Aproveitando que não houve licitação, Romero Jucá, líder — e que líder — do governo no Senado de José Sarney, o Incomum, abriu uma empresa, a Limpeza Pesada Romero Jucá Ltda, que, de tão pesada e limitada no pensamento, não funciona como deveria e fica na inércia vendo a banda passar e tocar marchinhas de carnaval do tipo “Mamãe Eu Quero” (mamar) e “Daqui Não Saio” (daqui ninguém me tira). E funcionar para quê? Qual seria a vantagem em limpar a sujeira ainda mais agora na boca de novas eleições? Não é melhor deixar isso para a próxima eleição? O que são mais quatro anos com alguma muita sujeira e alguns muitos políticos não imaculados?
Quem irá responder a essas questões? Jucá responde?
Claro, para ele, esse projeto ‘ficha limpa’ não deve ser votado à toque de caixa. Que não é prioridade do governo. E nem teria razão. O prazo para que as regras valham para essa eleição é curto e ele trabalhará arduamente para não cumprir o prazo. Tudo pelo social e pelos colegas não imaculados. Ainda para Jucá, esse é um projeto da sociedade e não é do governo. E o governo não deve precisar da sociedade para nada. Só para o dia da eleição nos outros 364 que ela se exploda. Jucá deve ser também da turma dos que se lixam para a opinião pública. Mais importante do que limpar e tentar dar uma melhorada na qualidade dos candidatos aptos a concorrer à eleição é o pré-sal. Afinal, o que será de nós sem o pré-sal? Não seremos capazes de fazer mais nada em nossas vidas se essa questão não for votada urgentemente. Eu já até comprei algumas caixas de remédio para dormir, pois pode até faltar. E é melhor prevenir.
Já Sarney saiu meio que pela tangente — como sempre — e disse que o projeto Ficha Limpa é uma aspiração nacional e que é necessário se fazer todo o esforço para votar o projeto. Que não é uma questão partidária, mas de ponto de vista, da consciência de cada um. E que, de sua parte, ele tem outra visão. Ou seja, trocando em miúdos, sua visão deve ser turva, míope, e seu ponto de vista, totalmente secreto. E o esforço pode ser o mesmo que Jucá quer dedicar.
E falando em dedicação, a Justiça deu a prova que se dedicou arduamente e condenou um parlamentar. Pela primeira vez desde promulgada a Constituição de 1988. Foram só 22 anos de dedicação e de divagações se valeria a pena. Zé Gerardo do PMDB-CE foi condenado pela prática de crime de responsabilidade ou seria irresponsabilidade? Mas o coitado terá que pagar uma multa de R$ 25,5 mil e prestará uma hora diária de serviços forçados, quero dizer, serviços à comunidade, durante dois anos e dois meses. O engraçado é que ele não perdeu o cargo, ele continua deputado. E o estranho é que Zé nem roubou o dinheiro, ele desviou e em vez de fazer um açude com a verba, construiu 16 “passagens molhadas” – espécie de ponte no mesmo nível do rio para uso de pedestres e veículos. E ele foi condenado. Ai fico confuso. Ele não roubou e foi condenado. Foi condenado e não perdeu o cargo. Onde está a coerência da Justiça? Levaram 22 anos para isso? E os outros casos em que se sabe que houve o roubo e seus sujeitos continuam sujeitos soltos? Nenhum predicativo conseguiria livrá-los da condenação. Mas ai entra o mérito da interpretação do texto. E nessa área…
E falando em área, que automaticamente me remete a futebol e, por conseguinte, ao esporte, Lula Corintiano da Silva não me surpreendeu em anunciar a criação da Autoridade Pública Olímpica. A APO é uma entidade com amplos poderes para cuidar da aplicação dos recursos e fiscalizar o andamento das obras das Olimpíadas de 2016. E para isso serão criados 496 cargos. Não são 495 nem 500. São 496. Número cabalístico. O governo vai criar ainda uma estatal: a Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A, que cuidará de projetos dos Jogos.
O que me preocupa é sem as fichas limpas ou não quem seriam os 300 servidores que ocuparão parte desses 496 (os outros 196 serão preenchidos por concurso público) e de onde irão tirar os R$ 94,8 milhões que será o custo de implantação da APO. Lembrando que esses servidores que serão pescados das três esferas de governo irão receber gratificações para exercer a nova função.
Só pode estar sobrando, mas o governo vive reclamando que não tem mais dinheiro.
Só não deve ter para as coisas menos básicas: educação, saúde, segurança.
Legal, que venham os candidatos e pelo visto sujos ou não.
Meu Deus…
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.
Quem irá responder a essas questões? Jucá responde?
Claro, para ele, esse projeto ‘ficha limpa’ não deve ser votado à toque de caixa. Que não é prioridade do governo. E nem teria razão. O prazo para que as regras valham para essa eleição é curto e ele trabalhará arduamente para não cumprir o prazo. Tudo pelo social e pelos colegas não imaculados. Ainda para Jucá, esse é um projeto da sociedade e não é do governo. E o governo não deve precisar da sociedade para nada. Só para o dia da eleição nos outros 364 que ela se exploda. Jucá deve ser também da turma dos que se lixam para a opinião pública. Mais importante do que limpar e tentar dar uma melhorada na qualidade dos candidatos aptos a concorrer à eleição é o pré-sal. Afinal, o que será de nós sem o pré-sal? Não seremos capazes de fazer mais nada em nossas vidas se essa questão não for votada urgentemente. Eu já até comprei algumas caixas de remédio para dormir, pois pode até faltar. E é melhor prevenir.
Já Sarney saiu meio que pela tangente — como sempre — e disse que o projeto Ficha Limpa é uma aspiração nacional e que é necessário se fazer todo o esforço para votar o projeto. Que não é uma questão partidária, mas de ponto de vista, da consciência de cada um. E que, de sua parte, ele tem outra visão. Ou seja, trocando em miúdos, sua visão deve ser turva, míope, e seu ponto de vista, totalmente secreto. E o esforço pode ser o mesmo que Jucá quer dedicar.
E falando em dedicação, a Justiça deu a prova que se dedicou arduamente e condenou um parlamentar. Pela primeira vez desde promulgada a Constituição de 1988. Foram só 22 anos de dedicação e de divagações se valeria a pena. Zé Gerardo do PMDB-CE foi condenado pela prática de crime de responsabilidade ou seria irresponsabilidade? Mas o coitado terá que pagar uma multa de R$ 25,5 mil e prestará uma hora diária de serviços forçados, quero dizer, serviços à comunidade, durante dois anos e dois meses. O engraçado é que ele não perdeu o cargo, ele continua deputado. E o estranho é que Zé nem roubou o dinheiro, ele desviou e em vez de fazer um açude com a verba, construiu 16 “passagens molhadas” – espécie de ponte no mesmo nível do rio para uso de pedestres e veículos. E ele foi condenado. Ai fico confuso. Ele não roubou e foi condenado. Foi condenado e não perdeu o cargo. Onde está a coerência da Justiça? Levaram 22 anos para isso? E os outros casos em que se sabe que houve o roubo e seus sujeitos continuam sujeitos soltos? Nenhum predicativo conseguiria livrá-los da condenação. Mas ai entra o mérito da interpretação do texto. E nessa área…
E falando em área, que automaticamente me remete a futebol e, por conseguinte, ao esporte, Lula Corintiano da Silva não me surpreendeu em anunciar a criação da Autoridade Pública Olímpica. A APO é uma entidade com amplos poderes para cuidar da aplicação dos recursos e fiscalizar o andamento das obras das Olimpíadas de 2016. E para isso serão criados 496 cargos. Não são 495 nem 500. São 496. Número cabalístico. O governo vai criar ainda uma estatal: a Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A, que cuidará de projetos dos Jogos.
O que me preocupa é sem as fichas limpas ou não quem seriam os 300 servidores que ocuparão parte desses 496 (os outros 196 serão preenchidos por concurso público) e de onde irão tirar os R$ 94,8 milhões que será o custo de implantação da APO. Lembrando que esses servidores que serão pescados das três esferas de governo irão receber gratificações para exercer a nova função.
Só pode estar sobrando, mas o governo vive reclamando que não tem mais dinheiro.
Só não deve ter para as coisas menos básicas: educação, saúde, segurança.
Legal, que venham os candidatos e pelo visto sujos ou não.
Meu Deus…
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.
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