quinta-feira, agosto 19, 2010

A Hora da Verdade!®


E já começou a caça ao seu voto. Cuidado então, eleitor. Olhos bem abertos e tenham um colírio só de precaução.

Preparem os lenços de papel, o balde para a pipoca, pois está no ar o Programa Eleitoral Gratuito

O que esperar? Romance, drama, aventura, ficção, suspense, comédia, fantasia, ação, terror? Talvez um pouco de tudo. Na verdade, quem irá poder avaliar a que gênero o programa nosso de cada dia irá pertencer será você, eleitor.

Eu, como tenho uns programas desses gravados da eleição passada que comprei de um camelô na época e não me pergunte o porquê disso, nem vou me dar ao trabalho de assistir os “novos” programas que na verdade são uma espécie de “Não vale a pena ver de novo”, pois de novo não tem nada. É sempre: “No meu governo eu vou…”, “Acredite, vou acabar com…”, “Minha missão (impossível) é…”, “Por isso eleitor querido idolatrado salve, salve…” ou ainda, “No governo passado… e é por isso que eu me sinto cada vez mais…”.

Peço então a você, eleitor, e a você, meu leitor, que se desapegue da televisão por esse instante apenas e se dedique a outras atividades tais como: curtir seus filhos, sua família, ligar para aquele seu amigo que aniversariou e você esqueceu, ler um bom livro. Ou até mesmo jogar um buraco com sua sogra. Ela vai adorar. Ou você pode ir meditar. Por que não?

Aliás, é uma boa pedida a tal da meditação. Eu recomendo. Faz bem e te deixará em estado zen. O que poderá te ajudar na escolha de seu candidato. Ou não.

A verdade é nua e crua. E você não tem porque lutar contra. É respirar e fazer uma analise do contexto atual e do passado de cada um de seus candidatos. É um exercício mental. Prometo que é indolor. A não ser que você tenha um caso de paixão aguda cega e não queira nem saber de nada e mesmo que saiba de algo ache que é completamente irrelevante. E que depois ele que se acerte quando for chamado pela morte e tiver que enfrentar o juízo final.

E também me permito pedir que não façam nenhum juízo final sobre o que venho escrevendo, mas é que não se ouve mais nada além de que nas últimas pesquisas o Instituto X apurou que o candidato S caiu, que o D subiu, que o M se manteve estável e que o P ainda não se tocou que está marcando toca e jogando dinheiro fora. Parece que os escândalos deram lugar à corrida presidencial, à corrida pelo governo do estado (cada um no seu quadrado) ou à disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. E eu ainda vou ter a minha. Um dia se Deus quiser – e ele há de querer – mas se não quiser conheço certas pessoas que conseguem ajeitar isso.

Aí é correr para o abraço. E mostrar serviço. Afinal o papel de um deputado é esse. Pelo menos é o que está estampado na Constituição. Mas que nem todo deputado faz questão de lembrar.

A única coisa que se deve lembrar de verdade é que falta pouco para o dia D. E, por favor, não venham pensando que é o D de quem vocês acham que é.Não. Não é. Até porque nem sei porque escolheram a letra D. Mas se fosse S teria que explicar que não tem nada a ver com a marca daquela empresa e nem é também quem vocês acham que é.

Vamos votar conscientes de que nossa escolha será e terá que ser digerida pelos próximos quatro anos. E que depois do leite derramado só nos resta pegar o pano de chão para secá-lo e uma vassoura e uma pá para juntar os cacos da jarra quebrada. Nada mais.

Por isso é que sempre digo… entre outras coisas….

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

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