sábado, outubro 02, 2010

Jogos Vorazes - Suzanne Collins


O título me chamou a atenção. Depois fui ler a sinopse e vi que era um livro que iria gostar realmente. Comecei a ler e achei que estava lendo um outro livro. Me questionei até se tinha lido alguma coisa errada. Então achei uma opinião de uma pessoa que tinha acabado de ler e então parei e surgiu um "será?".

Realmente o primeiro capítulo é meio chatinho. E é nessa hora que você (pelo menos eu faço muito isso) releio a sinopse, olho para a capa, converso um pouco com o livro). Resolvi ir em frente. E não parei mais.

Suzanne me surpreendeu e conseguiu prender minha atenção de tal forma que o livro foi devorado vorazmente.

A América do Norte deixa de existir e em seu lugar surge uma nova nação chamada Panem que é dividida por doze distritos. Onde uma espécie de "Grande Irmão" - (George Orwell - "1984" - que no caso é chamado Capital é quem comanda com mão de ferro todo o resto do país. Onde existe uma competição que são os tais Jogos Vorazes onde garotos e garotas de cada distrito são obrigados a se enfrentarem numa luta até a morte onde só deve sobrar um vencedor.

Esses jogos são transmitidos pela televisão ao vivo já lembrando o Big Brother onde há patrocinadores que podem ajudar seus escolhidos e onde há também uma voz de comando ditando regras, mudando regras e onde pessoas fazem suas apostas.

Alianças são feitas, desfeitas e a luta pela sobrevivência dá o toque certo de adrenalina que um livro eletrizante deve ter. E claro temos também para dar uma compensada em tantas mortes, um romance.

E quando chega na última página nem é necessário a tristeza de que queremos mais, pois esse é somente o primeiro livro de uma trilogia.

Nota: 9.0

quarta-feira, setembro 29, 2010

Ladrão de Cadáveres - Patrícia Melo


Se você esta buscando um livro recheado de bons ingredientes que te façam esquecer até de comer, Patrícia Melo conseguiu a receita ideal. Em seu "Ladrão de Cadáveres" temos ganância, morte, chantagem, tráfico de drogas, crime, um cadáver, oportunidade, romance, compaixão, intrigas, ética, corrupção, moral e claro uma pitada de suspense. Tudo que faz com que seja uma leitura agradável e rápida pelo ritmo conseguido que é o toque especial que Patrícia consegue dar em seus livros.

Nota: 8,5

terça-feira, setembro 21, 2010

Eu Amei Victoria Blue - Estevão Romane


Mesmo já sendo um tema já bem explorado, é sem dúvida, antes ou depois da onda "eu quero um vampiro só pra mim", um assunto que atrai a curiosidade das pessoas: Sexo.

E quando a história envolve uma garota de programa com um brasileiro e se passa em Nova York (que é um "plus" a mais) e é real, então a curiosidade aumenta e a fantasia viaja.

Caio Túlio Costa que escreveu na orelha do livro exagerou um pouco quando disse para não se abrir o livro se não tivermos tempo pois não conseguiríamos largá-lo até Victoria Blue se desnudar. Não é bem assim.

A história não chega a empolgar tanto e nem é tão picante como muitos podem esperar de uma história com uma garota de programa. Parece mais uma série de televisão americana podendo ser contada em 5 capítulos.

É o tipo ideal de leitura para quem não quer muito compromisso. É um romance "light", bobo em algumas passagens, e com frases que senti que foram colocadas no lugar errado e no tom errado.

No geral se você quer um livro para se distrair essa pode ser uma opção.

Nota: 6.0




quarta-feira, setembro 15, 2010

Amenidades? Aqui não!®

Poderia se me fosse permitido falar somente amenidades com vocês hoje. Amenidades que talvez não fossem incomodar ninguém. Iriam ser lidas, talvez digeridas e no final das contas sobraria : o nada. Amenidades que eu digo do tipo se eu fosse comentar e analisar a repercussão na mídia e no mercado internacional de quando souberam que a Luciana Gimenez está grávida. Ou que o troglodita do Dado Dolabella foi visto beijando um novo “affair”. E em Búzios! Não é incrível isso? Quer mais? A Juliana Paes exibiu sua barriga de grávida durante as compras no Rio. Que coisa né? E a Lidsay Lohan que continua o tratamento e sob vigilância? Será que foi por isso tudo que o dólar caiu? Ou será que isso tudo pode ser a causa da Dilma ter aparecido com uma bota ortopédica? Do tipo foi tudo muito forte para ela. Ah coitada!

Mas uma coisa é certa! Eu não me permito fazer um papelão desses. Aqui não tem amenidades. O papo é mais sério.

E agora falando sério o que é José Dirceu, deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil, dizendo que Lula não é uma, nem três, mas duas vezes maior que o PT – será um número cabalístico? – e que Dilma que virou em suas palavras um “projeto” será mais importante se eleita até do que o próprio presidente Lula, pois Dilma representa todos do PT e que ela não é uma liderança que tenha uma grande expressão popular e sim ela é a expressão do projeto político? De quem? Do próprio Zé? Do Lula? Do PT?

Isso então me deixa com várias (outras) questões, e a primeira e mais cavernosa é: O que Zé Dirceu faz nos bastidores como se ninguém soubesse quem ele é, o que representa e o que pretende? Isso é apavorante!

Se Dilma representa o PT o que Lula representa então? Será que ele é a personificação de algo mitológico? Será então um ser do outro mundo? Ou será algo ainda maior ainda que transcende qualquer tentativa de se achar uma explicação para o que seja Lula?

Se Dilma não tem expressão popular por que lançá-la candidata? É justo ludibriar os eleitores do Lula dessa forma covarde? Será que eles sabem que Dilma usa saias e que ela não é o Lula sem barba? É verdadeiro Dilma se eleger ou qualquer um do PT usando a expressão popular do chefe barbudo? E se isso for usado o que é Dilma? A sombra de Lula? Ou realmente Dilma é Lula? Será Dilma uma boneca de ventríloquo? Se sim de quem será a voz? E a cabeça pensante? Há cabeça pensante?

Zé Dirceu disse que Dilma não tem raiz histórica no país como Lula foi criando a sua, se isso é verdade não seria a hora exata de cortar o mal pela raiz?

E falando em mal e raiz, Lula como sempre tira o corpo fora e não mostra que quer resolver nada, e claro devolve a questão toda em torno da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para a opinião pública fazendo com que ela pareça ser apenas uma vítima de uma perseguição maquiavélica e imaginária feita pela oposição por ela ser considerada o braço-direito da candidata Dilma. Como Lula é criativo! Se ele usasse pelo menos alguma porcentagem dessa criatividade para melhor a saúde, a educação, já estava de bom tamanho.

Como estaria de bom tamanho se Lula e Dilma parassem com o discurso de que se fará uma investigação minuciosa e que a punição deve ser exemplar doa a quem doer. Só que depois de tsunamis de lama, escândalos para todos os gostos, ainda não vi faltar analgésico no mercado. O que me faz concluir que se houve alguma punição não doeu em ninguém.

E ninguém vai conseguir me convencer que gostou do último debate dos presidenciáveis que mostrou novamente o mesmo filme de ataques, acusações e de poucas falas sobre trabalho e metas. Tivemos uma novidade: um candidato-comediante.

Enquanto eu procuro meu título de eleitor...

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Vale Tudo!®


Tim Maia cantou e encantou com seu vozeirão o seu “Vale Tudo” onde dizia que tudo estava valendo, menos dançar homem com homem nem mulher com mulher. Em 1988 a Rede Globo colocou no ar sua novela “Vale Tudo” onde lá também tudo valia, nesse caso para se dar bem na vida e que culminou com o assassinato mais famoso da televisão: Odete Roitman (Beatriz Segall). Sem deixar de lembrar que “Vale Tudo” é também um torneio de luta que está mais para sinônimo de violência pura, troglodita e sem nexo do que para ser considerado um esporte, mas que para alguns virou o próprio ganha pão. Vai entender!

E como dizem que a vida imita a arte, nossos políticos vieram e mostraram que é isso ai mesmo, “Vale Tudo” no mundo encantado em que vivem. E se você não gostar o problema é seu. Não deles. E não se fala mais nisso. Como assim não se fala mais nisso? Comigo não.

A fome deles e o medo de ficar de fora da bocada, fez com que eles aderissem de corpo, alma e sabe-se lá mais o que ao também movimento do “Vale Tudo”. Ainda mais agora em época de eleição. Isso é latente. E isso só fez corroborar o que já sabíamos: que para eles na política antes de qualquer outra coisa com certeza o “Vale Tudo” tem que estar valendo. E está.

O que é uma pena, pois todos nós perdemos. Nós, não eles. Nós perdemos a verdade, o objetivo, a proposta, as idéias, a cara limpa, a ficha limpa.

Na batalha para se eleger eles resolvem que é melhor atacar, e seja de que forma for não importando o tipo de arma que se vai usar. Mas eles procuram usar as mais sórdidas, as mais baixas. Pode ser um dossiê, pode ser também buscar o que se fez no verão passado, irão buscar falhas, falas, conversas, com quem um jantou, com quem o outro almoçou, o que jantou, o que bebeu, quem pagou, como pagou, por que pagou?

Irão quebrar o sigilo fiscal de familiares. E tudo isso pra quê?

Para depois chegar descaradamente como fez Lula e dizer que isso tudo é invenção do adversário, pois ele está com medo. Medo? Com medo estou eu de que continue tudo como está. Com medo estou eu que as pessoas não vejam a verdade que está estampada na nossa cara através das manchetes de escândalos que foram produzidos ao longo da Era Lula. Basta que os deslumbrados e adoradores de Lula consigam deixar pelo menos por um instante a foto dele de lado ao ler uma crítica sobre seu governo e em alguns casos mais graves que retirem os “antolhos” metaforicamente falando, para que possam ter uma visão mais ampla do que acontece. E que consigam perceber que podemos ter razão em alguma coisa. Não estou dizendo que quem critica o governo tem 101% de razão. Não sou o dono da verdade. Sou simplesmente um pacato cidadão que está apenas cansado de ver tanta falta de respeito, descaso e afronte.

E de ser ainda obrigado a aguentar o deboche do presidente o que fica demais da conta. Um deboche que virou a marca registrada de alguns momentos de Lula Pop Star.

A postura de Lula me incomoda. Não é postura de um presidente. Ele não possui isso. Ele pode ser carismático, idolatrado, adorado, mas isso não é sinônimo de que tenha as características fundamentais de um chefe de uma nação. Por vezes Lula falou o que não devia e não se lembrou que naquele momento ele estava me representando também.

Querendo eu ou não. Mas é a vida, né?

Mas podemos mudar o rumo dessa prosa. O momento é esse. Podemos querer pegar outra estrada. Não sei qual estrada, mas não esse que estamos.

Basta de usar o “Vale Tudo” por um mandato. Por um gabinete ou por poder. A dignidade deve vir antes. É muito feia essa maneira que candidatos têm de tentar levar vantagem sobre o outro. Essa disputa deveria se limitar somente ao que cada um pretende e quer fazer. Eles deveriam se mostrar de corpo e alma. De forma honesta, clara e com transparência. Não deveriam também usar o passado de outro candidato e dizer que irão fazer o mesmo que fulano. Que coisa mais sem personalidade. Sem identidade. Sem alma.

É de um candidato com alma que precisamos. Que esteja somente preocupado em mostrar o que ele tem para oferecer. E mais nada. Só que isso é tudo. Mas eles se atrapalham e misturam o tudo com o nada. E o que acaba restando é o nada.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Por sua conta e risco!®


Tudo na vida é questão de arriscar. Qualquer movimento que você faça vai envolver um certo risco. Até a escolha da roupa que você irá usar hoje envolve risco. Vai que chove e você não vestiu suas galochas? Já pensou nisso? Agora imagina o risco que envolve a escolha do seu voto? Já imaginou?

Seja para o bem. Seja para o mal.

Mas o que é o bem? O que é o mal? Essa discussão quase filosófica daria até um livro. Mas como a eleição é logo ali, não temos tempo para filosofar e nem para publicar tal livro. Temos sim é que conseguir avaliar o tamanho do risco que envolve votar nesse candidato, naquele outro ali ou até mesmo naquele lá. É aquele. Esse mesmo que você pensou e que promove uma luta interna da sua consciência e passível de se precisar algumas sessões com seu analista.

E isso pode custar muito caro. Nem falo da conta do analista e sim da conta Brasil se tudo for um desastre.

Desastre será se aquele seu candidato em quem você confiou, deu seu sangue, suor, lágrimas e seu voto virar para você um belo dia e dizer em um português quase que escorreito que a culpa na verdade é sua. Só sua e de mais ninguém. Ou melhor, de todos os outros que como você fez a sua escolha. Errada por sinal.

E o que é o errado? O que é o certo? Essa discussão quase que filosófica daria até outro livro. Mas não tempo. O tempo urge e reclama. É agora. Vai lá e vota e não se fala mais nisso.

Mas isso não é possível. Sua escolha estará lhe perseguindo pelo menos por quatro anos. Será a sua sombra, seu fantasma. E poder ser também o seu pior pesadelo. Ou pode ser o pesadelo dos outros que são obrigados a conviver com sua escolha.

Como diz a música: “os outros são os outros”, mas não seja egoísta a esse extremo e tente pelo menos por um instante no seu próximo. Por isso pense que sua escolha pode contribuir e por dias melhores para toda uma nação.

E eu como parte dessa nação não quero que o próximo que suba a rampa do Planalto todo reformado pelo menos no que diz respeito à parte estrutural, seja do tipo que não dará muitos detalhes sobre seus gastos com o cartão corporativo presidencial que inclusive já derrubou até uma ministra. Também não quero que seja um exímio nadador em mares de lama e em se dizer não conhecedor do que acontece na sala ao lado ou bem debaixo de seu próprio nariz.

Claro que também não gostaria de vê-lo de beijos e abraços com antigos desafetos e com pessoas a quem ele sempre no passado criticou e massacrou igual fez Lula que aparece numa sequência de fotos com Collor, Renan Calheiros, Sarney, Maluf, Severino Cavalcanti. E que não foram em um encontro casual na Ilha de Caras. Só se fosse em outra ilha. Ilha de Caras de Pau.

Enfim...

Não iria querer que esse candidato que fosse subir a rampa escorregasse justamente na hora de defender porque ele quer o seu voto dizendo que o salário mínimo em tal governo teve alta de 74%, enquanto que o número oficial é de 53%.

E também não iria querer que quem subisse a rampa achasse normal o pedido de aumento de 14% no salário dos ministros do STF em plena época de eleição e em época de vacas magras para a saúde, educação, segurança, onde para esses assuntos não há dinheiro.

Não vou querer que o próximo presidente seja aquele candidato que foge de debates e de perguntas simples como a do porque ele ou ela quer ser presidente do Brasil.

Como também não quero que essa pessoa ache que todos estão conspirando contra seu governo, que a culpa de tudo é da oposição e da imprensa – sem esquecer-se do estagiário – que tem como missão sujar a imaculada imagem de um governo cristalino.

Não podemos permitir que esse novo presidente não faça nada para derrubar o preço do Big Mac brasileiro que é o 4º mais caro do mundo. Absurdo isso. O que todas nossas crianças que estão na escola estudando vão comer de merenda?

Também não podemos querer que essa nova pessoa que irá vestir a faixa presidencial, simplesmente nos imponha um novo imposto considerado por ela milagreiro e que irá salvar a saúde do país dizendo que sem isso ela (saúde) tende a morrer na fila de espera do atendimento, porque para isso não há dinheiro. Para outras sim.

Não quero que essa pessoa chegue de salto alto. Nem saias. Vale lembrar que a rampa do Planalto é íngreme. E nessa hora qualquer escorregão...Pode ser fatal pra nós.
Mas quero sim que essa pessoa seja ela mesma. Que não seja uma coisa fabricada ou criada a partir de um protótipo que já foi usado e avaliado. Quero que tenha alma própria. Que pense com sua cabeça. E principalmente que faça algo melhor e diferente.

É disso que precisamos. De coisas novas. De reformulação.

E reformular não é usar um jingle como parâmetro de escolha. Até porque nesse quesito o candidato Eymael teria grande vantagem. Não estamos no “American Idol”. Nem no ”Britains´s Got Talent”, pois se estivéssemos, com certeza votava na Susan Boyle. E olha que ela usa saias.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Diário de um Grávido - Renato Kaufmann


Cuidado ao ler Diário de um Grávido na rodoviária (meu caso), na fila do banco, no metrô, no ônibus, na fila do SUS, ou mesmo na antessala de um consultório médico. Você pode de uma hora para a outra ser taxado de maluco. Do tipo do que o cara ali está rindo tanto?

O diário é assim. Quando você se dá conta o "estrago" já foi feito. Você já gargalhou e as pessoas te olham de forma estranha.

Renato, o autor, conseguiu expor exatamente o que se deve passar na cabeça de um homem quando este engravida.

O livro é muito gostoso de ler. Divertido. Sério (?). Claro, afinal ter um filho é uma coisa séria (também)!. O único senão é que acaba rápido. O livro é claro, não o filho.

Fica aquele gostinho de e agora? E depois? Como será o amanhã?

Nota: 9,5

quinta-feira, agosto 26, 2010

Obsessão - Tara Moss


Segundo livro de Tara Moss e que segue a mesma linha de seu primeiro livro, Fetiche: um trhiller eletrizante.

Obsessão é o tipo de livro que consegue te prender desde o começo ao mesmo tempo que promove o sentimento de tristeza quando nos damos conta que se está chegando ao final do livro e de forma rápida.

A trama é boa, muito adrenalina, suspense e romance. Todos os ingredientes que fazem você querer devorar o livro. E tudo na dose certa.

Nota: 9,0

quarta-feira, agosto 25, 2010

O Marceneiro!®


Sempre que chega o fim do ano entramos naquele processo de fazer novas promessas, velhas promessas também – geralmente as não cumpridas durante àquele ano –, reformulações em nossas vidas, traçamos novas metas, surgimos com novos objetivos, o pensamento viaja e estaciona no tudo vai dar certo dessa vez.

Afinal é ano novo. Vida nova. Tudo novo.

E foi pensando no tudo novo que Lula resolveu despachar em outra praia durante o ano e meio que durou a reforma do Palácio do Planalto. E eu pergunto pra que isso tudo?

A obra que era para ter sido entregue em fevereiro atrasou um pouquinho. Ela foi entregue ontem, mas ainda assim faltam alguns detalhes. Só pode ser culpa do estagiário da marcenaria.

E achar hoje um bom marceneiro, somente mesmo por indicação. É o ideal. Saber de suas obras já realizadas é como se fosse seu cartão de visitas. E saber se ele cumpriu tudo o que prometeu é também outro detalhe importante.

E é nesses detalhes que temos que prestar atenção. Afinal estamos prestes a escolher novos e velhos “marceneiros” da política – as aspas cabem aqui para preservar e não faltar ao respeito com essa nobre profissão – que irão modelar nossas vidas pelos próximos quatro anos.

Não é bobagem nem coisa à toa. É sério.

Não achei sério o governo ter gasto R$ 96 milhões nessa reforma do Palácio se outras coisas estão precisando de reparos mais urgentes, mas que sempre acaba caindo naquela de que não há recursos. Como assim não há? Que eles existem disso não tenho dúvida. Só tenho dúvida qual a obra que o governo considera primordial para ele e para quem o elegeu.

E ai vem à certeza de que governo não olha na mesma direção que nós olhamos.

E quem o elegeu quer ver serviço. Mas alguns se contentam com uma Bolsa. Apenas. Coisa pequena. Sem valor. Prêmio de consolação. Desolação total. Mas que vem conseguindo exercer um “tá tudo bem, vamos esperar, afinal o governo tem muita coisa na cabeça”.

Coitado do governo, tão assoberbado.

Assoberbado fico eu vendo a saúde, por exemplo, ser tratada sem nenhuma atenção e ir minguando cada vez mais e aos poucos. E ela já está decrépita. Isso não é nenhuma novidade. Nunca foi. E mesmo assim a reforma do Palácio onde Lula nem fica por muito tempo, pois vive pulando de “porto em porto” com suas viagens ao redor do mundo, se faz mais importante do que abrir alguns novos postos de atendimento, investir em hospitais, remunerar melhor nossos médicos. E isso não entra pela minha garganta. Entala. E entalado devo ficar, pois se for procurar atendimento médico público poderei não sobreviver até conseguir ser atendido.

E aí a raposa do governo vem dizer que por não ter dinheiro quer criar a tal da CSS (Contribuição Social para a Saúde) que de contribuição não tem nada, pois até onde sei contribuição contribui quem quer. E agora tenta imaginar o que se poderia fazer com R$ 96 milhões nas mãos para investir na saúde? Mas não é só a saúde que precisa de assistência. A educação também clama por ajuda.

Está tudo errado. Então a hora é essa. É agora. É já.

É hora de pensar em reformas que queremos que sejam feitas, de metas que queremos que sejam cumpridas. Mudanças. Mudar. E não nos calar.

E temos então que parar, pensar, avaliar e escolher quem serão e de que tipo os “marceneiros” que iremos contratar em todos os poderes para que eles sejam os escultores de um país melhor, com mais igualdade social, mais oportunidades, mais saúde, mais educação.

Já tivemos “marceneiros” de todos os tipos. Temos que ter a sorte de que os escolhidos farão da madeira não a sua máscara, o seu rosto, mas sim a sua melhor obra prima.

E enquanto eles não chegam...

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

quinta-feira, agosto 19, 2010

A Hora da Verdade!®


E já começou a caça ao seu voto. Cuidado então, eleitor. Olhos bem abertos e tenham um colírio só de precaução.

Preparem os lenços de papel, o balde para a pipoca, pois está no ar o Programa Eleitoral Gratuito

O que esperar? Romance, drama, aventura, ficção, suspense, comédia, fantasia, ação, terror? Talvez um pouco de tudo. Na verdade, quem irá poder avaliar a que gênero o programa nosso de cada dia irá pertencer será você, eleitor.

Eu, como tenho uns programas desses gravados da eleição passada que comprei de um camelô na época e não me pergunte o porquê disso, nem vou me dar ao trabalho de assistir os “novos” programas que na verdade são uma espécie de “Não vale a pena ver de novo”, pois de novo não tem nada. É sempre: “No meu governo eu vou…”, “Acredite, vou acabar com…”, “Minha missão (impossível) é…”, “Por isso eleitor querido idolatrado salve, salve…” ou ainda, “No governo passado… e é por isso que eu me sinto cada vez mais…”.

Peço então a você, eleitor, e a você, meu leitor, que se desapegue da televisão por esse instante apenas e se dedique a outras atividades tais como: curtir seus filhos, sua família, ligar para aquele seu amigo que aniversariou e você esqueceu, ler um bom livro. Ou até mesmo jogar um buraco com sua sogra. Ela vai adorar. Ou você pode ir meditar. Por que não?

Aliás, é uma boa pedida a tal da meditação. Eu recomendo. Faz bem e te deixará em estado zen. O que poderá te ajudar na escolha de seu candidato. Ou não.

A verdade é nua e crua. E você não tem porque lutar contra. É respirar e fazer uma analise do contexto atual e do passado de cada um de seus candidatos. É um exercício mental. Prometo que é indolor. A não ser que você tenha um caso de paixão aguda cega e não queira nem saber de nada e mesmo que saiba de algo ache que é completamente irrelevante. E que depois ele que se acerte quando for chamado pela morte e tiver que enfrentar o juízo final.

E também me permito pedir que não façam nenhum juízo final sobre o que venho escrevendo, mas é que não se ouve mais nada além de que nas últimas pesquisas o Instituto X apurou que o candidato S caiu, que o D subiu, que o M se manteve estável e que o P ainda não se tocou que está marcando toca e jogando dinheiro fora. Parece que os escândalos deram lugar à corrida presidencial, à corrida pelo governo do estado (cada um no seu quadrado) ou à disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. E eu ainda vou ter a minha. Um dia se Deus quiser – e ele há de querer – mas se não quiser conheço certas pessoas que conseguem ajeitar isso.

Aí é correr para o abraço. E mostrar serviço. Afinal o papel de um deputado é esse. Pelo menos é o que está estampado na Constituição. Mas que nem todo deputado faz questão de lembrar.

A única coisa que se deve lembrar de verdade é que falta pouco para o dia D. E, por favor, não venham pensando que é o D de quem vocês acham que é.Não. Não é. Até porque nem sei porque escolheram a letra D. Mas se fosse S teria que explicar que não tem nada a ver com a marca daquela empresa e nem é também quem vocês acham que é.

Vamos votar conscientes de que nossa escolha será e terá que ser digerida pelos próximos quatro anos. E que depois do leite derramado só nos resta pegar o pano de chão para secá-lo e uma vassoura e uma pá para juntar os cacos da jarra quebrada. Nada mais.

Por isso é que sempre digo… entre outras coisas….

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Dúvidas Eleitorais!®


Alguém assistiu ao debate dos presidenciáveis? Eu assisti. Quero dizer, tentei. Mas, confesso, estava chato. Muito chato. Passam as eleições, mudam os candidatos, às vezes nem isso, e o que vemos é sempre a mesma coisa: ataques, gafes, promessas e a manipulação dos candidatos através de suas falas previamente estudadas para tentar ludibriar os eleitores. E o pior é que essa fórmula tem dado certo.

Eu esperava um debate onde os candidatos mostrassem sua verdadeira cara, aquela que quase sempre fica escondida e que só é revelada depois do estrago feito.

E depois disso Inês é morta. E depois de morta só nos resta rezar. Por um milagre.

Milagre esse que nunca vem. É bom deixar isso claro.

E algo ficou claro para mim, como água cristalina: não tenho candidato. Tudo bem que a Dilma, por razões óbvias, já estava descartada de qualquer maneira. Mas os outros talvez tivessem uma chance comigo. Mas acho que não têm mais.

E aí caí num dilema cruel: deveria votar somente no candidato em quem acredito ou devo cair naquela armadilha de votar em A somente para B não entrar, mesmo A não sendo o meu candidato? Não vejo isso com bons olhos. Não gosto disso. E não gosto que façam isso.

Acho o voto uma arma que cada um de nós tem e que deveria usar da melhor maneira possível e de forma consciente. E não de forma irresponsável.

Temos que ser fortes e corajosos para assumir um possível voto nulo.

Sei que muitos de vocês devem estar arrancando tufos de cabelo. Não façam isso. O voto nulo é também uma forma de o eleitor se expressar e mostrar toda a sua indignação.

Qual seria a diferença se então o voto fosse facultativo? Não acabaria sendo a mesma coisa? Ou você iria votar “obrigado” somente para aquele candidato não entrar?

E outra coisa que não me entra na cabeça é essa lei eleitoral que limita que humoristas exerçam sua arte e que agora tenham que pisar em ovos quando forem falar desse ou daquele político-candidato. Os políticos-candidatos agora estão como que protegidos, numa redoma de vidro. São intocáveis. Ou melhor, são de cristal. Não é possível que em pleno 2010 tenhamos agora uma censura ridícula, patética e totalmente fora de mão. E fora de mão porque não fizeram nenhuma lei que proíba que esses mesmos políticos-candidatos possam nos fazer de palhaços e que repetiam as mesmas gaiatices para não falar outra coisa em sendo reeleitos. Nisso ninguém pensa. E eles fazem e nós com algumas exceções aceitamos sem pestanejar.

E sem pestanejar deixo meu alerta para uma campanha iniciada pelo Tribunal Superior Eleitoral e a Associação dos Magistrados Brasileiros de conscientização do eleitor para a hora de votar. Uma campanha que queria que desse certo e que fosse bem difundida. Para que o eleitor mais fraco, digamos assim, não fraqueje na hora de exercer seu voto e que o faça de forma correta e honesta. Sem aceitar favores e trocas. Voto é coisa séria. Não é figurinha.

Queria que essa eleição fosse um banho de água fria em muitos políticos. Queria que eles sentissem que nós eleitores mudamos. Que temos memória. E que não vamos mais aceitar nada calados.

E no dia em que isso acontecer eu vou poder dizer: “Agora sim. Agora valeu.”

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sábado, julho 31, 2010

Paulistanamente!®


Você já tentou, mesmo que por um instante, mudar de lugar? Para testar, ver e rever sua posição? Ver se olhando por esse outro lado a abóbora é mesmo uma abóbora ou uma maçã? Pois então, aprendi que temos que praticar isso. É bom. Mas alto lá, não pense que o resultado é sempre o esperado.

Em virtude disso e por saber que existe numa moeda a cara e a coroa, que existe o outro lado da calçada e ainda que num disco de vinil (Já viu CD com dois lados?) exista o lado A e o lado B para que no caso de se não gostar de A ainda tem o B para salvar a festa, resolvi mostrar que sou um cara, não “o cara” – que é o adjetivo do Lula – propenso a novas experiências e a viver novas emoções que vim aqui para São Paulo tentar ver se tinha uma outra visão de tudo e todos e escrever meu texto na cidade que nunca dorme.

Queria viver isso. Precisava disso. Vai que daqui Lula, Dilma, Serra, Sarney, o Senado, a Câmara, ganhassem uma nova aura? Se desse certo, colocaria na lista ainda um monte de gente. Estaríamos salvos. O Brasil estaria salvo.

Mas acho que nada mudou. Se piorou? Acho que não. Pior não fica. Não tem como.

As dúvidas continuam. Dilma com certeza não. Serra? Não sei. Marina? O que é Marina? E os outros? Que outros? É, tem os outros. Mas os outros são os outros.

E a música “Os Outros” cantada pelo Kid Abelha ficou tocando no rádio.

E minha estadia em Sampa me trouxe mais dúvidas ainda e fiquei mais intrigado ainda com certas coisas. E minha visão, que esperava que pudesse mudar, continuou da mesma forma. Turva, pode-se dizer.

Turva ou não, queria que alguém me dissesse por que multam Serra em R$ 10 mil e Lula e Dilma em R$ 5 mil. Desconto presidencial? Também quero o meu. Você quer o seu?

E queria saber também por que em tempo de se cuidar do planeta, poupar água, o governo abriu a torneira e aumentou a transferência de recursos da União para os municípios em 238%? Calma aí. Pera aí. Não estou reclamando, estou querendo apenas saber se nós, o povo, tão sofrido, trabalhador, só podemos ter coisas boas do governo em tempos de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos e em época de eleição.

Meu (lembre-se, estou em Sampa), vamos acordar. Não podemos aceitar esmola de quatro em quatro anos. Nem que não fossem esmolas. Melhorias. Merecemos: mais respeito, mais ajuda, mais atenção e o ano todo e durante todos os anos de nossas vidas. E não só quando convém àqueles caras lá de Brasília.

Não nos deixei enganar.

Só acho errado o povo aceitar isso assim numa boa. É uma boa, mas por que não temos também a mesma união de tempos de Copa do Mundo, onde todos carregam estampadas em seus peitos camisas com a bandeira do Brasil, as cores verde e amarelo ganham força e colorem ruas, prédios, muros e até o asfalto? Os carros passam com suas bandeirinhas tremeluzindo ao vento, mostrando amor ao país. Mas será que é ao país ou é somente ao futebol, onde somos (quase) absolutos?

Minha birra, pode-se dizer, é justamente com isso. Queria que fôssemos esses 190 milhões lutando por um governo melhor, com mais igualdade, políticos sérios e com menos corrupção.

Mas isso ainda está longe de alcançarmos, até porque o que encanta e move montanhas ainda não são questões como essas. Infelizmente.

Que venha então Maomé! E se ele não vier, eu pelo menos prometo que tento levar com o meu Grita Brasil a montanha até ele.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

terça-feira, julho 27, 2010

O Guia do Eleitor (muito) Curioso! ®



Existem eleitores e eleitores. Pesquisas feitas em laboratório mostram que 85,171% dos eleitores sofrem de sérios lapsos de memória na hora de apertar o botão verde para confirmar seu voto naquele candidato que no verão passado colocou uma quantidade de notas de reais em sua cueca ou que foi viajar com a família, o papagaio e a sogra na Europa, com passagens e verbas de gabinete. Fora aquele que acha que temos que pagar a conta do celular de sua filha que foi viajar pra Disney e ficou com saudades. Outros 14,171% sofrem de bondade aguda, que é uma doença crônica onde este eleitor troca seu voto às vezes por uma Bolsa Família, até porque sacola de plástico “não poooooode” (salvemos o planeta). Existe também um grupo que representa 10,171%, que são aqueles eleitores que sofrem de vontade mórbida em conseguir aquele cargo maneiro em troca de apoio. E claro que existem também aqueles eleitores, os curiosos, que são uma parcela mínima, diga-se de passagem, que ficam indignados com tudo isso e com esses outros eleitores. Até porque, se fôssemos a maioria, Brasília não estaria banhada por um mar de lama.


E antes que algum desses outros eleitores venha dizer e apontar que não é possível que esses resultados sejam verdade, pois a conta não bate, e passa longe dos 100%, eu digo logo: “E por acaso alguma conta em Brasília bate?” Por que então a conta dessa pesquisa tem que bater? Segue teu rumo.


E seguindo o rumo da curiosidade, fiquei curioso com o fato de o presidente Lula dizer que tudo referente aos gastos da preparação do Brasil para receber a Copa de 2014 poderá ser acompanhado por todos. Haverá transparência. Mas será que quando ele falou em transparência ele quis dizer que os dados estarão lá bonitinhos para quem quiser ver e conferir ou será que por ser de tanta transparência nada poderá ser visto? Que transparência seria essa? A que acompanhou o governo esses oito anos? A conferir.


Outra curiosidade minha diz respeito às obras para a realização da Copa 2014. Está tudo atrasado como manda o figurino e os manuais da boa administração. Pois assim quando estiverem no limite de todos os prazos irão alegar que não dá mais tempo de licitação e que então as obras serão entregues a uma empresa de total confiança cujo dono provavelmente será um empreiteiro amigo. Amigo da onça. Mas, se a Copa não é mais na África, pra que onça?


E falando em onça, só pode ser por ter amigos da onça, ou melhor, do Lula, que Brasília abrigará o estádio mais caro da Copa. Pra que economizar? Ainda mais em se tratando do estado em que Arruda atuava. E só uma curiosidade: o estádio não mais se chamará Mané Garrincha, que por motivos de economia no orçamento se chamará somente Mané.


E como eu não sou Mané, vou ficar de olho, mas Sérgio Graça, que deve ser uma graça e é o coordenador do trabalho da Copa em Brasília, disse que está tudo dentro do prazo e que desconfia dos outros orçamentos, não do dele. O orçamento de Brasília é perfeito e todo dentro dos conformes. Deles.


Deles eu quero distância, mas a Fifa, que anda preocupada com os atrasos nas obras, veio dar uma cobrada, mas Lula se sentiu ofendido. E claro, como sempre faz, atacou. Deixou o lado mal aflorar e disse poucas e boas ao secretário-geral da Fifa, o francês Jérôme Valcke. Mandou na lata que não somos “um bando de idiotas”, e que no seu governo (de Lula) só tem gente boa, competente e séria. Só mais uma (das outras inúmeras) curiosidade: Lula bebeu o quê?


Se bebeu era bom avisar que deveria fazer isso só depois do expediente. Vai que ele passa por uma blitz da Lei Seca entre uma viagem e outra que gosta de fazer, ou entre um comício e outro. Vai ser multado também por isso. Será que já não bastam as multas que tomou por fazer campanha antes da hora? E me desculpem que surgiu outra curiosidade: será que ninguém que o assessora avisou que presidente não tem expediente? Ou será que ele ainda acredita que depois de certa hora, quando todas as lulas são pardas, ele é Lula, (só) o cidadão?


Será que ele realmente acredita nisso?


Eu acredito e sei que curiosidade pode até matar em alguns casos, mas no nosso caso a curiosidade deve servir de maneira que possamos pensar, repensar, debater, ver e rever conceitos e que tudo isso nos ajude de alguma forma a tomar a decisão certa. Qual vai ser essa decisão? Não sei. Sei da minha. Ela pode até ser a errada. Ou não. Não sou dono da verdade, ninguém é. Só quero fomentar nossas cabecinhas pensantes (algumas nem tanto) a ver com outros olhos que eleição é coisa séria. Sempre foi. Mas muitos só vão se tocar disso depois da lama derramada. E aí…


Enfim, as curiosidades não param por aí nem por aqui. Mas vamos ficar por enquanto somente com essas que já são suficientes para alimentar a todos.


Em tempo, Dilma, só (mais uma) outra curiosidade: será que você agora já sabe o que é uma rubrica, uma assinatura e o que elas têm em comum e o que quer dizer cada uma? E que é feio acusar o partido que lhe acolheu?


Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.


sábado, julho 17, 2010

O Polvo quer saber!!®


Paul, o polvo que habita um aquário na cidade alemã de Oberhausen, virou celebridade mesmo não tendo a voz de Susan Boyle. E ganhou destaque na Copa do Mundo por prever resultados e acertá-los. Sem dó nem piedade. O molusco, que é primo de primeiro grau de Lula, quero dizer, da lula, está sendo sondado por diversos partidos para que entre agora na política e possa fazer a coisa certa aproveitando esse seu dom. Paul, por sua vez, que é a Mãe Dináh dos aquários, ainda não se manifestou através de seu porta-voz. Claro, pois onde já se viu celebridade sem porta-voz? Ou será que aqui seria porta-tentáculo? Enfim, Paul ainda está meio reticente e temeroso, pois já deve saber o que o cercaria. E mandou avisar que não gostou do que viu. E sentiu.

E aqui fica uma dúvida, um grande ponto de interrogação. Será que com tantos braços e mãos seria uma boa um polvo candidato? Será que ele não acabaria entrando para o time do lado de lá, ainda mais sabendo prever que nada do que ele fizer de errado aos olhos de uns e a coisa mais natural do mundo aos olhos de outros dará em nada? Será que Paul, o polvo-profeta, come pizza? Talvez uma de frutos do mar.

E por falar em mar, ainda estamos a ver navios esperando que Dilma Rousseff responda por que quer ser presidente. Marina e Serra responderam. Ou será que a pergunta foi feita para a pessoa errada? Então, aproveitando o momento: Lula, por que você quer que a Dilma seja presidente? Mas só vale responder depois do expediente, já que você insiste em dizer isso. Acho que seu “cumpadre” e companheiro Obama não tem expediente. Ele é presidente 24 horas. Igual ao Jack Bauer.

E como Jack Bauer é pau para toda obra e ele não dorme, ele foi chamado para resolver o mistério do programa radical do PT enviado ao Tribunal Superior Eleitoral. Dilma diz que não leu, que só rubricou e quer tirar o corpo fora dizendo que aquilo lá era apenas uma rubrica e não uma assinatura. Só que na minha terra que tem Palmeiras, Flamengo e Corinthians onde cantam o sabiá, o tucano e o Roberto Carlos, a rubrica indica que a pessoa leu e concordou. De que terra a Dilma é?

Então, seguindo os ensinamentos de seu mestre Lula, Dilma resolveu inovar, disse que a culpa agora não era do estagiário e sim do PT, que mandou o programa errado à Justiça Eleitoral.

E, por falar em justiça, quando teremos realmente a impugnação decretada de todo esse time de políticos santos do pau oco que insistem em tentar sua volta (no caso de alguns) e a reeleição (no caso de muitos) e continuar a mamar no seio de sua amada Brasília que para cada um deles é com se fosse sua ama-de-leite?

E como leite me lembra a manhã, não seria lindo acordar e ler anunciado que Barbalhos, Jaksons – que não são do pandeiro, mas são do Lago - e Garotinhos mal criados estão todos de castigo e inelegíveis? Deveriam na verdade ser defenestrados de vez da vida política. Isso sim seria um grande passo para um país melhor. Sei que não existe e não vai existir um governo capaz de parar a máquina da corrupção e dos escândalos, mas queremos algo mais brando, mais leve, como se fosse um pequeno delito, um roubo de galinha e não da granja e que poderia ser resolvido com uma palmadinha, mas que agora talvez nem possa mais, pois o próprio governo quer abolir essa prática. Até concordo, mas em criança grande uma exceção poderia ser aberta. Palmada neles de Brasília! Mas só neles. Não em nossas crianças. Nelas nunca.

E como nunca nem sempre é nunca e aproveitando o final de governo que lhe resta (assim espero), Lula resolve criar mais uma estatal. Nasce então a Empresa Brasileira de Seguros S.A. Será a 12ª do atual governo e mesmo não sendo a 13ª e mesmo não sendo ele o Zagalo, vamos ter que engolir. A principal função seria a de garantir grandes obras. A outra função vamos depois descobrir.

E falando em obras, Lula não gostou do resultado da obra feita no Palácio do Planalto que consumiu R$ 96 milhões e que começou em maio de 2009. E solicitou alguns ajustes. A única exigência de Lula ao defender a obra foi voltar a despachar no Planalto antes de acabar seu governo. E o que será que é tão fundamental para um despacho melhor? Um tapete persa novo? Um chão de granito? Espelhos no teto? Ih, isso não, já pensou um espelho no teto o que poderia ser flagrado?

Com o sem flagrante o polvo quer saber. E agora? O que fazer?

E já que falamos no polvo…

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sexta-feira, julho 16, 2010

O Último Patriota - Brad Thor


Para aqueles que gostaram do livro O Primeiro Mandamento também de Brad Thor e primeira aventura do agente contraterrorista Scoth Harvath irá também curtir e até devorar essa "continuação". "Continuação" entre aspas porque se você não tiver lido ainda O Primeiro Mandamento (mas vale a leitura) e tiver com O Último Patriota não ficará com pontos de interrogação e sem entender nada e não precisará parar tudo e correr para ler um antes do outro. A vontade de ler um e outro se dará naturalmente.

Um não compromete o outro.

Brad conseguiu dar a mesma dose de suspense e intriga. Às vezes num segundo livro autores perdem a mão. Não foi o caso.

Brad foi Brad.


Nota: 9,0

quinta-feira, julho 15, 2010

Lula é da China!®


Vou logo avisando: não comemore. Não solte fogos. Guarde a cerveja e cancele o show de pagode. Não temos o que comemorar. Quer comemorar o quê? A derrota da Argentina? A candidatura do Tiririca? O momento é delicado e diria até tenso. Não é de comemorações.

É triste. É lamentável. É assustador. É desesperador. É Lula. E é da China.

Lula, que de bobo não tem nada e com uma pontinha de inveja depois de saber que eu, segundo “denúncia” recebida pelo Opinião e Notícia seria uma cópia chinesa do Arnaldo Jabor – mas garanto que é melhor do que ser uma cópia do Lula ou até mesmo da Dilma –, não se fez de rogado e encomendou a sua cópia.

Isso mesmo que você leu. Depois de uma reunião de emergência para tentar engordar ainda mais o caixa, a mala e a cueca do PT, a cúpula do PT bateu o martelo e decidiu que Lula terá sua cópia chinesa.

Será que dá pra imaginar uma cópia de uma coisa que o original é… Melhor deixar isso quieto.

Esses bonecos chamados de “Lulinhas” virão em duas versões: uma com a camisa da seleção brasileira e estrelinha do PT no peito e outra com terno azul. Você não vai precisar comprar nenhum lanche feliz para ganhar. Basta desembolsar R$ 5 – cinco real – que é o preço estimado de quanto custará o “Lulinha” e ele será seu, somente seu. E o que é melhor – não sei pra quem –, medindo apenas 15 cm, vai permitir que você o leve para passear junto com você e o tenha sempre junto de você em todos os momentos. Não é fofo isso?

A intenção do PT é arrecadar mais dinheiro para ajudar na campanha de Dilma Rousseff. Mas já avisaram para não esperarem a versão feminina do “Lulinha”, pois acham que a “Dilminha” poderia encalhar nas prateleiras e assustar as criancinhas.

Empresários locais já estudam a viabilidade de se produzir em grande escala os “Lulinhas” aqui mesmo no Brasil para dar uma força para a indústria local, já que Lula foi um dia um operário. Mas esse estudo ainda não ficou pronto e prometem discutir isso num almoço no McDonald’s, já que eles sim estão dando os bonecos do Shrek. Mas a cúpula do PT já mandou avisar que não vai porque eles já têm a coleção do Chaves dada antes e principalmente porque o Shrek é verde. E o verde não se mistura com o vermelho. Vai entender esses políticos.

O que me preocupa e deveria preocupar os adoradores de Lula é quem irá fiscalizar essa questão da importação desses bonecos e a questão da venda. Como os “Lulinhas” só serão vendidos nas lojas do partido, nos diretórios municipais e estaduais e poderão ser vendidos por candidatos em atos de campanha, seria prudente que essas operações fossem transparentes como tudo até hoje no governo Lula o foi. Não é verdade?

Ou pelo menos imaginem (e se iludam) que foi.

E já que para imaginar não paga mais, já imaginaram a cena: o candidato desce do palanque, abre a sua mala e começa a gritar: “um é cinco, dois é dez, três a gente conversa depois”. E se eu quiser a nota fiscal? Não vai rolar?

Isso não está me cheirando bem. Será isso apenas um reforço a mais no caixa dois, ou já seria o caixa três?

Vai saber. Vindo do PT nada mais me espanta. Eu é que queria espantar o PT um pouco de mim. Sai de mim. Sai, chulé.

Não gosto nem de imaginar se isso virar uma febre, já que Lula é “o cara” e se começarem a fazer outras versões de “Lulinhas”. Do tipo vestido com camisa do Corinthians, de Papai Noel, com o Aero-Lula, vestido de metalúrgico, de mãos dadas com Marisa, segurando uma estrela vermelha ou até mesmo dando a luz ao PAC (esse eu não ia gostar nem um pouco de ver).

Mas acho que tenho que tirar o chapéu para esse pessoal do marketing do PT, que sabe aproveitar o momento para ganhar dinheiro, mas que ao mesmo tempo deixa a desejar em matéria de, em vez de pensar em ganhar dinheiro, de pensar numa fórmula mágica de tentar salvar um pouco a imagem do partido que, a meu ver, se partiu com tantos escândalos durante esses oito anos de governança vermelha.

Espero que apareça algum Moisés para abrir o mar vermelho e deixar passar uma nova era. E que essa era seja de transparência, crescimento e muito trabalho. Trabalho para todos.

E claro sem nunca esquecer…

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sábado, julho 10, 2010

O Poder de Mick Jagger!®


Tomando uma laranjada geladinha ao som de “Eu fui pra casa agora eu fui” resolvi sentar e escrever. Só faltou o Dunga em seu casacão para me servir. Mas tudo bem. O nosso tão sonhado hexa é hoje passado. Quem sabe em 2014. Jabulani, pra frente, que atrás sempre vem gente.

Só que o momento agora é esquecer que o Carrossel Holandês nos atropelou e focar nas eleições. Isso sim é a Jabulani da vez, da hora. Atenção: o ano de 2010 já começou. Nem que pra alguns somente agora. Vamos pensar no nosso futuro que é mais importante do que saber qual será a pensão que Pato vai dar à sua ex-mulher, Sthefany Brito ou em saber que Tiririca, o Clementina de Jesus, saiu do programa Show do Tom. Mas foi para se candidatar. Candidatar? Ah, então isso interessa. Tiririca quer virar deputado.

Em virtude disso cabe nós eleitores mudar essa e outras histórias. Se fosse simples assim, seria o caso de convidar Mick Jagger para aparecer num palanque aqui, em outro acolá e pronto, seus “candidatos” seriam eliminados sem dó nem piedade. Afinal, ele está sendo cotado para o título “Pé Frio da Copa” e segundo pesquisas do Ibope e o site da Fifa ele supera Lula que diziam ser o presidente mais pé frio da história deste país do futebol. Mas quem sabe juntando os dois num certo palanque a fama se concretize? Não custava nada tentar, né?

Enquanto isso não acontece, o que podemos fazer é incorporar um juiz. Isso mesmo. Um juiz. O que na verdade não é nenhum absurdo o que estou dizendo e propondo. Na verdade, a partir do momento que tiramos nosso título de eleitor nos tornamos juízes de todos os candidatos. Conosco na urna não há liminar nenhuma para salvar esse ou aquele candidato. Somos nós que julgamos o passado de nossos candidatos. Só que nem sempre exercemos esse nosso “cargo” com a desenvoltura necessária para diminuir pelo menos com tantos casos absurdos de corrupção e má gestão do dinheiro público. Temos que nos conscientizar que temos o tribunal da urna que é supremo, é nosso e ninguém nos tira. Dê você sua sentença de forma correta e não se deixe iludir.

E seria muita ilusão da nossa parte acreditar que Lula iria se licenciar para trabalhar na campanha de sua pupila e candidata Dilma Rousseff. Ele já mandou avisar que isso é boato, é intriga da oposição, da imprensa e do estagiário que sempre apronta pra cima do Lula. Ainda não sei como esse estagiário ainda não foi dispensado. Isso vem desde o mensalão. Vai ver é filho de alguém importante. Vai saber. Será que Lula sabe?

E alguém vai tentar me convencer de que Lula ainda não aprendeu e não sabe que presidente não tem expediente. Ou será que estou louco? Lula disse que fará campanha em suas “horas vagas”, ou seja, nos fins de semana e depois das oito da noite que é a hora que termina seu expediente. Lula bate ponto? E será que se alguma coisa acontece no meio da noite onde ele tem de ser acordado ele bate o ponto e isso conta como hora extra? E as viagens que ele faz nos fins de semana? Ele vai como Lula, como presidente ou como presidente Lula? Mas isso conta como hora extra? Lula, meu querido, presidente é presidente 24 horas ou você vai tentar me convencer do contrário? Ser presidente é coisa séria. Punto e basta. Mas provavelmente você não sabe disso, né? Provavelmente não.

E muito provavelmente Lula também não deve saber que o presidente da Guiné Equatorial é considerado um dos políticos mais corruptos do mundo, pois isso não impediu que Lula fosse ao encontro com Obiang Nguema Mbasogo, que foi reeleito com 97% dos votos, numa eleição considerada uma fraude pela comunidade internacional, mas tenho certeza de que Lula se fosse dar o seu parecer de PhD em eleições diria que ele mereceu e que é um anjo e um amor de pessoa. Os dois presidentes assinaram cinco acordos genéricos. O que seria um acordo genérico? Será que então um acordo original não seria possível? Amorim, nosso ministro das Relações Exteriores, por sua vez justificou que negócios são negócios. E o fato de Obiang ser dono de uma fortuna avaliada em US$ 600 milhões deve ser normal para um político corrupto – se todos conseguissem amealhar fortunas assim a Forbes iria virar uma enciclopédia – e também para Lula porque lidar, fazer negócios, acordos e conviver com corruptos não é novidade em seu governo, não é Lula?

E já que falamos em corrupção qual é a diferença do irmão do ex-governador Garotinho, o presidente da Câmara de Vereadores de Campos, Nelson Nahim, assumir como prefeito de Campos no lugar de Rosinha Garotinho que foi cassada e afastada do cargo pelo TER? É para ficar tudo em família? Isso pode? Isso no mínimo tem traços de nepotismo ou é mesmo falta de vergonha na cara de alguém. Não é possível que deixem isso assim. Ai tem!

Mas é Brasil, né? Onde tudo pode acontecer.

Enquanto isso então…

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.

sexta-feira, julho 09, 2010

O Estranho Caso do Cachorro Morto - Mark Haddon


Como disse Oliver Sacks: "Um livro delicioso e brilhante." Como disse o The Sunday Telegraph: "...é excepcional sob qualquer ponto de vista.." Eu diria mais: É isso tudo e um pouco muito mais. Pelo título e até pela capa você pode achar que é um livro bobo e infantil. Não é. Você vai com certeza se apaixonar por Christopher Boone personagem central do livro. Mark deu o toque certo, nem mais nem menos a Christopher. Você vai com certeza viajar junto com a mente, manias, medos e pureza dele.

Um livro que emociona e que faz você rever conceitos, medos e seus próprios problemas.

Você vai viver o mundo de um autista e sentir sua sensibilidade. Vai viver também sua família e como ela e o mundo interage com o mundo de Christopher.

Nota: 9,5


segunda-feira, julho 05, 2010

Antes do 174 - Janda Montenegro




Assim que comecei o livro tentei mentalmente me preparar para aguentar o rojão que viria. Até porque o relato seria algo real, algo verdadeiro, algo que aconteceu e a nossa sociedade fez questão de esquecer.

A autora através de uma linguagem direta com você (leitor) começa a incomodar desde o início. E acredito que tenha sido esse o seu objetivo. E um objetivo nobre de alguém que faz parte de nossa sociedade, vivenciou como todos nós esse dia, mas com uma diferença: a ela isso incomodou DEMAIS da conta. E foi isso com toda a certeza que a impulsionou a escrever não sobre o dia em si, mas sobre o que levou nosso protagonista a acabar aquele 12 de junho em plena zona sul da cidade dentro do ônibus 174.

A autora coloca em nossa cara o como a sociedade lida com fatos e como trata parte das pessoas que não moram na ladeira. E claro com as que moram.

É um desabafo da autora, mas que se torna nosso também. A não ser que você leitor seja desses que acha tudo normal e que um dia a coisa se ajeita. Ou que nada tem mais jeito mesmo e melhor deixar do jeito que está.


É possível sentir junto com a autora o seu sofrimento e com isso acabamos também sofrendo junto. No livro não há mocinhos, bandidos, romance. Há vida real e uma incognita que só a nossa sociedade poderá um dia responder ou dizer com atos de que ela se importa sim.

Minha única ressalva é algumas passagens terem ficado repetitivas, mas que não compromete em nada a leitura.

Mas quando você for ler e no final das 80 páginas você não tiver ficado nem um pouco mexido e incomodado com nada, releia o livro para não ficar igual nossa sociedade de hoje que acha que tudo passa, tudo passará.


Nota: 8,5

domingo, julho 04, 2010

Medo Eleitoral!®


Antes que me atirem a primeira urna, peço muita calma nessa hora. Guardem suas vuvuzelas e jabulanis. Olhem para seu título de eleitor. Vejam a arma que vocês têm em suas mãos. Ponham as mãos na cabeça e não comecem a dançar o “rebolation”. O “rebolation” nessa hora não é bom, bom, como diz a música. É sério – música de fundo de assunto sério e a câmera um fechando em mim.

Amigo eleitor, eu lhe pergunto: e agora? – câmera dois fechando em mim – Você já parou para pensar o que será dessa eleição? Estou assustado e muito preocupado. Com você que assim com eu deve estar se descabelando para tentar digerir a listinha de alianças que foi publicada de nossos dois principais candidatos. O que foi aquilo? O que é aquilo?

Será que não temos escapatória? Será que teremos que engolir essas alianças e votar em nosso (suposto) candidato sem medo de ser feliz e de nosso futuro? E dessas alianças?

Isso me incomoda e muito. Se você acha bobagem, eu não. E aqui digo que com nenhum deles: nem Dilma e nem Serra. As duas listas me assustam. Como ficar tranquilo sabendo que os presidenciáveis estão fechando acordos com verdadeiros marginais da política? Pelo lado da Dilma; José “Pai” Sarney, Jáder Barbalho, Fernando Collor, Renan Calheiros, Roseana “Filha” Sarney, Garotinho e Marcelo Miranda. E pelo lado de Serra; Joaquim Roriz, Yeda Crusius, Jackson Lago (ai Meu Deus), Cássio Cunha Lima, Expedito Júnior, Orestes Quércia e Roberto “Bob” Jefferson.

Não sei que lado é pior. Os dois empatam. Difícil isso.

E mais difícil ainda é ouvir de um petista envolvido na campanha de Dilma que diz que, “infelizmente”, os candidatos buscam alianças levando em consideração a possibilidade de votos e o tempo na TV dos partidos. Faça-me o favor. É ridículo isso. Isso é se vender barato ou caro demais.

Outro argumento é que não se nega apoio em campanha eleitoral. Será que não? Porque iria querer que um político que foi denunciado e está sendo investigado fosse jogar no meu time? Isso é um pensamento jurássico. Ou no mínimo retrógrado.

Será que sendo assim a melhor opção é o “unidunitê”? Eleição é coisa séria e isso me soa a brincadeira de criança. E não é. Nem brincadeira de adulto. São essas pessoas que têm o futuro de nossas crianças nas mãos, pois tudo aquilo que eles forem fazer irá se refletir lá na frente. Mas por outro lado esse futuro também passa por nossas mãos na hora de entrar na cabine e apertar o botão. E depois que apertar o verde, acabou. Não tem mais jeito. Só daqui a quatro anos. E o estrago até lá estará sendo feito. Ou não. Espera-se que não.

E o que também não se espera é que um governo como o do Ceará gaste R$ 4 milhões com forró para animar inaugurações e solenidades. E depois vem o governo seja ele de qual estado for dizer que não tem dinheiro para fazer um novo hospital, ou que não teve recursos para a educação. Não teve é o cacete! Não quis. O que é bem diferente. Sabemos que quando eles querem, eles tiram dinheiro da manga, da cueca, da mala. Cid, que não é o Moreira, mas é Gomes e é governador do Ceará, diz que não é necessário segundo a lei fazer licitação nesses casos, eu já acho que não é necessário fazer gastos nesses casos. Inaugura e pronto. Mas eles sempre têm que fazer alvoroço pelos grandes feitos como se fossem tudo favores.

E será um grande favor que Lula fará para uma parcela da população e para mim que nem escute o que Berlusconi, o louco – só pode ser – e primeiro-ministro italiano, falou que (o fantasma) Lula deveria voltar em 2014. Volta não. E isso mesmo, nem pense em assumir um cargo na ONU. Negue isso até a morte e que se faça cumprir.

E, falando em cumprir, governantes e candidatos à reeleição não estão cumprindo o compromisso de nos representar devidamente, mas sim preocupados em driblar a proibição imposta pela Lei da Responsabilidade Fiscal que proíbe aumento de despesas com pessoal nos 180 dias que antecedem o fim do mandato e por isso aprovaram reajustes e discutem planos de cargos e salários para servidores. Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás, Rio, Bahia e Ceará. Legal, né?

Sem falar e sem deixar de dizer que o rombo no governo Arruda foi ainda maior. Esse é o Arrudão que, quando faz, faz bem feito e para valer.

E é pra valer mesmo que Romário além de se tornar DJ profissional deverá ser candidato a uma vaga de deputado federal pelo PSB (Partido dos Sem Bola). É federal isso! Supimpa! E mais supimpa ainda é ver Bebeto comentando os jogos da Copa para a TV árabe Al Jazeera.

Ou seria ouvir comentários e estatísticas de Galvão Bueno?

Xiiiiiiiiii…..

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

sábado, julho 03, 2010

Viciados em Livros, tenha você também esse vício.


A comunidade Viciados em Livros no Orkut atingiu a marca de mais de 100 mil membros. E isso num país em que pouco se incentiva o hábito da leitura a começar pelo "nosso" "Excelentíssimo" Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Então acho que pode ser considerado uma vitória.


Uma vitória de quem tenta, como eu, incentivar um pouco mais o nobre hábito da leitura. Um hábito onde o vício é permitido e é aconselhável. E é comemorado a cada novo viciado.


Quem ama ler sabe do que eu estou falando. Quem de vocês que ama ler, nunca se viu curioso em saber o que aquela pessoa que está próxima de você sentada ou em pé no Metrô, dentro do ônibus, na fila de um Banco ou até mesmo na antessala de um consultório médico? Eu pelo menos já entortei meu pescoço algumas vezes só pela curiosidade.


É difícil para quem não tem esse vício compreender esse ato que muitos entenderiam como invasão de privacidade. Será?


Mas pior que isso é quando pessoas ao seu lado não respeitam aquele seu momento de lazer e resolvem conversar alto bem ao seu lado. Outro dia estava eu sentado em um banco de um ônibus quando sentou-se ao meu lado uma mulher que estava acompanhada de outra mulher (já viram tudo né?) e as duas começaram a conversar e alto. E era uma conversa cruzada. E eu tentava em vão passar para o segundo parágrafo. Mas não conseguia avançar nem para a outra linha. Comecei a me remexer um pouco e nada. Ainda tentava dar aquela olhada dizendo: "Dá pra falar mais baixo?". Como meu olhar 43 não teve êxito, a solução veio logo em seguida: comecei a ler para mim em voz alta. Percebi que fui fulminado por olhares atônitos, mas não é que deu certo? A conversa cruzada cessou no ato. Tentem isso.


Para nós viciados em livros, fila, engarrafamento e atrasos em consultas virararam aliados em alimentar mais nosso vício.


E se isso fosse compreendido por certas pessoas, acredito que os casos de "estresse" iriam cair e muito. Em vez de médicos prescreverem remédios contra o estresse, porque não indicar um bom livro. Será que alguém já tentou isso?


Pois estava na hora.


O mundo dos livros é mágico e se você se permitir deixar levar verá que valeu a pena. Que todo livro independente de autor e tema vale a pena se este te deixa zen. Claro que dentro de "zen" entenda-se: com raiva, emocionado, triste, feliz. As emoções irão aflorar. Você pode até se apaixonar. Claro, isso acontece. Quantas meninas não são apaxionadas por Edward? Quantas não queriam ser a Bella? E o Espinosa do Garcia-Roza, quantos já não sonharam em cruzar com ele nas ruas de Copacabana? Quem nunca sonhou também em tomar um chá com Hercule Poirot? Os personagens são infinitos e os sonhos também.


E isso tudo é muito saudável.


Foi incrível na Bienal do Rio, ver crianças histéricas quando Thalita Rebouças aparecia para mais uma sessão de autógrafos e ver também a histeria quando Meg Cabot aparecia para mais uma sessão de fotos. E a festa que fizeram quando o aniversário da Bella do Crepúsculo chegou? Em plena Bienal com direito a bolo?


Ver crianças assim por causa de autoras de livros e personagens de livros é um máximo. Como disse não importa se você gosta ou não de vampiros ou acha a Meg Cabot isso ou aquilo. O que importa é ver crianças despertarem cedo para o hábito da leitura.


Na minha comunidade Viciados em Livros (que em breve irá virar um site) tenho desde o ano retrasado realizado concursos literários como eu os chamo e que muitos entendem como concursos culturais, onde tento num curto espaço de tempo, promover um bom livro e aumentar a paixão pela literatura. Foram até hoje 195 concursos e mais de 280 livros distribuídos. Isso tudo fruto de parcerias com nossas editoras. São até agora 33 editoras parceiras. E também parcerias feitas diretamente com vários escritores brasileiros.


E a Viciados em Livros criou um selo editorial.


Tudo pela literatura.


É um trabalho prazeroso e que gostaria que ganhasse cada vez mais destaque, novos parceiros e porque não, um sócio que queria realmente investir na divulgação do mundo mágico da litertura.

sexta-feira, julho 02, 2010

Olhos de Falcão - Alex Barclay


Por várias vezes pensei em desistir do livro. Mas algo nele não me deixava desistir.

Nem sei se foi o debate sobre o livro que fui participar no Encontro de Literatura Policial promovido pela Editora Bertrand, se foi o filme que se fez sobre o livro, se foi a capa (tem capas que vendem livros) e o lindo acabamento todo em vermelho das páginas e a própria diagramação sempre impecável da Bertrand ou tudo isso junto.

A verdade é que no debate eu tinha lido apenas até a página 172 e boa parte do que foi debatido eu ainda não tinha visto no livro. Ou será que tinha?

Minha dúvida é porque achei o livro confuso muitas vezes. Muitos nomes e uma troca de "núcleos" sem muito aviso prévio ou qualquer marcação.

Voltei do debate com a missão de seguir firme. E assim fui.

Certos acontecimentos começaram a surgir e a empolgar. Tanto que achei que se o livro começasse na página 220 estaria ótimo.

A idéia da trama é ótima, o enredo é muito bom. Nem achei (como foi dito no debate) algumas cenas tão fortes assim e nem com requintes de detalhes. Aguentaria até mais um pouco. Ou muito mais mais que um pouco. (estranho que ficou isso)

Alex, a autora perdeu-se em alguns momentos que deixaram para mim o livro muito confuso e o final poderia ter sido um pouco mais sedutor.

Mas quem sabe não vem por ai uma continuação?

domingo, junho 27, 2010

Cada um tem a Jabulani que merece!®


Depois de ter sido taxado como sendo uma “cópia chinesa do Arnaldo Jabor” por uma leitora em minha última coluna publicada aqui mesmo no Opinião e Notícia, fui procurar meu psicólogo. Deitei no divã e deixei Freud e Lacan me levarem para onde eles quisessem. E eles me levaram. Me levaram para o mundo encantado de Peter Pan e a Terra do Nunca. E quando Sininho estava vindo falar comigo e me alertar que havia um Capitão Gancho e ele era malvado, levei uma bolada e vi que a Jabulani é mais embaixo. Ou melhor, o buraco é mais embaixo. Voltei do transe, ou dessa minha viagem – não é só o Lula que tem direito a viajar –, e foi então que tudo ficou claro para mim.

Não existe o mundo encantado de Peter Pan. Não existe Peter Pan. Não existe a Sininho. Já a Terra do Nunca e o Capitão Gancho tenho minhas dúvidas. Mas a Jabulani existe.

Tanto que existe que tem os que a amam e os que a odeiam. Tudo bem que isso faz parte da guerra de egos entre a Nike patrocinadora da nossa seleção e a Adidas a dona da bola Jabulani.

Que pelo visto é a bola da vez. Os olhos de bilhões de pessoas estão voltados para a Jabulani e a Copa do Mundo. Inclusive olhos chineses. E ao que tudo indica é o que há de mais comentado e debatido nos jornais, mesas redondas, mesas quadradas, no papo do cafezinho ou até mesmo dentro dos elevadores.

E parece que todos esquecem que é ano de eleição aqui no Brasil. E não é qualquer eleição. É para escolher quem será o próximo presidente até a próxima Copa do Mundo – parece até garantia de televisão – e quem serão nossos representantes na Câmara e no Senado. Ai que medo!

O triste é que não se fala de outra coisa. É Jabulani pra cá, é o ataque nervoso de Dunga pra lá.

Foi difícil encontrar uma notícia que falasse de Lula. Até pensei que ele estivesse em retiro espiritual ou fazendo algum trabalho com alguma mãe de santo para tudo dar certo para Dilma. E ele é claro.

E não é que achei Lula. Ele deu uma rapidinha passada em Altamira no Pará onde discursou para uma plateia entre 8 mil e 10 mil pessoas que devem ter achado que como é época de eleição iriam ganhar cada um uma Bolsa Jabulani e iriam assistir alguma partida junto com o técnico Lula. Pois além de técnico ele é: presidente, PhD em eleições de outros países, psicólogo de jogador, padre (pois abençoou a seleção antes do embarque para África), juiz de paz e especialista em Irã e urânio, pai do PAC. E com tantos atributos quem é que não gostaria de assistir a um jogo com ele? Que levante a mão agora ou cale-se para sempre. \o/

Pois, então, o tema do rápido discurso foi criticar os que criticam a construção da hidrelétrica de Belo Monte, cobrar que esses críticos apresentem então soluções para preservação ambiental e proteção das populações ribeirinhas sem antes não perder a chance de mandar James Cameron pro Golfo do México e não meter seu Titanic, ou melhor, seu nariz, nas questões ambientais do nosso país.

Lula sempre foi um lorde inglês em matéria de educação.

E como sou educado não vou soltar aqui e agora um palavrão, mas que caberia aqui, ah caberia. E, enquanto o palavrão não sai, eu grito. Grito para que todos escutem e acordem do encantamento que o futebol e a Copa exercem sobre os homens, e que protestem do absurdo que é ver um hospital aqui no Rio de Janeiro, ser interditado parcialmente porque está ruindo. E isso não é só privilégio nosso. Hospitais do Brasil se não estão ruindo estão em ruínas, em plantas e promessas. E para isso falta sempre dinheiro. Para investir em saúde, educação e transporte sempre faltará dinheiro. Para aumentar salários na Câmara e Senado o dinheiro aparece como por encanto. Será então essa a Terra do Nunca e Lula a Sininho? Ou ele está mais para Capitão Gancho?

É triste.

E mais triste ainda é constatar que depois que foi aprovado o projeto Ficha Limpa não está sobrando muita gente. Mas fiquem descansados que Paulo Maluf mandou avisar que a ficha dele é a mais limpa do Brasil e ele está aí para o que der e vier.

Agora sim vou dormir mais tranquilo, afinal, na Terra do Nunca, o nunca é sempre.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados
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quinta-feira, junho 17, 2010

Dilma é Lula. Ou será que Lula é Dilma?®



Poderia começar muito bem falando da Copa do Mundo, afinal é o evento que está mobilizando todos os brasileiros e brasileiras como bem gostava de falar José Sarney ao invadir nossas casas para mais um pronunciamento nefasto em sua época de presidente do Brasil.

Mas não vou falar. Vou me calar da mesma forma como muitos estão implorando para que Galvão Bueno o faça. Eu mesmo calei o Galvão ontem ao trocar da Rede Globo para o Sport Tv. Só te digo uma coisa, que alívio.

Essa mobilização da qual falei mostrada pelo povo é vista através das ruas pintadas, das caras pintadas e nas bandeirolas e bandeiras penduradas em carros e janelas tremeluzindo ao som do vento. Sem esquecer que a maioria veste o verde e amarelo. Legal isso, muito legal. São mais de 193 milhões em ação, pra frente Brasil. Salve a seleção! (aqui cabe a cada um fazer a sua própria interpretação) Mas, sempre tem que ter um né? Mas não está legal. Queria, juro que queria, ver essa mesma mobilização, esses mesmos milhões de brasileiros e brasileiras clamando por uma faxina completa na política, por uma educação decente, por uma saúde digna, por um futuro melhor para todos. Mas não vemos isso. Vemos um grupinho aqui, outro acolá, nada mais.

E se não fazemos nós a nossa outra mobilização, fazem eles. Do PT é claro. Pois não é que em tempos de democracia (quase) total e irrestrita instituiu-se pelo PT nacional que todos devem dar apoio à reeleição de Roseana Sarney como governadora no clã dos Sarney. E quem não der que faça sua greve de fome, como faz o deputado Domingos Dutra e aguente as conseqüências, pois o Coronel Sarney é sinistro! Melhor não mexer com o homem que é incomum. Ou como disse Lula não é comum.

Melhor mesmo é fazer como a Dilma que arrumou suas malas e foi para a Europa. Por incrível que pareça Lula não foi e o mais incrível ainda é que ele está em Brasília com a vuvuzela na mão. Ou seria na boca? Melhor que seja. (cala a boca Lula! Cala boca Galvão!)

O negócio é que os coordenadores da campanha de Dilma afirmam que ela não está fugindo do confronto direto com seus adversários na disputa da presidência e sim porque foi convidada. Mas segundo assessores de líderes europeus o convite partiu dela mesma. Ou seja, prepara a janta que estou chegando!

Espero não precisar me acostumar com viagens de Dilma, pois ela já mostra indícios de que gosta de um avião e se ela mesma afirma no slogan lançado em ocasião da oficialização de sua candidatura – eu ainda tinha um fio de esperança que um milagre mudasse isso – a ‘continuidade da mudança’ devemos ter em se concretizando o apocalipse uma presidente ausente no país na maior parte do tempo, pois Lula foi assim e é assim. Tanto é que entre 1º e 11 de junho, Lula estará em viagem oficial a países africanos. Só não entendi esse “oficial” informado por sua assessoria. Será então que nem todas as viagens foram oficiais? Foram viagens tipo caixa dois? Será? Será? Abafa o caso!

Mas não posso abafar um pouco da prepotência de Lula que disse que vai haver um vazio na cédula. Não que ela estará furada. E nem que seja uma furada votar em Dilma como muitos pensam e outros não. Mas segundo Lula e sua cabecinha meio-pensante, votar em Dilma é votar no Lula. E justamente para que esse vazio seja preenchido, ele (Lula) mudou de nome. Não é fofo?

Então talvez seja por isso que Lula depois do giro pela África irá suspender viagens internacionais e entrar em campo de corpo (será?) e alma e ainda diz que subirá nos palanques sem medo de ser multado, pois quem poderá afirmar quem está no palanque? Quem poderá dizer se Dilma é Lula ou se Lula é Dilma? Será que o TSE pedirá um teste de DNA? Isso sim é um Dilema.

Dilema mesmo foi Lula ter esperado até os 44 minutos do quinto tempo para anunciar o aumento aos aposentados contrariando a equipe econômica que diz que o rombo será grande.

Mas…

Tenho que bater palmas para Lula que fez da decisão acertada e que aproveitou a situação e criou um joguinho de marketing pessoal e para Dilma que pode render alguma coisa. Mas política é isso mesmo, se joga o tempo todo, até mesmo depois do apito final. E principalmente quando se tem a plena certeza do que vai acontecer, mas ai como é política acaba acontecendo o inesperado. O inusitado.

Lula foi esperto, deixou o abacaxi com sua equipe econômica e agradou a gregos, troianos e aos aposentados.

Antes de ir não poderia deixar de pedir e gritar também: “Cala a boca, Galvão!”

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

quinta-feira, junho 10, 2010

Na contramão do bom senso!®


Nos bancos acadêmicos das faculdades de administração e economia principalmente aprende-se que, quando a coisa vai mal e entenda-se por coisa o balanço patrimonial e mal é mal mesmo, alguma coisa tem que ser feita para que nossa empresa não acabe. Mas quando essa “empresa” é o governo e seus administradores e economistas são senadores e deputados a retórica é outra. Bem outra.

Nunca antes na história desse país vimos algo assim, ou melhor, já vimos sim. E de nada adiantou. Não serviu de nada. Absolutamente nada. E falar que aprendemos com nossos erros não se aplica aqui e agora. Não nesse caso.

Enquanto um país como a Alemanha anuncia um corte e a demissão de 15 mil servidores e outras medidas no intuito de economizar algo em torno de € 80 bilhões para ajudar a salvar uma nação, o Brasil de Lula prefere ser diferente. Prefere não cortar, mas sim contratar mais servidores, aumentar salários dos que lá já estão – salários estes já tão pequenos e corroídos pela inflação –, fazer reformas no Palácio do Planalto – lugar esse pouco conhecido de Lula, uma vez que poucas vezes sentou-se por lá –, comprar novos aviões sabe-se lá (ainda) de quem, gastar mais ainda com publicidade para tentar deixar a imagem do governo imaculada. Ou seja, a meta é gastar. Vamos gastar. Vamos abrir a porteira e deixemos a torneira aberta. Até porque quem irá notar?

E esperar bom senso do nosso governo seria o mesmo que achar que você amanhã leria nos jornais que todos os fichas sujas por livre e espontânea vontade renunciaram e deixaram seus cargos à disposição.

Os defensores ferrenhos de Lula irão dizer que o governo Lula é o maior empregador que esse país já teve. Que ele é o melhor isso e o melhor aquilo. Ou seja, ele é “o cara”. Ele é quase perfeito. E que muitos queriam ter um filho assim. Poupem-me. Please!

Irão dizer ainda que não podemos comparar a Alemanha com o Brasil porque eles estão em crise dentro de uma tsunami e aqui a quase marolinha não nos faz necessitar de cortar nada. E que dela já saímos há muito tempo. Pois sim.

Na verdade nem se trata aqui de estarmos ou não em crise. E sim de ter que escutar o governo falar que para certas coisas não se tem dinheiro. E para todas as outras existe o “Lulastercard” que é aceito somente nas casas conveniadas de Brasília.

Gerar emprego é uma coisa, mas deixar que mamem nas tetas do governo é outra bem diferente. E o que é pior achando que estão fazendo um bem maior. Talvez para o bem deles e para os deles, porque para os meus e seus, caros leitores, não estão não.

Seria fácil se fosse simples. Mas não é. Mas sei também que enquanto eles acharem que podem tudo e que um dia tudo se resolve isso pode acabar mal. Como é exatamente o que vejo acontecer: a coisa acabando mal. E o resultado disso será sem dúvida nenhuma cobrado diretamente de nós. De todos nós. E se para vocês, adoradores do Lula, está tudo muito bom, está tudo muito bem, não se esqueçam de me mandar seus endereços que quando minha conta chegar eu mando direto para vocês.

E como “nosso” mestre Lula anda todo “serelepe” e se achando o tal e sem passar a fama de mal, não vejo muita solução no horizonte muito menos na vertical.

Serelepe sim, pois Lula que não para quieto em Brasília já anunciou que ainda vai viajar muito e aproveitar seus últimos momentos (será mesmo?) para acumular mais milhas ainda no programa especial de milhagem presidencial e que já deixou FHC no chinelo para depois fazer sei lá o que com essas milhas todas. Ele é insaciável. Não pode ver um mapa-múndi que já quer ver se ainda falta algum país para completar seu álbum particular. E poder mandar tocar o “bonde do tigrão” adiante. Se bem que não é de bonde que ele vai e nem tigre ele é.

Mas enfim…

O certo é começar a torcer pelo Brasil do Dunga sem Ganso, Pato e Neymar e torcer pelo nosso Brasil em 2014 sem Lula, uma vez que numa entrevista ele admitiu disputar as eleições de 2014. Ai que medo!

Vamos na fé! Pra frente Brasil, sil, sil, sil.

Sem antes…

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

domingo, junho 06, 2010

Como falar com um viúvo - Jonathan Tropper


Antes de qualquer coisa: Não confundam ou pensem que o título é de autoajuda. Não é. A história de Doug Parker irá emocionar. Poderia dizer que é um livro que faz com que você reflita sobre o amor, a vida, a família. Fala de relacionamentos, grandes amores, ou do único grande amor. De tentativas e erros. Paixão. Amor incondicional. Vivemos junto com Doug sua difícil luta de lidar com a perda e de não aceitá-la. E a luta de outros em fazê-lo entender aquele momento e fazer também que ele lute e continue a viver. Culpa, depressão, vontade de não mais viver.

Mas você irá também rir, irá chorar.

Um livro que pode ensinar que um amor por maior que seja quando nos é ceifado pela própria vida merece uma segunda chance de acontecer novamente. Mostra que o ser humano, não pode e não deve simplesmente parar de viver e abrir mão de toda a sua vida: família,amigos, profissão.

Um livro que depois que chega ao seu fim deixa aquela vontade se saber: E agora como estará Doug Parker?


Nota: 9,0

sábado, junho 05, 2010

Lula, o presidente imposto!®


Ontem ao olhar o relógio ele marcava 20h45, mas o que me preocupava não era que faltavam 10 minutos para começar a novela (sou um homem moderno que assiste novela) e muito menos que ainda não tinha jantado e sim que na minha cabeça não havia ainda um tema definido para essa minha coluna. Confesso que por alguns instantes, e sorte que foi durante o comercial, entrei em desespero. Mas uma voz me falava para ter calma. Peguei o jornal que ainda não tinha lido, dei uma folheada (ainda no intervalo) e me tranquilizei um pouco. Comecei a pensar no texto, relaxei e fui ver minha novela e jantar.

O dia seguinte chegou e resolvi dar uma conferida nos telejornais da manhã. E então eis que surge “impávido colosso” para seus adoradores, mas não para mim, ele: Lula. Posso dizer que a sensação foi orgástica. E tinha certeza de que daquela cartola ia sair um coelho. E foi Lula abrir a boca em mais um de seus ataques e transbordando de ironia que fui agraciado com sua fala. E vamos deixar bem claro, foi ele quem começou, foi ele quem provocou. Reclamem com ele. Não comigo. Digamos que sou somente um humilde pacato cidadão que ainda se indigna com certas várias coisas que “nosso” – olha as aspas ai de novo – presidente diz e faz e tenta expor isso através do nosso Grita Brasil.

Lula num discurso improvisado – e ai o perigo é ainda maior – disse na Reunião da Cepal, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe que aconteceu (por milagre) em Brasília: “Tem muita gente que se orgulha de dizer oh, no meu país a carga tributária é apenas 9%. No meu país a carga tributária é apenas 10%. E para piorar concluiu: “Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado”. É pode ser. Pode ser que não tem estado ligado no que acontece ao redor do mundo, não é mesmo Lula,o irônico. O Chile por exemplo tem uma carga tributária pequena e faz muito. É considerado um Estado eficiente. E Lula não deve concordar com isso.

Semana passada o tema foi capa de uma revista semanal e que perguntava: Por que tudo é tão caro no Brasil? Porque Lula quer assim. Lula não está nem ai para a hora do Brasil. Vamos gastar o quanto pudermos e para compensar vamos manter nossos impostos lá no céu. E só para ilustrar isso o preço do Corolla XEI 2.0 que aqui custa astronômicos R$ 75 mil, pode custar R$ 32.797 nos Estados Unidos, R$ 33.782 no Japão, como R$ 41.820 no Chile e R$ 58.740 na África. Ou seja, aqui no Brasil no preço desse carro 30% são impostos federais e 12% impostos estaduais. Até os produtos da cesta básica, como arroz, o feijão, o café e o pãozinho francês, pagam impostos, que encarecem o preço final entre 15% e 20%. Mas é daí? Problema de quem precisa da cesta básica. Se ainda fosse uma cesta necessária, mas básica não tem problema. Né não Lula?

E depois disso vejo que o Congresso acordou e viu que era dia 1º de junho e resolveu aumentar o salário dos funcionários da Câmara em (apenas) e até 40%, lembrando que a equipe econômica pressiona Lula para vetar o aumento de 7,7% aos aposentados. Aos aposentados talvez uma m… de reajuste, lembrando que o foi o próprio presidente que disse que iria tirar o povo da m… Foi ele quem disse, mas na prática a coisa é bem diferente. Ainda não li que a equipe econômica entrou em depressão com esse aumento de 40% para o pessoal da Câmara. Agora está nas mãos de Lula o sim.

E para não perder o bonde, ontem à noite, o Senado aprovou em votação simbólica, que durou míseros dez minutos, reestruturação em 25 carreiras do serviço público.

O aumento médio é de 15% nos salário de quase cinco mil funcionários da Câmara e para cada diploma a mais, o servidor ainda ganha 5% de adicional de especialização. Ou seja, se for um funcionário hiper-ultra-mega-especializado ele poderá atingir o teto máximo do serviço público, que é de R$ 27.725. O que tenho certeza é o que mais devemos ter por lá. E posso imaginar qual é a especialização de cada um deles.

O resumo da ópera é uma despesa adicional que pode atingir parcos R$ 2 bilhões e um aumento (40%) para compensar a inflação para o funcionalismo público. E para os aposentados…

Resta saber até vai a coragem de Lula. Resta saber até onde vai a cara de pau de Lula. Resta saber…

Mas aqui fica um alerta. Não se deixem enganar. Não fiquem somente vidrados na telinha assistindo a Copa do Mundo, os jogos do Brasil e ávidos para conseguir àquela figurinha que falta para completar o álbum da Copa. O momento que vivemos é sério e temos que ficar alertas como se estivéssemos em guerra, pois é nessa hora que o governo gosta de atacar e fazer o que bem quer aproveitando nossos olhos voltados para a seleção do Dunga que não tem o Ganso, mas não vamos querer aproveitar o momento África e bancar o pato.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.