Depois de ter sido taxado como sendo uma “cópia chinesa do Arnaldo Jabor” por uma leitora em minha última coluna publicada aqui mesmo no Opinião e Notícia, fui procurar meu psicólogo. Deitei no divã e deixei Freud e Lacan me levarem para onde eles quisessem. E eles me levaram. Me levaram para o mundo encantado de Peter Pan e a Terra do Nunca. E quando Sininho estava vindo falar comigo e me alertar que havia um Capitão Gancho e ele era malvado, levei uma bolada e vi que a Jabulani é mais embaixo. Ou melhor, o buraco é mais embaixo. Voltei do transe, ou dessa minha viagem – não é só o Lula que tem direito a viajar –, e foi então que tudo ficou claro para mim.
Não existe o mundo encantado de Peter Pan. Não existe Peter Pan. Não existe a Sininho. Já a Terra do Nunca e o Capitão Gancho tenho minhas dúvidas. Mas a Jabulani existe.
Tanto que existe que tem os que a amam e os que a odeiam. Tudo bem que isso faz parte da guerra de egos entre a Nike patrocinadora da nossa seleção e a Adidas a dona da bola Jabulani.
Que pelo visto é a bola da vez. Os olhos de bilhões de pessoas estão voltados para a Jabulani e a Copa do Mundo. Inclusive olhos chineses. E ao que tudo indica é o que há de mais comentado e debatido nos jornais, mesas redondas, mesas quadradas, no papo do cafezinho ou até mesmo dentro dos elevadores.
E parece que todos esquecem que é ano de eleição aqui no Brasil. E não é qualquer eleição. É para escolher quem será o próximo presidente até a próxima Copa do Mundo – parece até garantia de televisão – e quem serão nossos representantes na Câmara e no Senado. Ai que medo!
O triste é que não se fala de outra coisa. É Jabulani pra cá, é o ataque nervoso de Dunga pra lá.
Foi difícil encontrar uma notícia que falasse de Lula. Até pensei que ele estivesse em retiro espiritual ou fazendo algum trabalho com alguma mãe de santo para tudo dar certo para Dilma. E ele é claro.
E não é que achei Lula. Ele deu uma rapidinha passada em Altamira no Pará onde discursou para uma plateia entre 8 mil e 10 mil pessoas que devem ter achado que como é época de eleição iriam ganhar cada um uma Bolsa Jabulani e iriam assistir alguma partida junto com o técnico Lula. Pois além de técnico ele é: presidente, PhD em eleições de outros países, psicólogo de jogador, padre (pois abençoou a seleção antes do embarque para África), juiz de paz e especialista em Irã e urânio, pai do PAC. E com tantos atributos quem é que não gostaria de assistir a um jogo com ele? Que levante a mão agora ou cale-se para sempre. \o/
Pois, então, o tema do rápido discurso foi criticar os que criticam a construção da hidrelétrica de Belo Monte, cobrar que esses críticos apresentem então soluções para preservação ambiental e proteção das populações ribeirinhas sem antes não perder a chance de mandar James Cameron pro Golfo do México e não meter seu Titanic, ou melhor, seu nariz, nas questões ambientais do nosso país.
Lula sempre foi um lorde inglês em matéria de educação.
E como sou educado não vou soltar aqui e agora um palavrão, mas que caberia aqui, ah caberia. E, enquanto o palavrão não sai, eu grito. Grito para que todos escutem e acordem do encantamento que o futebol e a Copa exercem sobre os homens, e que protestem do absurdo que é ver um hospital aqui no Rio de Janeiro, ser interditado parcialmente porque está ruindo. E isso não é só privilégio nosso. Hospitais do Brasil se não estão ruindo estão em ruínas, em plantas e promessas. E para isso falta sempre dinheiro. Para investir em saúde, educação e transporte sempre faltará dinheiro. Para aumentar salários na Câmara e Senado o dinheiro aparece como por encanto. Será então essa a Terra do Nunca e Lula a Sininho? Ou ele está mais para Capitão Gancho?
É triste.
E mais triste ainda é constatar que depois que foi aprovado o projeto Ficha Limpa não está sobrando muita gente. Mas fiquem descansados que Paulo Maluf mandou avisar que a ficha dele é a mais limpa do Brasil e ele está aí para o que der e vier.
Agora sim vou dormir mais tranquilo, afinal, na Terra do Nunca, o nunca é sempre.
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.
Não existe o mundo encantado de Peter Pan. Não existe Peter Pan. Não existe a Sininho. Já a Terra do Nunca e o Capitão Gancho tenho minhas dúvidas. Mas a Jabulani existe.
Tanto que existe que tem os que a amam e os que a odeiam. Tudo bem que isso faz parte da guerra de egos entre a Nike patrocinadora da nossa seleção e a Adidas a dona da bola Jabulani.
Que pelo visto é a bola da vez. Os olhos de bilhões de pessoas estão voltados para a Jabulani e a Copa do Mundo. Inclusive olhos chineses. E ao que tudo indica é o que há de mais comentado e debatido nos jornais, mesas redondas, mesas quadradas, no papo do cafezinho ou até mesmo dentro dos elevadores.
E parece que todos esquecem que é ano de eleição aqui no Brasil. E não é qualquer eleição. É para escolher quem será o próximo presidente até a próxima Copa do Mundo – parece até garantia de televisão – e quem serão nossos representantes na Câmara e no Senado. Ai que medo!
O triste é que não se fala de outra coisa. É Jabulani pra cá, é o ataque nervoso de Dunga pra lá.
Foi difícil encontrar uma notícia que falasse de Lula. Até pensei que ele estivesse em retiro espiritual ou fazendo algum trabalho com alguma mãe de santo para tudo dar certo para Dilma. E ele é claro.
E não é que achei Lula. Ele deu uma rapidinha passada em Altamira no Pará onde discursou para uma plateia entre 8 mil e 10 mil pessoas que devem ter achado que como é época de eleição iriam ganhar cada um uma Bolsa Jabulani e iriam assistir alguma partida junto com o técnico Lula. Pois além de técnico ele é: presidente, PhD em eleições de outros países, psicólogo de jogador, padre (pois abençoou a seleção antes do embarque para África), juiz de paz e especialista em Irã e urânio, pai do PAC. E com tantos atributos quem é que não gostaria de assistir a um jogo com ele? Que levante a mão agora ou cale-se para sempre. \o/
Pois, então, o tema do rápido discurso foi criticar os que criticam a construção da hidrelétrica de Belo Monte, cobrar que esses críticos apresentem então soluções para preservação ambiental e proteção das populações ribeirinhas sem antes não perder a chance de mandar James Cameron pro Golfo do México e não meter seu Titanic, ou melhor, seu nariz, nas questões ambientais do nosso país.
Lula sempre foi um lorde inglês em matéria de educação.
E como sou educado não vou soltar aqui e agora um palavrão, mas que caberia aqui, ah caberia. E, enquanto o palavrão não sai, eu grito. Grito para que todos escutem e acordem do encantamento que o futebol e a Copa exercem sobre os homens, e que protestem do absurdo que é ver um hospital aqui no Rio de Janeiro, ser interditado parcialmente porque está ruindo. E isso não é só privilégio nosso. Hospitais do Brasil se não estão ruindo estão em ruínas, em plantas e promessas. E para isso falta sempre dinheiro. Para investir em saúde, educação e transporte sempre faltará dinheiro. Para aumentar salários na Câmara e Senado o dinheiro aparece como por encanto. Será então essa a Terra do Nunca e Lula a Sininho? Ou ele está mais para Capitão Gancho?
É triste.
E mais triste ainda é constatar que depois que foi aprovado o projeto Ficha Limpa não está sobrando muita gente. Mas fiquem descansados que Paulo Maluf mandou avisar que a ficha dele é a mais limpa do Brasil e ele está aí para o que der e vier.
Agora sim vou dormir mais tranquilo, afinal, na Terra do Nunca, o nunca é sempre.
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.
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