sexta-feira, outubro 30, 2009

Pegando no Pé®


Não sou muito adepto a linguagem coloquial dos sac´s, o tal do gerundismo, mas aqui o que usei no título é aplicável. E vou estar explicando o porquê. Claro sem antes dizer que sua leitura é muito importante para mim.

Pois então, já que o “nosso” presidente Lula vai estar viajando muito nos próximos dias que lhe resta, e não será num balão, apesar de ter um certo apelo marqueteiro – já imaginaram um balão com a cara da Dilma estampada? – vou para encanto dos defensores dele poupá-lo dessa vez. Só vale registrar que Lula sempre foi um crítico feroz quando Fernando Henrique Cardoso viajava e tem feito a mesma coisa. E não só com isso. Mas eu prometi. Lula boa viagem. Vai e fica. Calma gente, disse isso porque Lula não é indiano. Se fosse diria vai e volta.

Já que Lula está com imunidade essa semana, eu escolho o ministro da Justiça, Tarso Genro para vir para o paredão. Ou para sentar na cadeira elétrica aproveitando que já estamos economizando energia com o horário de verão e temos uma gordurinha aí.

Achei legal o ministro mandar apurar a possibilidade de ter havido improbidade na gestão de órgão federal e o descaso com nosso dinheiro, já que o que se acha por ai são tomógrafos, carros para o combate da dengue, ambulâncias do SAMU, remédios, esteiras de raio x, hospitais prontos há 5 anos, mas fechados, outros com obras inacabadas. Enfim tudo do que a população carente necessita, mas não pode usar porque faltou uma assinatura na guia azul- celeste modelo CQC 8/56 Y que consta do Manual de Conduta instituído pela Lei Nº 1.171 de 31 de fevereiro de 1971 assinada através de um ato secreto que só quem assinou sabe onde colocou e porque assinou.

Só não entendi começar a apuração desses fatos somente agora. Isso já vem acontecendo há anos. A não ser que para se começar a apurar também seja necessário o preenchimento do formulário verde-mata atlântica que consta do Manual de Péssima Conduta instituído pela Lei Nº 1.171 de 29 de fevereiro de 1971 assinada nem se sabe por quem pois 1971 nem ano bissexto foi.

Agora vem a outra parte. A da qual eu não gostei. Ministro Tarso, fala mais isso não! Falar que é até aceitável essa pequena demora por causa da pequena burocracia nos trâmites da documentação. É não. Hoje temos e-mail, motoboy, scanner, até assinatura eletrônica nós temos. Pode demorar não. A doença não espera. A fila anda. Ou melhor, não anda, porque faltam hospitais, equipamentos, remédios, médicos com salários dignos, ambulâncias. E tá tudo lá, num pátio apodrecendo, ou no caso que já inclusive relatei de um hospital pronto, mas que está fechado. E isso tem cinco anos. Se for um problema com chave eu te indico um chaveiro.

Ministro pode fazer isso não. Pode deixar acontecer não. Tanta coisa “menas” importante e é pá pum. Vamos fazer pá pum com coisas mais importantes. Coisas para o benefício da população e do próprio governo. É tão simples: povo bem tratado, respeitado, podendo contar com o governo quando ele precisa de assistência vai refletir na sua qualidade de vida, na sua alegria de viver, vai passar segurança e isso se refletirá no aumento de produção dele no trabalho, na quantidade de dias que ele não falta. E isso por sua vez aumenta a produção na indústria, que vende mais, contrata mais, e o governo arrecada mais. É uma roda viva. E não vou começar aqui uma aula de economia. Fala com o Guido e não esquece meu abraço para ele.

E claro diante desse quadro todo você vai dar aquela forcinha para que nem sonhem em levar adiante a votação para o renascimento da CPMF vestida de CSS. Ainda mais vendo o que fazem com as coisas destinadas para a saúde. Não tem imposto que justifique.

Portanto meu caro Tarso libera aí. Pede para o Cara que tem que assinar liberar. Se for problema de caneta eu te empresto uma. Ou melhor mando junto com o chaveiro.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

* por motivos de justiça não foi possível mostrar a foto do pé do ministro. Só foi liberado a da mão. Portanto, sou eu pagando na mão do ministro. Sem segundas intenções.

sábado, outubro 24, 2009

Às vezes muito é nada ®


Com a publicação de minha coluna vemos que mais uma semana se passou. Ufa!! Estamos quase chegando lá. Lá aonde? Não sei vai perguntar logo para mim? O único lugar que eu sei onde estamos (todos) chegando é ao fim do ano. E isso se a guerra permitir.

Para quem ainda não sabe – e acho muito difícil não saber, pois o mundo sabe – temos nossa guerra do Vietnam logo ali, na verdade aqui onde esse escrevinhador munido de capacete e colete tenta se desviar das balas perdidas enquanto digita essas poucas palavras. É uma guerra feita e produzida aqui. Produto 100% nacional a não ser pelas armas usadas que são importadas. Que venham a Copa e as Olimpíadas. Será que sobreviveremos? O COI (Comitê Olímpico Internacional) deveria ter uma segunda cidade brasileira de prontidão caso o caos resolva ficar por aqui. Ou seria continuar aqui? Ou pode ainda não sobrar ninguém para contar a historia e receber os atletas. Será que eles tem algum plano de importar paulistas, mineiros, baianos, gaúchos caso isso aconteça? É bom que pensem nisso.

Pior é que nem em alguns policiais podemos confiar. Pode ser cabo ou capitão. Podem ser os dois. E são. Para quem não mora aqui no Rio, imagens flagraram policiais um deles um capitão (que deveria fiscalizar outros policiais e talvez menos ele próprio) e um cabo, abordando marginais que minutos antes haviam roubado um par de tênis e uma jaqueta e atirado na vítima e que ainda se encontrava viva e caída e que não foi vista, e minutos depois os marginais aparecem deixando o local do crime sem os objetos do roubo enquanto que o policial aparece com tais objetos que somem do boletim de ocorrência. Ou seja, um roubo seguido de outro roubo. Marginais roubam e são roubados por dois policiais. E o relações-públicas da PM considera que foi só “desvio de conduta”. Afinal era só um tênis, uma jaqueta. Que desvio, né? Que conduta, né? Que relações-públicas, né? Pelo menos o comandante da PM pediu desculpas. Mas isso basta?

E enquanto isso Lula que não é bobo nem nada se mostrou “preocupado” com a violência no Rio de sugeriu a criação de um conselho para combater o narcotráfico na América do Sul. É tudo o que faltava. A criação de um conselho para daqui a algum tempo termos que criar uma CPI para investigar o conselho. Quer um conselho Lula? Faz isso não. É preciso talvez somente um pouco de força de vontade e um pouco de coragem para colocar a bandidagem nas grades e libertar de vez a população que se sente a cada dia que passa mais acuada e temerosa de se deixar viver com a liberdade que é garantida pela nossa Constituição: o direito de ir e vir. Estão nos privando desse direito. Nem todos vão, mas alguns que vão, não voltam.

Não é possível que Lula que passa grande parte do tempo fora do país – e para isso existe uma explicação: Lula mesmo não confessando, fui informado por uma fonte quente que tem acesso irrestrito no Senado, a Sabrina “Pânico” Sato, que ele (Lula) entrou num programa de milhagem através de um ato secreto que caso ele alcance um determinado número de dias fora do país e esse número é secreto, ele ganhará uma réplica francesa do seu Aero-Lula para poder brincar nos seus dias de aposentadoria - consiga sentir a repercussão disso e como isso afeta a imagem do Brasil lá fora. Depois não sabem porque o gasto com publicidade aumenta.

Nem Olivetto e Duda Mendonça salvam.

E que me salve quem puder, mas essa história de fiscalização que Lula e Dilma inventaram ou estão alegando não está me cheirando bem. Aliás, está cheirando muito mal. E olha que nem moro na Venezuela onde o amigo do Lula, Hugo, o Chávez, limitou o banho a 3 minutos. Devem ter tido um apagão na água.
Como águas passadas não movem moinhos, e a água ainda não passou, é bom mesmo o STF ficar de olho em Lula e Dilma, pois eles estão fazendo campanha antecipada maquiada de fiscalização. Aonde o Lula vai a Dilma vai atrás. Ou seria o inverso. Ihhhh, não sei e não quero me comprometer. Não está mais aqui quem falou. Ou melhor, quem escreveu. Essa análise cabe aos homens da Justiça Eleitoral de plantão.

Vamos mostrar ao mundo que evoluímos e que aqui as eleições são feitas de forma clara e dentro dos princípios da ética, da honestidade e de forma igual para todos os candidatos. E que não existe o que temos visto por ai mundo a fora. É de se estranhar que o próprio Lula que virou PhD em eleições internacionais, principalmente a do Irã, venha ter esse tipo de conduta.

Lula campanha política antes da hora, NÃO POOOOOOOOOOOOOOODE!!!! E Dilma me admira você com o currículo que tem entrar nessa onda. Faz isso não. É feio e não tem plástica que de jeito.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E (se tiverem fora de SP) não fumem em ambientes fechados.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Morte no Parque Ecológico - Antonio Marcos Cavalheiro


Depois de ler Morte no Parque Ecológico posso afirmar com toda a certeza que temos sim ótimos novos escritores. Deveríamos ter a obrigação de prestigiá-los. E isso não é papo nacionalista pois adoro um importado. Mas temos gente boa. Poderia dizer que Marcos (o autor) começa tímido. Só que essa timidez acaba logo depois de virarmos a terceira página, ou seria a primeira? O livro conforme a trama se desenvolve cresce de tal forma que prende a atenção de maneira que somente quem tem talento consegue. A história é muito bem amarrada. E as histórias dos personagens correm paralelas até o ponto que se cruzam de forma perfeita. Não pensem que o final é óbvio e ululante. Não é. Muito pelo contrário, pois quando você acha que matou a charada, esteja certo que você está errado. E se tentar adivinhar novamente, vai errar novamente.Só aos 44 do segundo tempo é que a "parada" é decidida. Assassinato, investigação, chantagem, sexo, drogas, prostituição, casamento, traição: são todos ingredientes muito bem dosados. É sem dúvida um livro de gente grande (leia-se, um "velho" autor, ou ainda, um autor que já publicou vários livros), ou melhor, de um autor grande. Ou seria (ainda) de um grande autor? Talvez seja até os dois. É o tipo de livro que pede que o investigador ganhe um novo caso e consequentemente um novo livro.

Nota: 9.0

sexta-feira, outubro 16, 2009

A Sunga no Senado é Vermelha!®


Enquanto começam a aparecer os podres do Pan do Rio de Janeiro de 2007, sejam eles de ordem econômica, do tipo previram gastar R$ 800 milhões e na verdade gastaram R$ 3,5 bilhões, e os de ordem estrutural, do tipo a Vila Olímpica Arthur da Távola, por exemplo, completamente abandonada e deteriorada, e é bom que isso seja visto por todos, pois temos uma Copa e uns jogos Olímpicos a caminho, no Senado acabou-se descobrindo sem CPI a cor da sunga de Suplicy. É vermelha-sangue!! Só espero que não seja o nosso sangue.

Sungas à parte seja ela vermelha ou azul de bolinhas amarelas é bom que não se atenham muito ao fato do desfile do senador. Afinal ele é pai do Supla. Tal filho tal pai. Ou deveria ser o contrário?

A questão é que já se começou a falar que em 1949, - Pôxa 1949!!!!! Dá um tempo!! - o deputado Barreto Pinto, o Barretão para os mais íntimos, foi cassado por falta de decoro (e que decoro!!!) por se deixar fotografar, três anos antes, em casa, de fraque e cueca samba-canção. Mas vem cá, chega mais, ele estava em casa, relaxadão, curtindo talvez uma fantasia sexual, ou poderia estar indo para um baile a fantasia, não interessa. Ou interessa? Só se for para programas de fofocas, ok,ok,ok..., né Nelson Rubens?

Voltando para 2009 quase 2010, não estou entendendum isso de quererem enquadrar Suplicy em quebra de decoro. Tem tantos outros decoros sendo quebrados ao longo dos anos, principalmente na era Sarney presidente do Senado que não pode ser uma sunga vermelha que irá acender a chama de certas pessoas e detonar o pobre homem. Ele é bem resolvido. Foi casado com uma sexóloga. Qual o problema dele gostar de vermelho? O cartão que ele deu no plenário para o Sarney era vermelho também e nada aconteceu. O Sarney continua firme e forte com e sem decoro.

Melhor deixar isso de lado, porque se formos mexer nisso, vamos ter que lembrar que Lula apareceu num carnaval ai, jogando camisinhas. Quem julga o que é falta de decoro? Existe alguma comissão? Se tiver e quiserem me chamar to dentro. É nós na fita. Já pensaram, eu, Claudio Schamis, presidente da Comissão Capaz de Julgar Atos Indecorosos e de Avaliação desses Atos e de Criação de Uma Tabela de Nível de Decoro Nacional, a CCJADAACUT. Não é pomposo o nome? Ou será que esse final já pode ser enquadrado como quebra de decoro? Qualquer coisa cria então uma CPI para investigar o CUT dessa comissão. Podiam chamar até para presidi-la o Sérgio Moraes, o tal que se lixa para tudo e o Paulo Duque, o tal que arquivou tudo contra o Sarney. Só que na minha Comissão eu acredito e atesto para os devidos fins que é da boa e desce redonda, apesar de eu não beber e apoiar em 100% a Lei Seca.

Aproveitando que não bebo e não fumo (o que isso tem haver com alguma coisa?) esse escrevinhador vem novamente dizer que está muito triste com o presidente Lula que não chamo mais de nosso, aliás, sempre que chamava colocava entre “aspas”. Na verdade ele é de quem votou nele. Eu nunca fiz isso. E posso provar. É só pedir as imagens gravadas da cabine de votação. Ou será que apagaram? ENEM que alguém tussa, pode ser vaca, boi, eu não falo em quem eu votei, posso falar em quem não votei, mas o texto vai ficar muito longo. Melhor não. Mas então, estou triste com você Lula, nem sei bem o porquê, talvez por você quase não ficar em Brasília, por você estar optando por comprar os caças franceses sem sequer talvez ouvir outras propostas, por você pedir ao Serra, logo ele, para ficar esperto, você nunca foi disso, de ameaçar as pessoas. Pode ser também essa sua história de querer mexer no que não é seu. Deixa a Vale, mais vale uma Vale do que uma Vale que não vale. E recebe o Agnelli, é feio dizer que sua agenda está cheia. Cheia de que? Até pescar com a Dilma você foi. Chama o Agnelli, vocês conversam e depois almoçam juntos com a Dilma e o Aécio. E só uma dica de moda: não usa mais esse chapéu que você usou. Só se você estivesse de terno.

Mas prometo que a tristeza vai passar. Ela até tem data marcada para acabar. Assim espero eu. Caso contrário acho que volto para o divã.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

* por motivos de decoro a foto da sunga não poderá ser exibida. Em seu lugar temos uma maçã que representa sei lá o que, mas é vermelha.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Querido e Devotado Dexter - Jeff Lindsay


Dizem que às vezes o primeiro livro é apenas um aquecimento e que quando vem o segundo vem o suprassumo. E acho que veio. Nesse segundo livro Dexter que já passa a ser nosso conhecido sente um pouco o que é ser caçado. Ele lida com um assassino que parece ser o seu espelho no trabalhar com suas vítimas e não deixa é claro o seu outro lado Dexter de ser. Que venha então o terceiro.


Nota: 9,0

domingo, outubro 11, 2009

Dexter - A Mão Esquerda de Deus - Jeff Lindsay


Se você gosta de personagens interessantes conheça Dexter. A história é realmente interessante. Dexter é perito da polícia e também um serial killer. Dupla personalidade? Escutar uma voz que te diz a hora de agir? Juiz supremo? Deus? Esse é Dexter. Você pode odiá-lo ou gostar dele. Afinal Dexter mata quem mata outras pessoas. Uma espécie de vingador sem máscaras, ou melhor, com a máscara de um homem da lei. Certo ou errado você vai talvez conseguir julgá-lo. Mórbido ou não Dexter é um sujeito que vale a pena desconstruir e conhecê-lo melhor. Pode até acontecer de você querer conhecer um Dexter ou quem sabe se tornar um. Boa leitura.


Nota: 8,5

sexta-feira, outubro 09, 2009

Cariocas rumo a 2016 sem CSS®


Vale até antes de tudo dar um salve aos cariocas, parabéns ao Rio, parabéns ao Brasil. Ponto. (deu para ver o ponto?)

Acabada a euforia carioca pela vitória em ser a sede das Olimpíadas de 2016, nos resta esperar para ver e crer se tudo o que está no papel e o que foi prometido será rigorosamente feito. Eu duvido!! E não por ser um carioca pessimista, mas sim realista e que já viu muita coisa não acontecer. E motivos nunca faltaram. E nunca vão faltar. Afinal entre prometer algo e cumprir existe um abismo e é para esse abismo que temos que levantar nossas anteninhas e ligá-las (aproveitando que aquela história de racionamento de energia passou e o dólar está caindo, caindo, caindo).

Contudo, todavia, portanto, temos que além de todas as melhorias que dizem que serão feitas, educar o povo. Sim, educar e muito. Não adianta ganhar título ou ser o mais simpático, hospitaleiro se não houver educação. Os últimos acontecimentos aqui no Rio de Janeiro me deixam triste e apreensivo.

O quebra-quebra na estação de trem por causa de uma pane não é justificável. Uma coisa é o povo aprender a gritar pelos seus direitos, por melhorias. Aprender a reivindicar talvez seja uma arte. Que deveria então se começar a ensinar. Mesmo que seja meia dúzia de seis, são esses seis que destruíram parte de uma estação e atearam fogo em um trem. E que amanhã deixará de circular prejudicando eles próprios. O transporte já é precário em certos lugares, falta conforto, falta transporte, falta carinho por parte de quem fornece o serviço e se o pouco é destruído, fica difícil.

Existem formas e maneiras de se fazer ouvir. Somos tão criativos e unidos quando uma Copa do Mundo começa, porque não usar isso nessa hora também? Todos se juntam, pintam as ruas, tudo pelo mesmo ideal. Por que então não usar essa coisa por um ideal maior e que vai trazer só benefícios ao povo que se diz sofrido e desprovido de tudo?

O povo brasileiro não aprendeu que destruir ônibus, trens, hospitais, delegacias não vai fazer com que no dia seguinte como num passe de mágica floresçam mais de tudo um pouco. Muito pelo contrário ficaremos carentes do que foi destruído.

Então já que a Olimpíada de 2016 é aqui está na hora de um olhar clínico mesmo e não um passar dos olhos. Precisamos de muitas melhorias e eles sabem onde elas são necessárias, faltou talvez até hoje interesse em querer melhorar algo que está até na Constituição: os ditos direitos fundamentais. O nosso bem estar não deveria ser medido somente mediante a um evento grandioso. Mas infelizmente a história nos mostra que é assim que a banda toca. E eu já falei isso na minha coluna passada. Na Eco 92, no Pan de 2007.

Será então que nossos governantes são movidos única e exclusivamente por eventos grandiosos? Teremos que sempre nos candidatar a eles para recebermos o que nos é de direito?

ENEM que a vaca tussa vou mudar uma vírgula do que falei. Afinal já que todos já sabem de tudo, não tem porque esconder. Nem ato secreto é secreto. Mas era para ser?

Só sei que eu ia esperar até semana que vem, mas não vou não. Como diria o saudoso personagem de José Wilker, Giovanni Improtta ( nem pensem em me chamar de velho nem de noveleiro): “O tempo ruge e a Sapucaí é grande”.

Mas então, vamos ficar de olhos abertos e atentos a essa história da criação do novo-velho imposto disfarçado com o nome de “contribuição”, a tal da CSS. Pois isso do governo federal dizer que é necessário mais verba para a saúde é bem duvidoso. Para ilustrar vou citar somente dois fatos que foram noticiados essa semana. Em Alagoas, terra do agora imortal Collor que é da Academia Alagoana de Letras (argh!! Como isso?) , e para ser mais preciso, no sertão de Alagoas no município de Santana de Ipanema, existe um hospital pronto e inaugurado há cinco anos, ANOS e não dias e com equipamentos novos e modernos de mais de R$ 2 milhões e todos na caixa e que necessita segundo a prefeita Renilde Bulhões, uma licitação. E enquanto isso a população fica sem nada. E em Goiás, em Santo Antonio do Descoberto, um hospital que começou há oito anos a ser construído está com as obras paradas.

Não é lindo isso? É para isso que querem a tal da CSS?

Será que realmente precisam desse dinheiro extra? Para muitas outras coisas eles arrumam dinheiro.

Se pelo menos soubéssemos e tivéssemos a certeza de que fariam uso desse dinheiro da CSS para a saúde do povo e não a deles... Mas no fundo sabemos que não se faz necessário à volta do imposto e sabemos sim como ele não será empregado.

Só sei que vale comemorar a nossa conquista com moderação sem dirigir se for beber. E se beber melhor pegar um táxi, porque trem não tem, metrô depende para onde e se for em certos horários melhor levar o eucalipto, uma toalha e o barbeador e ônibus boa sorte. Tem ainda a opção de uma van (pirata é claro), pois assim como os dvd´s (piratas é claro) eles dizem que vão tirar das ruas, mas tá tudo lá, em cada esquina, em cada ponto.

Paciência!

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Bar Bodega - Carlos Dorneles


O livro de Carlos Dornles trata de um crime ocorrido em São Paulo nos idos dos anos 90. Para ser mais preciso em 1996. É o tipo de leitura que irá agradar àqueles que gostem de livros investigativos, de crimes que realmente aconteceram. É um livro que coloca o leitor de frente para a realidade, para o nosso cotidiano. Para coisas que realmente aconteceram e que ainda acontecem. Sem nada a esconder, Dorneles conta o crime, seus envolvidos, a repercussão, um pouco da vida de todos os envolvidos, desde os acusados, passando pelos culpados, familiares tanto das vítimas quanto dos acusados, dos procuradores, delegados e policiais envolvidos. Relata também como terminou esse triste episódio sob todos os envolvidos.


Nota: 8.0

sexta-feira, outubro 02, 2009

Humor Vermelho - Vários Autores


Humor vermelho é daqueles livros para aliviar o estresse do dia ou da noite - Vai saber!! -. Você com certeza vai dar muitas gargalhadas. Só cuidado com o lugar onde você estiver lendo o livro. Alguém pode achar que você é doido, maluco (com certeza existe diferença) ou coisa pior. Eu mesmo tive que me controlar algumas vezes, pois pagar "mico" em praça pública não é para mim. (Ainda!) No meu caso, o "mico" seria no metrô. Ou você se controla ou deixa rolar e se desliga de qualquer comentário que seja feito sobre a sua pessoa. O livro reune vários autores que nos entregam textos hilários de situações que certamente podem até acontecer (nas melhores e piores famílias) com você ou com um conhecido do conhecido do seu melhor amigo. Você encontra de tudo. Uns com um humor mais recatado outros com um humor mais ácido. Você vai gostar. Leia e seu humor talvez mude até de cor.
Nota: 9.0

Just Do It


Antes de qualquer coisa vale dizer que a Nike e este escrevinhador não possuem contrato (infelizmente) seja ele de qualquer espécie for. Mas estou aberto a ofertas. E precisando.

Então, se Lula usou a célebre frase de seu amigo do peito e de infância, Barack o Obama, “Sim, nós podemos” quando se referiu a sermos capazes de sediar uma olimpíada, achei que foi aberto um precedente e então que poderia dizer não o “Sim, nós podemos”, mas sim o “Just Do It”. É só um empréstimo e acaba que faço indiretamente um “merchan” e “di grátis”.

Honduras fora, não é que vazou a prova do Enem? Brincadeira isso, né? Nem o Enem está mais seguro aqui na nossa terrinha.

E agora, José?

Antes de responder a isso, José (que não faço a mínima idéia de quem seja), queria que você me respondesse algo mais importante. Algo mais profundo, porém delicado. Um assunto contundente.

Vou ser direto. Rápido na pergunta, para não dar tempo de gaguejar. Mas deixo você “a la vonté” para responder quando achar que está pronto. Posso até de dar um prazo: 2016.

E falando em 2016, e é justamente sobre isso que iria perguntar, queria somente entender a razão de o governo conseguir recursos mil, na verdade é mais um pouco que mil, beira os bilhões, para reestruturar a cidade somente para atender às exigências do Comitê Olímpico para podermos ser a sede dos jogos? Será que nós cariocas não merecemos então que se invista em nada em nosso benefício sem ter uma contrapartida? Se não for pelas Olimpíadas, teríamos que esperar talvez o próximo governo, ou o outro?

Quando o Comitê Olímpico esteve aqui estudando a cidade e andou de metrô tenho certeza de que colocaram carro extra, ligaram o ar condicionado no máximo e devem ter isolado a área para os demais usuários. Pois queria ver o nosso prefeito, nosso governador, e o Comitê enfrentar e encarar usar o metrô pela manhã e também no final da tarde. Eles iriam sentir na pela (literalmente) o que é começar a viagem no ponto A e terminar a viagem no ponto Y. Queria vê-los encararem algumas estações específicas que quando se abre a porta vem uma manada ao seu encontro. Fora a sauna que seria oferecida como um bônus.

Não estou com isso querendo dizer que sou contra nada. “Vamos lá Rio de Janeiro”. Mas queria ver essa mesma preocupação com a população da forma que nós enquanto eleitores e pagadores de nossos mil e um impostos esperamos receber. Lembro que na Eco 92 (nem pensem em dizer que estou velho) a cidade do Rio de Janeiro viveu seu melhor momento em questão de segurança pública. Depois nem é preciso dizer para onde descambou.

E a nossa saúde? Precisa mesmo tentar empurrar garganta abaixo um novo imposto, a CSS? Por que não arrumam então dinheiro na mesma fonte? E a nossa educação? Por que não arrumam (também) dinheiro na mesma fonte?

Temos exemplos cabais de que a cabeça de governo e governantes funciona dessa forma. O que é triste. Então tínhamos que ficar atentos para esses movimentos e começar a fazer alguma coisa a respeito.

Será então que para termos melhorias precisamos atrair eventos? Então que venha a Copa do Mundo, assim o Brasil poderá melhorar como um todo.

Na verdade tínhamos que começar a melhor antes de qualquer coisa os habitantes de Brasília.

Por isso eu digo nas próximas eleições: “Just Do It”.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.