Eu diferentemente dele, (isso dispensa apresentações) leio jornal. Aliás, leio dois jornais. Revistas também. Só não leio Caras. Mas desde quando Caras é revista? No máximo serve para levar para quem esteja se convalescendo de alguma cirurgia e só pode ver figurinhas. Mas não adiantou. Numa doce ilusão achei que se mudasse de jornal as notícias poderiam aproveitar o gancho e mudar também. Ledo engano.
E põe ledo e põe engano nisso. Infelizmente.
Foi noticiado que o governo não conseguiu até agora disciplinar o uso do seu cartão corporativo. Não é possível que não se tenha um sistema de "alarme", algo que acuse que aquela despesa foge do padrão permitido. Em tempos da era da informática isso já devia ter sido possível se fazer. São compras no Dufry Brasil (Brasília), refeições em churrascarias a comitivas estrangeiras (Defesa, FAB e Exército), aluguel de carros etc e tal.
Foi noticiado também que o Senado Federal irá renovar o estoque de cadeiras e sofás de sua Casa, com um custo estimado em mais de R$ 2,4 milhões. Haja bunda para sentar em tantas cadeiras e sofás. Também li que iriam mudar a frota de carros e que seu Lula andou comprando novos aviões. Ou sei lá o que mais.
O mais triste disso tudo é que apesar de tudo o governo não se preocupa com problemas de seu povo. Com a saúde de seu povo, com o desenvolvimento de seu povo. E quando falo em governo, incluo aí, a esfera federal, estadual, e suas prefeituras.
A pequena marola do seu Lula tem provocado férias coletivas, demissões (e muitas) conseguindo alcançar o maior índice de demissões de todos os tempos de seu governo. E mesmo ele mergulhando em mares já navegados ainda acha que é uma marola.
Dá vontade de falar tanta coisa... Mas com a sua agenda internacional tão cheia vai ser difícil achá-lo em Brasília. E como ele não lê tem que ser no pé do ouvido mesmo.
Minha revolta com isso tudo está ligada à crise global. Ao abalo econômico que vem derrubando os grandes. Sejam bancos, montadoras, o que estiver na frente entra na roda. Mas falando ainda na minha revolta, com essa história toda algumas empresas vem cortando todos os seus investimentos e patrocínios. Dizem que simplesmente não há mais dinheiro. Mas com eles lá há. (entenda como quiser)
Mas existem projetos e Projetos. E são os Projetos com um P gigantesco que estão sendo arrastados junto com o fechamento da torneira de grandes empresas. Por causa da marola do Lula. Imagina então se fosse uma onda mais forte. Acorda Lula !!!!!
Mas então, com essa gastança toda que vemos desenfreada de governos, prefeituras para coisas banais e sem importância, eles ficam sem verbas para serem usadas em prol da própria população. E essas pessoas que estão totalmente engajadas em ajudar outras pessoas com belas propostas são obrigadas a procurar empresas para que financiem projetos que deveriam ser obrigação do estado, da prefeitura. Uma pena. Mas é a nossa triste realidade.
Soube de um projeto que provavelmente fechará suas portas por falta de verbas. O projeto é lindo. E é feito por profissionais sérios. Esse projeto lida com crianças vítimas de violência doméstica - coisas que muitos acham que só acontecem em filmes, novelas e seriados - e seus autores. É uma triste realidade que ficará mais triste ainda, pois o acompanhamento dessas crianças, desses pais, será interrompido, porque não existem olhos dispostos a olhar com outros olhos a real necessidade de continuidade. Um tratamento não pode e não deve ser interrompido sem que o paciente tenha alta de seu médico. Aqui é a mesma coisa. O que será dessas crianças? Qual a carga que elas terão de carregar de agora em diante soltas no mundo cruel em que vivem?
É triste. E revoltante ao mesmo tempo. Quando vemos o que já se gastou, por exemplo, na Cidade da Música que continua inacabada e que precisará de mais alguns milhões para ser concluída. E para que? Para quem?
Se a música que eles querem tocar por lá for para abafar o choro e o lamento de tanta coisa ruim que temos em nossa frente seria bom então investir mais nas caixas de som, que poderá sim sumir com o som do choro, mas não conseguira´calar muitas pessoas como esse escrevinhador aqui que usa as palavras para gritar, exigir e alertar a quem quer que seja, que existem ainda pessoas ligadas em tomadas 220V e dispostas a brigar por um país melhor, por homens melhores, por governos melhores e por crianças que tenham o carinho, a atenção e a assistência que elas merecem.
Não vou aqui acabar dando um número de uma conta num banco para doações. Não é disso que precisamos. Precisamos sim de pessoas (do lado de lá) dispostas a resolver os problemas de seus "filhos", investindo em coisas que tragam retorno, não financeiro. Mas social e humano.
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