quinta-feira, agosto 13, 2009

Irritando Claudio Schamis®


Pelo menos no título eu tinha que pegar leve. Não podia simplesmente ir soltando um ‘merda’ como se tivesse atirando isso mesmo no ventilador. Só que eu não preciso soltar na nada no ventilador. Já soltaram e nem foi no ventilador, foi no Senado. Só que rapidinho pegaram um paninho de chão e mandaram tirar a merda da ata oficial do Senado.

A troca de gentilezas entre Tasso Jereissati e Renan Calheiros ainda reverbera até agora em meus ouvidos que estavam bem longe de Brasília. Merdas à parte, e põe merda nisso, ainda não sei o que Renan Calheiros está fazendo no Senado e muito menos Collor.

Assistir cenas como essa travada em pleno Senado nos faz ter a certeza de que a solução seria tirar uns e outros autênticos senadores e implodir o resto que ficasse, ou melhor, o todo que ficasse, pois teríamos muito pouco para salvar. É implodir com toda essa corja dentro e recomeçar tudo do zero. Tudo bem que vai sujar um pouco Brasília, mas nada que um desinfetante depois ou até mesmo creolina, ou os dois juntos. Se bem que Brasília... Deixa para lá.

Só não posso deixar para lá essa historia de arquivamento das denúncias contra Sarney, pois pegaram pesado. Assistindo Sarney se defender do que não deveria existir defesa, notei tremores em suas mãos e o mais preocupante, alguns muitos lapsos de memória. Segundo Sarney por Sarney, ele é um santo homem. Não fez nada daquilo. Não conhece ninguém supostamente beneficiado por apadrinhamento ou nepotismo como queiram denominar, seus atos nunca foram secretos, ele é realmente um livro aberto. Nunca pediu auxílio-moradia, mas como deram disse que nunca viu, mas que quando lhe entregaram um par de óculos e ele viu, mandou estornar tudo. Que homem digno. O Lula deve estar certo. Sarney não é uma pessoa comum.

E o que não deveria ser comum, mas tem se tornado cada vez mais, são pessoas que estão se lixando para o que eleitores e opinião pública vão achar. Outro que entrou nesse time, foi justamente o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque, que disse estar tranquilo e que não perdeu o sono em momento nenhum. E disse ainda estar feliz da vida com o arquivamento de todas essas “infundadas” denúncias contra um (super) homem incomum de nome Sarney.

Sarney esse que declarou que tem certeza que nada fez de errado e ainda disse que o cargo que ocupa não acrescenta nada senão agruras, injustiças e decepções. Sendo assim não seria melhor sair fora? Sai Sarney! Seu tempo já deu. Volta para sua mansão e vai escrever um livro.

Mas enquanto não sai e não arreda o pé nem a bunda (bunda pode né?), Sarney resolve trocar em plena crise o comando da Diretoria de Comunicação da Casa colocando no cargo um antigo aliado, o jornalista Fernando César Mesquita. Dizem as boas línguas que isso visa que o homem incomum tenha um controle maior sobre os veículos de comunicação da Casa. Não ia falar nada, mas vou: “Sai fora Fernando”.

Enquanto Sarney não sai e Fernando entra, “nosso” Lula concede resolveu distribuir presentes fora de época e deu uma rádio para o filho de Renan Calheiros. Será que é natal em Brasília? Mas Natal não é no Rio Grande do Norte? Estou confuso.

Alias, estou muito confuso com essa amizade repentina do trio Renan, Lula e Collor. Isso daria uma ótima novela mexicana. Um triangulo pra lá de amoroso.

Vai entender. Eu não entendo. Mas o que eu queria que vocês entendessem e ficassem tranquilos é que estou um pouco mais do que só irritado.

Vida que segue.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

Um comentário:

ique disse...

Claudio,
tem coisas que parecem simples mas que confundem mesmo a geografia no nosso país!
Hoje, por exemplo, quando se procura o Amapá, se encontra o Maranhão... vai entender