sexta-feira, outubro 30, 2009

Pegando no Pé®


Não sou muito adepto a linguagem coloquial dos sac´s, o tal do gerundismo, mas aqui o que usei no título é aplicável. E vou estar explicando o porquê. Claro sem antes dizer que sua leitura é muito importante para mim.

Pois então, já que o “nosso” presidente Lula vai estar viajando muito nos próximos dias que lhe resta, e não será num balão, apesar de ter um certo apelo marqueteiro – já imaginaram um balão com a cara da Dilma estampada? – vou para encanto dos defensores dele poupá-lo dessa vez. Só vale registrar que Lula sempre foi um crítico feroz quando Fernando Henrique Cardoso viajava e tem feito a mesma coisa. E não só com isso. Mas eu prometi. Lula boa viagem. Vai e fica. Calma gente, disse isso porque Lula não é indiano. Se fosse diria vai e volta.

Já que Lula está com imunidade essa semana, eu escolho o ministro da Justiça, Tarso Genro para vir para o paredão. Ou para sentar na cadeira elétrica aproveitando que já estamos economizando energia com o horário de verão e temos uma gordurinha aí.

Achei legal o ministro mandar apurar a possibilidade de ter havido improbidade na gestão de órgão federal e o descaso com nosso dinheiro, já que o que se acha por ai são tomógrafos, carros para o combate da dengue, ambulâncias do SAMU, remédios, esteiras de raio x, hospitais prontos há 5 anos, mas fechados, outros com obras inacabadas. Enfim tudo do que a população carente necessita, mas não pode usar porque faltou uma assinatura na guia azul- celeste modelo CQC 8/56 Y que consta do Manual de Conduta instituído pela Lei Nº 1.171 de 31 de fevereiro de 1971 assinada através de um ato secreto que só quem assinou sabe onde colocou e porque assinou.

Só não entendi começar a apuração desses fatos somente agora. Isso já vem acontecendo há anos. A não ser que para se começar a apurar também seja necessário o preenchimento do formulário verde-mata atlântica que consta do Manual de Péssima Conduta instituído pela Lei Nº 1.171 de 29 de fevereiro de 1971 assinada nem se sabe por quem pois 1971 nem ano bissexto foi.

Agora vem a outra parte. A da qual eu não gostei. Ministro Tarso, fala mais isso não! Falar que é até aceitável essa pequena demora por causa da pequena burocracia nos trâmites da documentação. É não. Hoje temos e-mail, motoboy, scanner, até assinatura eletrônica nós temos. Pode demorar não. A doença não espera. A fila anda. Ou melhor, não anda, porque faltam hospitais, equipamentos, remédios, médicos com salários dignos, ambulâncias. E tá tudo lá, num pátio apodrecendo, ou no caso que já inclusive relatei de um hospital pronto, mas que está fechado. E isso tem cinco anos. Se for um problema com chave eu te indico um chaveiro.

Ministro pode fazer isso não. Pode deixar acontecer não. Tanta coisa “menas” importante e é pá pum. Vamos fazer pá pum com coisas mais importantes. Coisas para o benefício da população e do próprio governo. É tão simples: povo bem tratado, respeitado, podendo contar com o governo quando ele precisa de assistência vai refletir na sua qualidade de vida, na sua alegria de viver, vai passar segurança e isso se refletirá no aumento de produção dele no trabalho, na quantidade de dias que ele não falta. E isso por sua vez aumenta a produção na indústria, que vende mais, contrata mais, e o governo arrecada mais. É uma roda viva. E não vou começar aqui uma aula de economia. Fala com o Guido e não esquece meu abraço para ele.

E claro diante desse quadro todo você vai dar aquela forcinha para que nem sonhem em levar adiante a votação para o renascimento da CPMF vestida de CSS. Ainda mais vendo o que fazem com as coisas destinadas para a saúde. Não tem imposto que justifique.

Portanto meu caro Tarso libera aí. Pede para o Cara que tem que assinar liberar. Se for problema de caneta eu te empresto uma. Ou melhor mando junto com o chaveiro.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

* por motivos de justiça não foi possível mostrar a foto do pé do ministro. Só foi liberado a da mão. Portanto, sou eu pagando na mão do ministro. Sem segundas intenções.

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