quarta-feira, janeiro 25, 2006

Vivendo e aprendendo...®



Enquanto a deputada Alice Tamborideguy se preocupa em proibir bundas nos cartões postais do Rio de Janeiro por achar que algumas simples bundas poriam a imagem da cidade (já não tão) maravilhosa na lata de lixo, um bando de não bundões desafiaram novamente a polícia e assaltaram um ônibus com turistas ingleses, quando recém chegavam ao Rio de Janeiro. Foi uma ação planejada, bem estruturada e que nos deixa com a bunda de fora para o mundo e para quem quiser ver, e atesta que o buraco é bem mais embaixo, e não no meio. Alguns podem até pensar que coisa feia essa de se dizer e escrever. Mas acho que não. O que resta a quem fica indignado com tudo isso é falar, é escrever, é gritar. Se Alice acha que são bundas que farão nossa imagem ficar negativa lá fora, melhor darmos uma aula de como se constitui e se constroí uma imagem. Essa notícia percorreu jornais e sites do mundo todo. Parabéns, Alice. Continue preocupada com bundas em postais e deixe que do resto a bandidagem se encarrega. Até quando teremos que carregar esse estigma de ser uma das cidades mais violentas ??

E de que adianta agora uma força-tarefa ser formada para prender essa quadrilha se já existe outra com a bunda sentada arquitetando também seu próximo golpe ?? Deve-se sim, ter uma força-tarefa contínua, uma força-pensante de combate, uma força-inteligente que consiga agir antes, e não depois do leite e do sangue derramados. Pois para limpar mais essa bunda suja irá requerer muito em marketing e propaganda de quem tenta ainda dizer que vale uma passadinha no Rio de Janeiro. Se tudo isso continuar do jeito que está, acho que a indústria de cartões postais irá aumentar, pois só será seguro conhecer nossa cidade, minha cidade, através de postais com ou sem bunda.

E com ou sem bunda, nossa sociedade que andava meia indignada ou indignada e meia, deu um senhor passo, quando fez tanto alarde, tanta pressão, que culminou com que os parlamentares revissem seus conceitos e diminuíssem o período de férias e que não houvesse mais o pagamento de dois salários extras em caso de uma convocação extraordinária. É claro que isso ainda é pouco, muito pouco diante do que eles ainda tem direito, mas é um começo. E temos a obrigação de se pegar nisso, e perceber que temos força sim para mudar a história e o rumo do país.

Nosso país é grandioso e bonito por natureza. Mas que beleza !!! Temos que ajudar a construir um lugar decente de se morar, com um salário decente e uma qualidade de vida decente.

E falando em decência, é muito indecente a decisão de aumentar o salário-mínimo somente em abril ou maio. E com relação ao valor estipulado, esse melhor nem comentar. Sempre que se trata de aumentos de salário para o povo, a votação é demorada, é difícil e nunca unânime. Agora, quando se trata de aumentar outros salários, a votação se dá em horas e é praticamente unânime. Esse é o país que Lula sonhou para seus filhos. Mas não é o que eu sonho para os meus. E tenho certeza nem é o que vocês, meus únicos 8 leitores, sonham para os seus. É vergonhoso. E enquanto isso, existe um projeto de se construir um anexo do senado estimado em R$ 115 milhões. Pode-se até se precisar de um anexo, mas será que não existem problemas mais imediatos para se tratar ??

Enfim, e enquanto tudo isso vai rolando, Lula vai enrrolando e não quer de maneira assumir que é um candidato a reeleição. Prefere continuar suas viagens enquanto o circo que ele próprio armou vai pegando fogo. Igualzinho ao fogo no prédio do INSS em Brasília, que dizem não foi criminoso. Esse pode até não ter sido, mas o outro... Não sei não. Mas como ele mesmo sempre diz: " Eu não sei de nada. Eu nada sei. ". Está bem então. Vamos acreditar para não contrariar.

Mas só para contrariar um pouquinho, prometo solenemente não sair da aba do Lula até que ele desista de uma vez por todas de sentar a sua bunda por mais quatro anos em Brasília, apesar de achar que ele não se sente muito por lá, mas sim muito mais no seu Aero-Lula, brinquedinho que ele ainda não largou.

Mas ele há de largar. Mas que para isso aconteça, nós temos de dizer, ou melhor, gritar: "Não". "Não amamos tudo isso". Pensem nisso. Isso pode dar resultado. Acreditem. Nós somos fortes.

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