sexta-feira, julho 31, 2009

Muitas coisas e nada!!®


Pressa. Agora Lula tem pressa que as coisas se resolvam. Sabe que eu também. Acho que talvez seja a primeira vez que concordo com o presidente. Mas a coisa para por ai, pois depois o encanto acaba e Lula volta a ser Lula, com suas frases de impacto e sua passividade de um covarde. Pois enquanto Lula culpa o céu, o mar, os inimigos, a oposição e até a imprensa pela crise que não é de ninguém e começa um joguinho de empurra-empurra, onde ele passa a responsabilidade de manter Sarney ao PT e esta é devolvida por Mercadante ao próprio Lula, a questão principal não é discutida, não é atacada, não é resolvida. Então se faz um recesso. Afinal roubar tanto dever cansar então nada mais justo do que férias remuneradas.

Se fossem pessoas sérias e focadas em enfrentar o problema como verdadeiros homens, não se faria recesso nenhum. Descanso só depois. Mas faltam pessoas focadas e verdadeiros homens por lá. É como se no meio de um incêndio os bombeiros resolvessem ir na esquina um minutinho fazer um jogo da mega sena que está acumulada.

E como o buraco é cada vez mais embaixo e a covardia de Lula fica mais latente, ele para não arranhar mais ainda a sua imagem de defensor-mor de Sarney tenta dar uma de bom moço pela frente e na frente das câmeras dizendo que não votou no Sarney, que não votou para eleger o presidente do Senado e que portanto o problema não é dele. Será que não? Ele não é o Presidente? Ou será que o é somente quando interessa a ele? Quando é para aparecer bem na foto lá está ele dentro de seu terno de corte impecável (nem sei se tão impecável assim) com seu sorriso de quem está comendo e gostando. Só que o que as câmeras não mostram é que nos bastidores Lula continua defendendo Sarney, o incomum. Mas quando o calo aperta, ele resolve passar um fim de semana em Paris e fica na fobia de acumular cada vez mais milhas e se manda daqui. Está sempre arrumando um encontrozinho ali e ali. Quase nunca aqui. Onde está o problema, onde está a crise.

Crise que claro existe em outros países. Corrupção essa que existe em outros países. A única que coisa que diferem eles de nós é no tratamento que se dá a esses problemas. E os fatos e fotos não me deixam mentir. Ainda não me sai da cabeça e da memória a foto onde três prefeitos, dois deputados e várias autoridades religiosas estão sendo levados algemados numa megaoperação realizada em Nova Jersey. Esta é a questão. Ali se faz, ali se paga. Aqui se faz, aqui continua a se fazer.

E se faz com estilo. Como a primeira-dama do Ceará, Maria Célia Ferreira Gomes que viajou para o Egito e Portugal de primeiríssima classe, fato esse desmentido pelo governo. Ela foi de classe executiva - ah bom!! - para representar o governo daquele estado. Ela foi numa missão hiper ultra super especial (vai sem hífen mesmo se for o caso de ter que deve ser um pouco mais barato) de representar o artesanato cearense na Europa e de representar o estado na Cúpula Mundial da Família + 4 no Cairo. Não é lindo? E ela nem cargo têm no governo. Vale uma ressalva. Nada contra o artesanato cearense. Só não acho correto elegerem um representante assim sem licitação. Acredito que muitos cearenses adorariam ter tido essa chance.

E se faz também sem estilo, como as verbas da Eletrobrás que foram parar no Instituto Mirante dos Sarney, e outras tantas coisas estranhas sempre envolvendo muito dinheiro e sempre os Sarney. É aquela história, fraude, dinheiro, desvio, Sarney, tudo a ver.

Mas tenho certeza de que se forem confrontar Sarney ele dirá: “Esse balanço patrimonial não é meu. Essa empresa não é minha. Essa verba não é minha. (e não é mesmo). Essa assinatura também não é minha. Eu só sou o presidente de honra. (que honra?). O Sarney filho não é meu. O filho não é meu. Toma que o filho é teu. Eu tinha essa empresa? A sala da presidência não é minha. Holerite com verba indenizatória de moradia? Onde? R$ 3.600.00? Sabe que não percebi! Essa identidade não é minha.”

Enquanto Sarney briga com sua memória e tenta descobrir sua verdadeira identidade, a crise vai se arrastando e anunciando que vem muito mais por ai.

E enquanto isso acontece continuem firmes pelo menos nesse propósito...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

domingo, julho 26, 2009

Three - Ted Dekker


Sempre quando tenho surpresas boas é maravilhoso. E com esse autor que para mim era até o momento desconhecido aconteceu isso. Ted Dekker é um mestre. O livro começa desde a primeira página a criar um clima de que será complicado não devorar o livro. O ritmo é alucinante. As coisas vão acontecendo sem parar e vai passando um filme na sua mente. No decorrer da história seus achismos vão mudando também a cada instante. Você tenta matar a charada de quem é o culpado, mas a cada avanço, você acaba mudando de idéia. Quando chega perto de se desvendar todo o mistério, o que você achava ser impossível se torna possível e logo depois impossível novamente. O jogo de suposições que Ted consegue criar já no final, te leva (pelo menos a mim) a você mudar a cada parágrafo de opinião. É sinistro!! Ted realmente tem seu estilo de conseguir te envolver de tal forma que ao mesmo tempo que você quer chegar ao final para descobrir tudo, você também quer que a trama não acabe e te remeta a uma "segunda temporada" do que parece ser não um livro, mas uma série estilo 24 Horas, Prision Break, onde a cada "episódio" o que parecia acabar, ainda não acabou.


Nota: 10

sexta-feira, julho 24, 2009

Um, dois, três, gravando!®


Não me diga, a voz não é do Sarney, acertei? Pois é. Sarney deu para isso agora. Tudo ele fala que não é dele. A crise, o mordomo, os atos secretos, algumas das assinaturas dos atos secretos, a voz, o bigode, a mansão não declarada, o contracheque errado. Nada é dele. Vai ver que Sarney não é do Sarney. Sarney não existe. Ele é uma invenção de uma mente doentia.

Porém, todavia, contudo, não é isso que vejo. Alias vejo muito bem apesar de meu grau 3 de miopia. Que dizem não é nada não é nada, não é nada.

A única coisa que Sarney fala além de que nada é dele, é que é um injustiçado e que a culpa de tudo é da imprensa. Ah coitado!!. Afinal, são 50 anos de vida pública. Mas que na verdade esconde muita coisa.

Só quem não esconde nada até prova em contrário é o Lula. Esse muito pelo contrário. Fala o que der na telha doa a quem doer. Ele não quer saber. Não interessa onde ele está ou quem é sua platéia.

E para não deixar barato Lula disse em entrevista: “Não se pode tratar tudo como se fosse um crime de pena de morte. Que é preciso saber o tamanho do crime” – Nós imaginamos o tamanho do crime. Afinal roubo é crime. Lula continuou e disse ainda: “Uma coisa é você matar, outra é você roubar, outra é você pedir emprego.” – Ah ta, pensei que roubar e matar fossem a mesma coisa. E pedir emprego então? Posso aproveitar e pedir o meu? E Lula finalizou com outra pérola: “O que precisamos é não cometer um crime antecipado”. Por que depois pode?

Lula mais uma vez demonstrou que totalmente sem noção. Sem noção do ridículo em que se encontra a política, o Senado, suas falas, suas não falas, o seu país, que na verdade é nosso e está só emprestado para ele, e que graças a Deus, ano que vem adeus. Isso se não inventarem nada até lá. Lula lá já bastou.

Mas o que parece que não bastou foi a dose de José “Cassado” Dirceu que tem atuado para livrar Sarney das denúncias. E a dose de Renan Calheiros que tem também mexido seus pauzinhos e está de volta na área, sem falar do Collor que até abraço deu no Lula. O mundo está perdido. Ou melhor, Brasília está perdida. Ou será que nós é que estamos perdidos. Literalmente.

Perdidos ou não as denúncias não param de pipocar nos jornais e noticiários da TV. Antigamente dizia-se que certos jornais quando espremia espirrava sangue, hoje o que sai dos jornais é pura lama. E não é puro êxtase.

E tudo indica que o saco é sem fundo. Não sei mais o que falta acontecer para interditarem Brasília. É uma porrada atrás de porrada. Nem Mike Tyson distribuía tanta porrada. Uma verdadeira bola de neve em pleno Brasil pais tropical.

Tão tropical que existe recesso parlamentar. Mas será que se deveria ter recesso em pleno vendaval em Brasília? Será que na cabeça de certos políticos o recesso irá fazer a crise amainar? Ou que quando voltarem das férias nada terá passado de um sonho ou pesadelo para uns, e a vida seguirá seu rumo normal, se bem que como uns por lá falam que nem é preciso esquentar a cabeça que todos acabam voltando um dia como se nada realmente tivesse acontecido.
Não adianta se lamentar, pois o leite está derramado. Nem vou falar que tudo isso um dia passará. Não passará. A tendência é de piora. Não adianta promessas de moralização se a desmoralização continua enraizada dentro de muitos políticos que se lixam para a opinião pública, de muitos políticos que acham que nada vai dar em nada, de muitos políticos que tem a certeza de que amanhã é só aparar um bigode aqui, vestir um novo terno, colocar uma lente de contato, fazer uma plástica, perder uns quilos, ganhar uns quilos que poderão voltar com seu sorriso amarelo, cínico e falso para o lugar que eles acham que pertencem só a eles. Ou de políticos que nem precisam disso tudo para voltar. Eles simplesmente sabem. Como eu não sei. Mas eles sabem. E eles (infelizmente) voltam.

No mais só me resta lamentar sem é claro esquecer...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

quinta-feira, julho 23, 2009

Poesia Não Vende - Rodrigo Capella


Confesso que meu forte não é poesia. Mas também não fecho os olhos quando me deparo com um livro de poesias. Já li alguns na minha vida. Mas já faz tempo. Então em minhas andanças conheci virtualmente Rodrigo Capella autor de Poesia Não Vende que logo no começo fala justamente disso. Que hoje para um poeta o ser poeta é complicado. Sei também que ler poesia não deve ser para qualquer um, mas deveria. Que se encontre o melhor momento de ler então. Se é que há tal momento. Se tem encontrei o meu momento. Foi hoje. No meio da leitura de outros 3 livros, olhei para o Poesia Não Vende em minha estante repleta de livros e o devorei. Talvez com a mesma sede que um poeta tem de vender a sua poesia. Uma poesia doce, simples sem muitos arabescos e que fala com quem lê. Fala de alma para alma. Fala com requinte porém consegue atingir, acredito eu, qualquer pessoa que tenha o mínimo de sensibilade. Mas se não a tiver tente ler assim mesmo, quem sabe a poesia não irá criar em você um pouco da sensiblidade que não há em você.


Nota: 8

terça-feira, julho 21, 2009

Como Enloquecer Sua Sogra - Andrey do Amaral


Um texto divertido, leve, porém sinto que ainda falta alguma coisa a mais. Algumas citações são bobas que se tornam frases/piadas um pouco sem graça. Claro que muitas das coisas faladas no livro são em parte o que um dia pensamos em falar para a nossa sogra.


Nota: 4,5

segunda-feira, julho 20, 2009

Confie em Mim - Harlan Coben


Definitivamente Harlan Coben é um dos melhores escritores que conheci nos últimos tempos. Quem gosta de um livro que é adrenalina pura, esse é o livro. Na página 2 você já sente que tem pela frente um livro que não vai conseguir largar. E comigo aconteceu um fenômeno estranho. Quanto mais você avança na leitura mais vontade dar de devorar as páginas restantes, mas ao mesmo tempo (em mim pelo menos) não queria que nada acabasse. Você vai chegando ao fim da história e fica pensando o porque disso tudo ter que acabar. O ritmo da história é alucinante e a alucinógeno. É incrível como Coben consegue amarrar a história de um jeito que prende você de forma incrível. Aparecem algumas histórias que vão sendo construídas e quando você se da conta elas tem todas uma ponta que as liga. Livraço!!!! Confie em mim!!!


Nota: 10

sexta-feira, julho 17, 2009

Vagabundo sem a Dama®


Depois que li que Thomas Carlyle, disse: “Torne-se um homem honesto e, então, você poderá estar certo que há menos um patife no mundo”, me perguntei se além de escritor, historiador e ensaísta escocês, ele tinha alguém infiltrado em Brasília. Não é possível. Então ele é um visionário. E dos bons, pois ele faleceu em 1881.

E que não me apareça ninguém dizendo que chamei alguém de patife. Não fui eu quem proferiu tal frase e não fui eu quem saiu usando verbas indenizatórias, também não emprestei meu celular para filha nenhuma minha, não construí nenhum castelo, não me esqueci de declarar minha mansão, não tenho mordomo, não me lixo para a opinião pública, não acho que o trabalhador desempregado seja vagabundo e não acho que quem quer instalar uma CPI na Petrobrás queira fazer carnaval. E muito menos acho que os senadores são pizzaiolos. Eles podem ser qualquer coisa menos pizzaiolos. Melhor respeitar a classe.

Respeito esse que faltou e vale destacar com trabalhadores que por uma infelicidade são obrigados a acessar o site do Ministério do Trabalho e se submeterem a digitar palavras nem um pouco condizentes com sua situação, caráter ou maneira de ser. Vagabundo foi demais.

E falando em respeito é completamente ultrajante ver Lula e Collor abraçadinhos. Acho que nem em filme água com açúcar poderíamos imaginar que no final veríamos uma cena dessas. Só faltou um beijo. Será que foram comer uma pizza depois??

E falando ainda em respeito ou a falta dele, esse novo presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque, que é da mesma tropa de choque (mas que não é de elite) de Renan Calheiros e de Sarney, disse não parafraseando o deputado Sérgio Moraes que também se lixa para a opinião pública, mas sim porque também acredita nisso, que não teme cobranças do povo, caso tudo seja arquivado. E jogou a “culpa” nos jornais que disse que são os responsáveis por criar a opinião pública. Em outras palavras eu entenderia como o povo não pensa por si.

Mas como eu penso e logo existo, não existe ninguém que vá dizer que sou movido por terceiros para criar um censor em mim e saber que o que vejo e o que escuto não me agrada nem um pouco. Não preciso de jornal nenhum. O jornal é apenas um veículo que traz informações e cabe cada um interpretá-las a sua maneira. Não é regra que duas pessoas consigam fazer de um limão uma limonada. Uns irão fazer outros não. De quem será a culpa?

A verdade é que “nosso” presidente não consegue nem de perto quanto mais de longe controlar o que se passa em Brasília (até porque quase nunca está lá). Tudo acontece, mas nada é bem assim. É sempre uma conspiração contra ele, oh pobre coitado. São sempre forças do mal querendo desestabilizar seu governo, oh pobre coitado (parte 2).

Mas o presidente não consegue controlar sua língua felina e depois será capaz de dizer que a culpa é da reforma ortográfica. Nunca dele. Oh pobre coitado (parte 3 – a missão).

Só que coitado somos nós que temos que conviver com isso tudo, sermos massacrados todos os dias com mais e mais denúncias criadas pelo denuncismo que Lula considerou um movimento que só atrapalha seu governo. O poço é fundo pelo que parece. Ou nem tem fundo. É impressionante como as coisas estão vindo à tona agora. Até o que era secreto deixou de ser. Virou público e notório. E os atos foram anulados. Mas o que diziam esses atos não se anulou. Ou seja, tudo continuou como está, pois a maioria dos atos (86%) referem-se a movimentações de pessoal e que caíram no já direito adquirido. É tudo uma grande encenação.

E enquanto isso o diretor da cena vai vendo sua família pouco a pouco ser indiciada. Não é Sarney? Que coisa boa por um lado. É um exemplo de família que permanece unida. Ou vai dizer que o filho não é seu e a nora também não é sua?

É por isso que eu sempre falo...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

quinta-feira, julho 16, 2009

Cicatrizes de um Segredo - Marcio Scheibler


A idéia da trama é boa. Porém achei algumas passagens um pouco cruas e alguns diálogos sem emoção e sem amadurecimento que davam uma impressão de artificialidade como se estivessem fora de contexto, fora do tempo da trama.


Nota: 3

sábado, julho 11, 2009

O Sorriso da Morte - Ricardo Tiezzi


A capa chama a atenção por trazer estampado a foto da equipe da Polícia Civil que vive o seriado 9MM - São Paulo. O livro na verdade foi inspirado nesse seriado exibido pelo canal Fox. Nesse caso ocorreu exatamento o oposto. Da série nasceu o livro. O engraçado é que para quem acompanha 9MM os personagens já são velhos conhecidos e já temos criadas empatias, antipatias. A vida deles no livro é diferente do que vemos em 9MM. A trama desse que parece ser apenas o primeiro livro é boa. Talvez a idéia do livro possa ser como sendo um novo episódio. Investigação, crime, assassinato, política, favores. Tudo o que se encontra na dura realidade de nossa polícia seja em São Paulo, no Rio de Janeiro, está aqui reunida em suas bem medidas 184 páginas. Quem gosta da série certamente irá gostar do livro.


nota: 8

sexta-feira, julho 10, 2009

A Arte de Virar a Página - Adriana Falcão


Um livro sem qualquer sentido. Frases soltas que mostram a inquietude de uma mulher com problemas vividos por todos nós. Uma bonita paginação com fotos interessantes. Ponto final.

Nota: 2

quinta-feira, julho 09, 2009

Eu prometo!!®


Hoje prometo que não vou falar nada a respeito do quão ridículo e deprimente foi ouvir o deputado que se lixa para a opinião pública, Sérgio Moraes, dizer para o outro deputado Edmar Moreira, o dono do castelo que nenhuma punição sofreu que ele não tenha vergonha, que saia nos corredores de pescoço erguido, que saia por aí tranquilo, assim como ele faz, e que depois nas urnas, continua Sérgio que ainda garante que ele retornará para àquela Casa. Eu pelo menos me lixo e muito se um sujeito desses voltar.

Hoje prometo que não vou falar do absurdo que é um presidente que em plena crise que não é do Sarney, não é do Agaciel Maia, não é do mordomo, não é dele, ir passar um fim de semana em Paris antes de embarcar para mais uma viagem oficial. Paris é logo ali afinal. Sem dizer que ele já está exagerando um pouco em suas viagens que já somam R$ 8 milhões até maio, mas como já estamos em julho... Deve ser muito prático simplesmente viajar enquanto o circo pega fogo no circo em que se transformou Brasília. Se Lula não tem um bom plano de milhagem ele deve então estar fazendo algum curso de comissário de bordo. Pois vai ter horas de voo assim...

Hoje prometo que não vou falar que esses esquecimentos de Sarney estão começando a me preocupar. Pois esquecer que se tem uma casa de alguns milhões de reais não deve ser considerado a mesma coisa que se esquecer de tomar um remédio, ou de apagar uma luz, e não reparar que seu contracheque está mais gordo em R$ 3.600, que é o auxílio moradia que ele recebia sem ter direito, não sei não, mas não seria melhor o Sarney se tratar? Ou vai ver aquela casa não é dele, a declaração do imposto de renda dele não é dele, a crise não é dele, a assinatura naquele ato secreto não é dele. Ele não é ele.

Hoje prometo que não vou falar do currículo fajuto da Dilma e dela não saber quem foi que fez isso. Acho que a ministra talvez esteja com os mesmos sintomas de Sarney. Ou vai declarar que aquele currículo não é dela. Ou quem sabe foi um ato secreto que produziu um currículo assim. Ou na pior das hipóteses, ela não é ela.

Hoje prometo que não vou falar da matemática do governo que diz que sua arrecadação está em queda, mas que ao mesmo tempo aumenta os gastos com os cartões corporativos e na leva os saques sigilosos também. Que matemática é essa? Essa matemática não é minha!

Hoje prometo que não vou falar que de nada adiantou o escândalo das passagens ser noticiado, pois a farra que parecia que tinha acabado, ou diminuído, muito pelo contrário, triplicou no Senado. Como isso aconteceu? Ninguém vai saber explicar ou vão falar que a passagem não é bem uma passagem. Ou que foram autorizadas pelos atos secretos e não era para ninguém ficar sabendo? Vai saber. Mas se é secreto não era para ser segredo?

Hoje prometo que não vou falar da jogada de mestre de Minc, o Carlos, de fazer uma espécie de nepotismo cruzado. Eu contrato x você contrata y, e depois PT saudações.

Hoje prometo que não vou falar do plágio sofrido por mim feito por um jornal de São Paulo, o Imprensa Livre, que copiou na maior desfaçatez um texto meu e o publicou em seu editorial sem é claro citar o seu autor e depois numa retratação ou numa tentativa de desfazer o ato ilícito e o crime cometido feita quase que num rodapé de página sem dar o mesmo destaque dado ao texto quando “anônimo” e ainda ter que ler que por se tratar de um texto ótimo e muito bem escrito e que se assemelhava ao pensamento editorial daquele jornal foi publicado e por um erro no fechamento daquela edição foi ocultado o meu nome. Quer dizer na política deles se o texto é bom e vai de encontro com o pensamento deles eles copiam e pronto. Talvez estejam justificando o livre no nome do jornal e o que me causa espanto é que tanta gente precisando trabalhar, eles preferem ir pelo caminho mais curto e mais barato. E mais espanto ainda é constatar por essa ação que talvez não tenha tanta gente competente trabalhando por lá que é preciso usar a copia. Não que meu texto seja uma Brastemp, mas pelo visto é até mais que isso um pouquinho. Pena que o tal jornal tenha deixado de fora na hora de copiar o que sempre falo, e que não custa repetir...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

domingo, julho 05, 2009

Por um fio - Drauzio Varella


É um dos livros mais bonitos que li em minha vida. É uma lição de vida. São histórias da vida de um médico, mais especificamente, do Dr. Drauzio Varella, onde ele divide com o leitor suas angústias como médico e ser humano. Sua vida, sua linda trajetória, sua relação com a doença, os doentes, com outros médicos e sua família. A cada história, a cada virada de página lágrimas vem. Você começa a se dar conta de muita coisa, faz reflexões, se apaixona. Vi em alguns dramas contados um drama particular meu o que aumentou ainda mais a tristeza. O livro é triste, mas ao mesmo tempo vem com esperança. Esperança de que existem médicos que tocam no ponto certo da alma do paciente e de sua família. É imperdível.


Nota: 10

sábado, julho 04, 2009

Plágio: É CRIME!!!


Alguns de vocês até já sabem, mas aos que não sabem, conto agora.
No dia 18 de junho de 2009, escrevi aqui em meu blog e nos outros veículos onde mantenho minha coluna o texto A Caixa de Pandora do Senado. Dias depois fui alertado por um leitor que no dia 27 de junho de 2009, o jornal Imprensa Livre de São Paulo, publicou meu texto em seu editorial, sem a minha autorização e conhecimento, e segundo eles, "por um problema no fechamento" o nome do autor, no caso meu, não foi colocado.

E saiu então no site Cominique-se a reportagem que se segue:

Jornal de São Paulo comete plágio em editorial



Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro (escreveu):

No dia 27/06, o jornal Imprensa Livre, que circula em cidades do litoral norte de São Paulo, publicou o editorial “Caixa de Pandora do Senado”. O problema é que o texto, que normalmente reflete a opinião do veículo, é um plágio. Escrito originalmente por Claudio Schamis, o artigo foi publicado anteriormente em alguns sites, como o Paraná Online.

Do artigo original, quase tudo foi publicado. Apenas o “pé” foi cortado, talvez por falta de espaço. Avisada pelo autor, a redação do Imprensa Livre publicou, no dia 01/07, uma pequena nota de retratação, na qual afirma que por “um erro no fechamento da edição, deixou de fora o nome do autor”.

“Por se tratar de um texto ótimo, bem escrito e que se assemelha a opinião editorialista do jornal, ele foi publicado em nosso diário”, diz a nota.

Autor deve acionar jornal judicialmente
Não satisfeito com o pedido de desculpas, Schamis pretende entrar com uma ação contra o veículo: “Se gostaram do texto, que paguem por ele”.
“Se me pedissem para publicar, eu ficaria extremamente feliz. Mas sem o meu consentimento, no surrupio, não. Se tivessem ao menos posto o meu nome, o problema era menor. O editorial saiu sem assinatura. Como um editorial sai sem assinatura?”, questiona Schamis.

"Não é só pedir desculpa", explica diretor da Apijor
O diretor da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais (Apijor) Frederico Ghedini afirma que o jornalista que se sentir lesado deve procurar a Justiça. Explica ainda que uma retratação pode até servir de atenuante, mas não desqualifica o delito.

“Eles cometem um delito e pedem desculpa, mas o problema é que o delito já foi cometido. Se essa obra tem um valor, eles têm que pagar. Não é só pedir desculpa”, diz Ghedini.
O editor responsável pelo Imprensa Livre está de férias e o seu substituto não quis dar declarações ao Comunique-se sobre o caso.


PS: só para esclarecer: a foto usada para ilustrar esse texto tinha sido achada no Goolge e eu antecipadamente enviei e-mail ao site de onde tinha originado essa foto, mas fazendo uma busca maior, achei a mesma foto em vários sites de pessoas diferentes, então nesse caso fica complicado achar o autor desa foto.

sexta-feira, julho 03, 2009

O Primeiro Mandamento - Brad Thor


Brad Thor nos brinda com um suspense eletrizante que pode até lembrar também um pouco o ritmo da série 24 horas com Jack Bauer. O livro tem uma boa trama e põe em cheque (talvez pela primeira vez) aquela coisa de que os EUA não negociam com terroristas. A ação se passa em vários países, inclusive aqui no Brasil, fala de terrorismo, agentes contraterroristas, o presidente dos EUA, pragas do Egito, vingança.


Nota: 9

quinta-feira, julho 02, 2009

Nojento, tchannn!!!®


Insustentável, imediata, iminente, inevitável seriam palavras totalmente apropriadas para adjetivar a situação e saída de Sarney. (Fora Sarney!!!). Indecente, poderia adjetivar a atitude de Sarney e amigos que o defendem, inclusive Lula. E incompetente adjetivaria o inculpado (que quando substantivo masculino quer dizer culpado) Sarney por mostrar que já não merece o cargo que ocupa por mostrar isso mesmo que tem mostrado. Nada e total desconhecimento (será mesmo??) do que se passa na Casa dele, que na verdade é conhecida como a casa dos estados.

Nesse caso é melhor perguntar para o mordomo. Alias e a propósito queria ter um emprego assim. Não seria maravilhoso, R$ 12 mil por mês e sem precisar trabalhar no Senado sendo funcionário do Senado?

Ah tá, o mordomo não é do Sarney. É da filha dele.

É esse mordomo não é meu, falaria Sarney.

Mordomos à parte é triste e chega a ser nojento ver tudo isso. Agora já se fala que pode ser que Sarney tire uma licença. Maternidade?? Prêmio?? De que adiantará Sarney se ausentar pelo prazo que for? O que vai mudar? As pessoas que lá estão irão cair em si, acordar no dia seguinte e vão dizer para a sua imagem refletida no espelho: “Hoje eu vou mudar, vasculhar minhas gavetas, jogar fora sentimentos e ressentimentos tolos.. Fazer limpeza no armário, retirar traças e teias de angustias da minha mente..” Mas isso quem dizia era Vanusa em sua música. Mas como o Senado parece um palco que está mais para picadeiro, não será difícil.

Na minha humilde visão e opinião, essa licença está mais para covardia do que outra coisa. Não seria mais bonito ele chegar pedir licença e simplesmente sair? Seria mais honroso até para ele. E que ele ficasse então curtindo seus dias na sua mansão se dedicando a literatura. Nunca li nada dele, mas seria um passatempo. E que sairia mais barato para nós.

O problema seria que o vice-presidente do Senado que é quem assumiria temporariamente, está sendo investigado pelo STF. Ou seja, estará o Senado perdido e infestado de cobras e outros bichanos mais?

Será que no bunker secreto descoberto em pleno Senado de Agaciel Maia que mesmo afastado está recebendo integralmente seu salário com as gratificações não teria ninguém de boa índole mantida em cativeiro que poderia dar jeito no que pelo andar da carruagem não tem mais jeito? Vai que tem?

Agora começo a estranhar e muito a insistência de Lula em ficar defendendo com unhas e dentes a permanência de Sarney por achar (ele Lula) que a possível saída dele (Sarney) causaria grande estrago político ao governo. Será que Lula não sabe que já está tudo estragado? Será que ele ainda tem a coragem de dizer que as coisas não são bem assim. São como então?

Será que a absolvição do deputado Edmar Moreira, o dono do castelo Mona Lisa com suas 12 torres, uma com oito andares e suas 36 suítes com hidromassagens não quer dizer que nem estragado está mais e sim já entrou na podridão. Já é outro estágio Lula.

Mas Lula não quer nem saber. Prefere acusar de golpismo, de jogo sujo, de antidemocrático ou sei lá mais o que e ficar na platéia assistindo a tudo isso incólume. Em vez de exigir que se ponha ordem na política como um todo. Mas isso deve ser complicado para ele que prefere defender as eleições iranianas, o próprio Ahmadinejad que já se mostrou ser um ditador, resolveu querer aumentar o valor do bolsa-família sem antes ter o cuidado e a decência de exigir o recadastramento de quem é que está recebendo o auxílio, pois já é sabido que tem muitos grandes recebendo tal auxílio, resolveu criar em plena crise de arrecadação segundo o próprio governo, o Ministério da Pesca, criando com isso 225 cargos e 61 funções comissionadas, como se tudo fossem flores ainda em seu governo.

O país pode até estar bem na fita internacionalmente, mas até que ponto Lula acha que essas grandes coisas que acontecem aqui dentro não irão afetar a nossa imagem internacionalmente?

Daqui a pouco não bastará aumentar sempre a verba destinada a publicidade que não terá publicitário no mundo que dê jeito na imagem já totalmente arranhada do governo.

E se Lula acha bonitinho dar uma festa junina em plena crise, alguma coisa definitivamente está errada com “nosso” (não preciso nem explicar as aspas) líder. O momento não é de festa. É momento de ação. A não ser que Lula esteja com a gripe suína e não saiba o que poderia justificar essas privações de sentido dele que são constantes lembrando que ele mesmo não deu a devida importância a gripe já que ele na visão de sanitarista graduado disse que isso também não era nada. Era apenas uma “marolinha” da saúde ou um resfriadinho.

Atchim presidente!!! Fora Sarney!

Mas sem antes saber que seria bom mesmo assim nesse turbilhão continuar...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.