sexta-feira, julho 17, 2009

Vagabundo sem a Dama®


Depois que li que Thomas Carlyle, disse: “Torne-se um homem honesto e, então, você poderá estar certo que há menos um patife no mundo”, me perguntei se além de escritor, historiador e ensaísta escocês, ele tinha alguém infiltrado em Brasília. Não é possível. Então ele é um visionário. E dos bons, pois ele faleceu em 1881.

E que não me apareça ninguém dizendo que chamei alguém de patife. Não fui eu quem proferiu tal frase e não fui eu quem saiu usando verbas indenizatórias, também não emprestei meu celular para filha nenhuma minha, não construí nenhum castelo, não me esqueci de declarar minha mansão, não tenho mordomo, não me lixo para a opinião pública, não acho que o trabalhador desempregado seja vagabundo e não acho que quem quer instalar uma CPI na Petrobrás queira fazer carnaval. E muito menos acho que os senadores são pizzaiolos. Eles podem ser qualquer coisa menos pizzaiolos. Melhor respeitar a classe.

Respeito esse que faltou e vale destacar com trabalhadores que por uma infelicidade são obrigados a acessar o site do Ministério do Trabalho e se submeterem a digitar palavras nem um pouco condizentes com sua situação, caráter ou maneira de ser. Vagabundo foi demais.

E falando em respeito é completamente ultrajante ver Lula e Collor abraçadinhos. Acho que nem em filme água com açúcar poderíamos imaginar que no final veríamos uma cena dessas. Só faltou um beijo. Será que foram comer uma pizza depois??

E falando ainda em respeito ou a falta dele, esse novo presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque, que é da mesma tropa de choque (mas que não é de elite) de Renan Calheiros e de Sarney, disse não parafraseando o deputado Sérgio Moraes que também se lixa para a opinião pública, mas sim porque também acredita nisso, que não teme cobranças do povo, caso tudo seja arquivado. E jogou a “culpa” nos jornais que disse que são os responsáveis por criar a opinião pública. Em outras palavras eu entenderia como o povo não pensa por si.

Mas como eu penso e logo existo, não existe ninguém que vá dizer que sou movido por terceiros para criar um censor em mim e saber que o que vejo e o que escuto não me agrada nem um pouco. Não preciso de jornal nenhum. O jornal é apenas um veículo que traz informações e cabe cada um interpretá-las a sua maneira. Não é regra que duas pessoas consigam fazer de um limão uma limonada. Uns irão fazer outros não. De quem será a culpa?

A verdade é que “nosso” presidente não consegue nem de perto quanto mais de longe controlar o que se passa em Brasília (até porque quase nunca está lá). Tudo acontece, mas nada é bem assim. É sempre uma conspiração contra ele, oh pobre coitado. São sempre forças do mal querendo desestabilizar seu governo, oh pobre coitado (parte 2).

Mas o presidente não consegue controlar sua língua felina e depois será capaz de dizer que a culpa é da reforma ortográfica. Nunca dele. Oh pobre coitado (parte 3 – a missão).

Só que coitado somos nós que temos que conviver com isso tudo, sermos massacrados todos os dias com mais e mais denúncias criadas pelo denuncismo que Lula considerou um movimento que só atrapalha seu governo. O poço é fundo pelo que parece. Ou nem tem fundo. É impressionante como as coisas estão vindo à tona agora. Até o que era secreto deixou de ser. Virou público e notório. E os atos foram anulados. Mas o que diziam esses atos não se anulou. Ou seja, tudo continuou como está, pois a maioria dos atos (86%) referem-se a movimentações de pessoal e que caíram no já direito adquirido. É tudo uma grande encenação.

E enquanto isso o diretor da cena vai vendo sua família pouco a pouco ser indiciada. Não é Sarney? Que coisa boa por um lado. É um exemplo de família que permanece unida. Ou vai dizer que o filho não é seu e a nora também não é sua?

É por isso que eu sempre falo...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

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