nenhum momento falou-se na Igreja de punir o padrasto. O estuprador. Esse, de acordo com o que passa a interpretação deles, errou, mas.... Aqui não há espaço para mais. Nem para menos. A igreja deveria nessa hora estar apoiando à famíiia, a mãe, a menina, os médicos. Todos menos ele (o padrasto). Só falta a Igreja querer dar uma placa homenageando o feito e o seu autor.
O estupro é algo abominável. Não sei se o arcebispo esquece que nasceu de uma mãe. Que ele tem mãe. E que poderia ter uma irmã. Ou ele nasceu de uma chocadeira e por isso é ruim das idéias?
Desculpem-me qualquer coisa, mas estou realmente revoltado. A cada palavra formada nesse texto me vem tudo de uma vez e penso na menina. Coisa que a Igreja não fez. Só posso lamentar. Alíás está virando moda esse pessoal da Igreja falar "merdinha da Estrela". Hoje foi o arcebispo e ontem foi o Bispo que negou que o holocausto existiu - ele já meio que disse iria rever seus conceitos -, mas é notório que as pessoas estão perdendo o valor das palavras. Principalmente as pessoas cujas palavras deveriam servir de um afago, de um carinho, de um apóio.
Não foi por acaso que o título desse meu texto é que tinha um arcebispo no meio do caminho. No meio do caminho tinha um arcebispo. Isso lembra alguma coisa?
Pois é. É isso.
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.
A semana que precedeu o dia internacional da mulher não poderia ter passado com um fato tão importante e significativo de fora. Pena que esse fato seja algo repulsivo, mas que deverá (pelo menos deveria) servir de força motriz para mudanças. Se bem que mudar a crença de uma pessoa é complicado, difícil e às vezes impossível. As pessoas podem até mudar, mas o dogma não.
O fato em si é chocante. Tanto pela sua forma quanto por seus envolvidos: o estupro da menina lá do Recife de apenas 9 anos e seu outro algoz. Sim outro. A meu ver existem dois, o padrasto e o arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho.
Na verdade esse fato é mais comum do que se pode imaginar. Seja aqui no Rio, seja em Nova Iguaçu ou seja em Recife. Infelizmente. E nem todos os casos são registrados, e, por conseguinte não entram nas estatísticas que adoram exibir (e nada fazem para mudá-las) e a vida de todos segue. Mas a que custo?
Vou utilizar o meu grito, a minha voz que aqui são as palavras para externar toda a minha indignação (é pouco), minha revolta (é pouco), ou sei lá mais o que eu poderia falar sobre a atitude e palavras do arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho. É de causar revolta também. E das grandes.
Mesmo ele sendo uma "autoridade" da Igreja, ele não poderia NUNCA declarar o que disse, nem para seus filinhos. Que dissesse isso somente dentro de um quarto fechado e avisasse as paredes para tamparem os ouvidos. Afinal, elas também ouvem.
O tema é polêmico é. Mas não há polêmica em como a criança de 9 anos irá ficar. Como ela irá lidar com isso durante sua vida que apenas começa? E não me venham dizer que existem psicólogos, psiquiatras para isso. Eles podem ajudá-la sim, mas devolver o que foi tirado dela não. Lá no seu íntimo. Será que a Igreja acha que nada como umas sessãozinhas de terapia que tudo se resolve? E que se excomunguem os médicos, a mãe, o maqueiro, o motorista que a levou ao hospital ou todos que sabiam do aborto? Pois se for pensar assim todos que sabiam da resolução da mãe devem ser punidos. Vamos ser justos!!
Isso da Igreja ter como missão defender a vida desde a sua concepção até o seu término natural é para mim papo para boi dormir. Deve-se defender a vida? Sim. Mas, assim como na justiça dos tribunais existe um juiz que olha para lei e faz a sua interpretação para então julgar e dar sua sentença, a "justiça" do tal arcebispo, da Igreja e do Vaticano deveria trabalhar do mesmo jeito.
Em nenhum momento falou-se na Igreja de punir o padrasto. O estuprador. Esse, de acordo com o que passa a interpretação deles, errou, mas.... Aqui não há espaço para mais. Nem para menos. A igreja deveria nessa hora estar apoiando à famíiia, a mãe, a menina, os médicos. Todos menos ele (o padrasto). Só falta a Igreja querer dar uma placa homenageando o feito e o seu autor.
O estupro é algo abominável. Não sei se o arcebispo esquece que nasceu de uma mãe. Que ele tem mãe. E que poderia ter uma irmã. Ou ele nasceu de uma chocadeira e por isso é ruim das idéias?
Desculpem-me qualquer coisa, mas estou realmente revoltado. A cada palavra formada nesse texto me vem tudo de uma vez e penso na menina. Coisa que a Igreja não fez. Só posso lamentar. Alíás está virando moda esse pessoal da Igreja falar "merdinha da Estrela". Hoje foi o arcebispo e ontem foi o Bispo que negou que o holocausto existiu - ele já meio que disse iria rever seus conceitos -, mas é notório que as pessoas estão perdendo o valor das palavras. Principalmente as pessoas cujas palavras deveriam servir de um afago, de um carinho, de um apóio.
Não foi por acaso que o título desse meu texto é que tinha um arcebispo no meio do caminho. No meio do caminho tinha um arcebispo. Isso lembra alguma coisa?
Pois é. É isso.
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.
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