Depois de ler Morte no Parque Ecológico posso afirmar com toda a certeza que temos sim ótimos novos escritores. Deveríamos ter a obrigação de prestigiá-los. E isso não é papo nacionalista pois adoro um importado. Mas temos gente boa. Poderia dizer que Marcos (o autor) começa tímido. Só que essa timidez acaba logo depois de virarmos a terceira página, ou seria a primeira? O livro conforme a trama se desenvolve cresce de tal forma que prende a atenção de maneira que somente quem tem talento consegue. A história é muito bem amarrada. E as histórias dos personagens correm paralelas até o ponto que se cruzam de forma perfeita. Não pensem que o final é óbvio e ululante. Não é. Muito pelo contrário, pois quando você acha que matou a charada, esteja certo que você está errado. E se tentar adivinhar novamente, vai errar novamente.Só aos 44 do segundo tempo é que a "parada" é decidida. Assassinato, investigação, chantagem, sexo, drogas, prostituição, casamento, traição: são todos ingredientes muito bem dosados. É sem dúvida um livro de gente grande (leia-se, um "velho" autor, ou ainda, um autor que já publicou vários livros), ou melhor, de um autor grande. Ou seria (ainda) de um grande autor? Talvez seja até os dois. É o tipo de livro que pede que o investigador ganhe um novo caso e consequentemente um novo livro.
Nota: 9.0
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