Infelizmente isso não funciona bem assim. Cena 1: Semana passada o escritorio da esposa de um cantor famoso da MPB, foi assaltado aqui no Rio, no bairro do Leblon. Cena 2: A casa de um comediante famoso da Rede Globo é assaltada aqui no Rio. Cena 3: O apartamento de um familiar do agora ex-Presidente FHC é assaltado...Cena 4: O apartamento de uma famosa apresentadora de televisão é assaltado. Cena: 40: Meu apartamento em Copacabana é assaltado por 3 menores armados de pistolas. A ordem das cenas, na verdade não importa. O que importa aqui, é que nas outras 39 cenas, em que os envolvidos eram pessoas famosas, importantes, além de big manchetes em todos os jornais, revistas, os assaltantes foram presos dias depois. Já na cena 40, nada foi publicado - isso seria também irrelevante - mas nunca pegaram os marginais, que me agrediram, nos ameaçaram, nos humilharam e nos roubaram. Quando o caso é um caso sem muitas proporções, praticamente nada é feito. É feito, sim, um registro policial que acaba empoeirado no arquivo morto no sub-solo de uma delegacia. Alé de toda a violência que sofremos, não temos a certeza de que alguma coisa será feita. Isso é muito triste, não é sonho, não é demagogia, é real, é a realidade de nós pobres mortais. Isso tinha que acabar, ou começar. Começar, seria o caso, de que todos deveriam ser tratados e receber o mesmo tratamento, independentemente de quem somos, quem conhecemos. Famosos ou não, pagamos os mesmos impostos que todos, por conseguinte, a polícia é de todos.
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