terça-feira, maio 17, 2005

Nãnãni nãnão - parte 2




O dia depois de amanhã chegou antecipado trazendo uma ótima notícia. Até porque já estávamos nos acostumando com a coleção de péssimas notícias todos os dias em nossos jornais de nosso já atribulado dia-a-dia.

Vocês podem estar até se perguntando que história é essa de "o dia depois de amanhã" !! É que tenho certeza de que em nossos corações sempre tínhamos a esperança de que depois de amanhã a coisa poderia mudar. E não é que mudou !!!

Finalmente, alguém com muito peito e coragem conseguiu dizer: " Nãnãni nãnão ". Palmas e mais palmas (clap!!! clap!!! clap!!! clap!!!) para a juíza Denise Appolinária dos Reis Oliveira, que sentenciou o casal Garotinho e os tornou inelegíveis até 2007. Ufa!!!!! Nos livramos de uma ou melhor de duas, que tem pessoas que não tem noção ainda do que poderia vir.

Se o presidente regional do PMDB e secretário de Governo, Anthony Garotinho e sua esposa a governadora Rosinha Garotinho, fizeram o que fizeram nesses cargos, imagina o que não fariam se acontecesse o pior, que seria a chegada deles à presidência da República ??

É até pomposo o motivo pelo qual eles foram enquadrados. Capitação de sufrágio. Fora que não conseguiram também justificar a origem do dinheiro encontrado na sede do PMDB nem outras coisitas mais. E é melhor assim, pois tem vezes que se tenta explicar uma coisa e essa coisa vira outra coisa ainda pior.

Parabêns também e mais palmas ( clap !!! clap!!! clap!!!!) para a multa aplicada à governadora Rosinha, por uso indevido de recuros públicos e ela ainda conseguiu aprovar a criação de um fundo para usar como ela bem entender e sem precisar dar maiores explicações. Só aqui mesmo. É uma balburdia só.

Atitudes como essa deveria inspirar outros juízes para que fizessem o mesmo. Imagina se vários juízes começassem a tomar gostinho por falar: " Nãnãni nãnão ". Que beleza que nosso país ficaria.

Já imaginou alguém chegar para o Severino Cavalcanti, e dizer: " Olha, Seve, (forma gentil de chamar Severino quando se tem certa intimidade) contratar filho, mulher, sobrinho, neto, cachorro, papagaio, sem concurso, " Nãnãni nãnão "; " Inventar aumento de salário para deputados, " Nãnãni nãnão "; " Aumentar a verba de gabinete por não ter conseguido aumentar os salários, " Nãnãni nãnão ".

Imagina então, chegar para os deputados estaduais de Rondônia, Ronilton Capixaba, Daniel Neri e Ellen Ruth que vem a ser a relatora da comissão temporária especial criada para apurar a denúncia de crime de responsabilidade orçamentária contra o governador, Ivo Cassol, que pedir propina para não votar pelo impeachment, pode não... ou melhor " Nãnãni nãnão ". E claro chegar para o próprio Ivo, e dizer que cometer irregularidades enquanto era prefeito de Rolim Moura, também pode não, ou em outras palavras: " Nãnãni nãnão ".

Não podemos esquecer também de avisar ao deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, e ex-apresentador do O Povo na TV, que comandar um esquema de corrupção nos Correios, também não pode não, " Nãnãni nãnão ". Mas como isso ainda não foi provado ainda, pelo menos dar um toque no Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, que foi flagrado recebendo propina de empresários interessados em informações de como fornecer material de informática aos Correios, que isso é muito feio. " Nãnãni nãnão ".

Sei que dizem os psicólogos que é preciso impor limites, que nada pode ser sempre sim na vida de ninguém, tem de haver momentos em que o sim, vira não, e outros em que o não vira sim. Mas no caso de nossos políticos temos que praticar a dizer mais " Nãnãni nãnão ".

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